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5 tecnologias que podem mudar o futuro da cirurgia

5 tecnologias que podem mudar o futuro da cirurgia
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ago. 31 - 6 min de leitura
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Muito se questiona do papel do médico com o avanço da tecnologia cada vez mais acelerado, mas dentro da classe médica vemos alguma preocupação e especulações em relação ao futuro da cirurgia como um todo com o advento de novas tecnologias mais e mais avançadas como a cirurgia robótica, o uso de inteligência artificial, exames de imagem cada vez mais sofisticados e o uso de órgãos artificiais e impressão em 3D.

Mas atualmente, apenas 3% dos procedimentos cirúrgicos são realizados por robôs, embora 15% de todas as operações tenham usado suporte ou assistência robótica nos EUA em 2020, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Mas afinal, quais seriam as tecnologias que terão um grande impacto na prática cirúrgica no futuro?

1. Realidade Virtual

A realidade virtual (RV) pode elevar o nível do ensino e aprendizagem na medicina a um patamar nunca antes imaginado. Através do uso dessa tecnologia as escolas médicas podem inserir os alunos e residentes em um ambiente de aprendizagem onde os cirurgiões possam transmitir seu procedimento sem que tenha várias pessoas dentro da sala de cirurgia em si. Além disso, o treinamento em realidade virtual pode contribuir para a eficiência dos sistemas de saúde em áreas rurais, para o treinamento e aperfeiçoamento de pessoal em áreas distantes dos grandes centros. Este é o futuro.

2. Realidade aumentada

Como existe muita confusão em torno de RV e AR, nos deixem esclarecer as diferenças: A RA difere da RV em dois recursos essenciais. Os usuários de RA não perdem o contato com a realidade, enquanto a RV coloca as informações na visão o mais rápido possível. Essas características distintas têm um enorme potencial para ajudar os cirurgiões a se tornarem mais eficientes nas cirurgias. Quer estejam realizando um procedimento minimamente invasivo ou localizando um tumor no fígado, os aplicativos com a tecnologia da realidade aumentada podem ajudar a salvar vidas e tratar pacientes de forma integrada.

3. Cirurgias robóticas

A cirurgia robótica, ou cirurgia assistida por robô, permite aos médicos realizar muitos tipos de procedimentos complexos com maior precisão, flexibilidade e controle do que é possível com as técnicas convencionais (limitadas pela anatomia humana). A cirurgia robótica é geralmente associada à cirurgia minimamente invasiva - procedimentos realizados por meio de pequenas incisões. Mas também pode ser usado em procedimentos cirúrgicos abertos.

O sistema cirúrgico robótico clínico mais utilizado inclui uma câmera e "braços" mecânicos com instrumentos cirúrgicos acoplados a eles. O cirurgião controla os braços enquanto está sentado em um console (que é na prática uma mesa de comando) perto da mesa de operação. O console oferece ao cirurgião uma visão 3-D de alta definição e ampliada do local da cirurgia. Os robôs "cirurgiões" são considerados por muitos os prodígios da cirurgia.

Durante os procedimentos que utilizam a cirurgia robótica, o cirurgião está 100% no controle do sistema robótico em todos os momentos. O valor agregado do robô é auxiliar o cirurgião na sutura, dissecção e retração de estruturas e tecidos. Essas máquinas podem aumentar drasticamente a precisão das operações, mas o verdadeiro avanço só virá com robôs totalmente autônomos nas salas de cirurgia (Será que isso acontecerá algum dia, ou é só questão de tempo?). Isso provavelmente vai demorar um pouco, mas definitivamente há um lugar para robôs na área de saúde.

4. Impressão 3D no ensino e planejamento de cirurgias

Todos nós sabemos que para que uma cirurgia ser bem realizada são necessárias horas de planejamento e estudo das estruturas através dos exames de imagem e do estudo da anatomia do paciente. Mas as tecnologias existentes, como impressão 3D ou várias técnicas de simulação, ajudam muito na reforma da prática médica e dos métodos de aprendizagem na medicina, bem como na modelagem e no planejamento de procedimentos cirúrgicos complexos.

A tecnologia de impressão 3D também começou a se estabelecer no ensino médico. Médicos e professores podem utilizar modelos impressos para o estudo da anatomia, sem precisar dissecar um corpo humano. A impressão 3D poderá assumir o controle dos locais de ensino médico, aprofunda a compreensão dos futuros médicos sobre anatomia e patologia, leva a uma melhor compreensão dos procedimentos e melhora o conjunto de habilidades e a confiança do aluno.

5. Diagnóstico em tempo real

O professor Zoltan Takats, do Imperial College London, desenvolveu o bisturi cirúrgico inteligente iKnife. Ele funciona usando uma tecnologia já conhecida previamente em que uma corrente elétrica aquece o tecido para fazer incisões com perda mínima de sangue. Com o iKnife, um espectrômetro de massa analisa a fumaça vaporizada para detectar os produtos químicos na amostra biológica (É como se o bisturi inteligente "cheirasse" o câncer na fumaça do bisturi). Isso significa que ele pode identificar se o tecido é maligno em tempo real (fantástico não é mesmo?). Isso pode ajudar a dissecção mais precisa evitando retirar tecido demais, ou de menos, em locais nobres como cirurgias de tumores cerebrais.


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Referências

  1. The Technological Future Of Surgery - The Medical Futurist [Internet]. The Medical Futurist. 2021 [cited 2021 Aug 31]. Available from: https://medicalfuturist.com/the-technological-future-of-surgery/ ‌
  2. Robotic surgery - Mayo Clinic [Internet]. Mayoclinic.org. ; 2021 [cited 2021 Aug 31]. Available from: https://www.mayoclinic.org/tests-procedures/robotic-surgery/about/pac-20394974 ‌

Conteúdo elaborado por Diego Arthur Castro Cabral


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