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A necessidade de conciliar o trabalho do médico ao dos demais profissionais da saúde

A necessidade de conciliar o trabalho do médico ao dos demais profissionais da saúde
Fernando Antônio Ramos Schramm Neto
jan. 15 - 3 min de leitura
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O senso comum do cotidiano, bem como as próprias experiências vivenciadas, atribui uma visão de cunho empírica precipitada e subjetiva a respeito do papel exercido pelo médico, bem como da sua integralidade para com os demais profissionais da saúde.

Dessa maneira, há uma necessidade de conciliar, visando estabelecer uma relação horizontal saudável, o trabalho de tais médicos ao dos demais doutores da Medicina, por meio do diálogo necessário entre as várias áreas do conhecimento como também pela integralidade construída no alcance do objetivo em comum: salvar vidas.

O médico e pensador canadense William Osler afirma que a Medicina é a arte da incerteza e a ciência da probabilidade. A incerteza é fundamentada na visão idealizada pelo senso comum acerca do grau de importância do médico em função dos demais profissionais da Medicina, em que o jaleco branco o condecora novas formas de sentimentos, tal qual um “deus”, no topo de seu altar perante seus súditos, próprio de uma relação vertical.

Já a probabilidade absoluta é que, mesmo vivendo numa sociedade em que as pessoas são cada vez mais por si, inclusive no campo trabalhista, o envolvimento e a conciliação entre as diversas áreas do conhecimento de tais profissionais de saúde se fazem estritamente necessários para o alcance do objetivo médico maior: a cura por meio do tratamento conjunto.

Embora existam os chamados “pesos de reconhecimento social”, que afetam os ocupantes dos diferentes cargos e funções na Medicina, onde determinados profissionais são considerados de maior importância do que outros, a conciliação também ocorre por si só, por conta da necessidade intrínseca aos profissionais médicos de relacionar o ato da profissão ao objeto transformador da mesma - os enfermos.

Isso ocasiona a relação horizontal, que é democrática pelo fato de equiparar todas as profissões usando como base um objetivo em comum: a saúde humana, além de não sobrepor uma com relação às demais. Desse modo, um bom médico seria aquele que olha além da doença, nas dimensões do próprio espírito humano necessitado.

Em virtude dos argumentos mencionados, fica clara a necessidade de conciliação entre o trabalho exercido pelo médico e o dos demais profissionais da saúde, com o objetivo de formar e estabelecer uma plena relação horizontal integrada.

É imprescindível, que instituições de cunho moralizador e coercitivo, tais quais faculdades públicas e privadas, incentivem e difundam a conscientização acerca da união que deve haver em torno das várias áreas médicas em prol da preservação da saúde humana, por meio de programas e palestras que garantam a formação de futuros profissionais moralizados e, sobretudo, humildes.


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