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Aprender a liderar e ser liderado: escolha ou necessidade?

Aprender a liderar e ser liderado: escolha ou necessidade?
Jefferson Cunha
ago. 15 - 2 min de leitura
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Hoje vivemos um grande avanço em áreas inimagináveis há menos de duas décadas, como a inteligência artificial, a robótica, a nanotecnologia... todas elas sendo estudadas para serem empregadas em larga escala na medicina.

Estamos em um momento de intenso desenvolvimento tecnológico, novas formas de gestão, pesquisar, investir e aprimorar os serviços e atendimentos em saúde. Estamos entrando na era da 4ª revolução industrial.

Com isso, equipes hoje formadas apenas por profissionais da saúde, começarão a ser compostas por profissionais do campo da ciência da computação, engenharias, física, administração...

Na história, a figura do médico sempre foi vista como o chefe da equipe, quem organizava o serviço em saúde, quem dava as ordens. Porém, com as novas equipes de profissionais formados em diversas áreas isso tende a mudar.

A figura do chefe não caberá mais dentro da nova forma de trabalho que começa a despontar em um futuro muito próximo. O chefe, visto como alguém que não faz parte da equipe, toma todas as decisões sozinho, não escuta opiniões, começa a ficar sem espaço no novo modelo de serviços em saúde.

Não se pode chefiar o trabalho que não se domina, assim as equipes em saúde não poderão contar com um chefe. Como um profissional da saúde pode dar ordens sobre programação? Ou um engenheiro sobre protocolos clínicos? 

A nova formação das equipes exigirá a presença de líderes, pessoas capazes de organizar e trabalhar junto com a equipe, pois fazem parte dela. Lembrando que a liderança não será integral, sendo isso um dos pontos chaves e diferenciais. O bom líder deverá saber a sua hora de também ser liderado.

Ainda temos a possibilidade de escolher qual forma e equipe queremos trabalhar, de acordo com nosso perfil. Contudo, o mercado de trabalho também está passando por modificações e, sem dúvidas, as mudanças chegarão ao profissionais da saúde. As técnicas e conhecimentos adquiridos na graduação não serão o único diferencial. E, com certeza, trabalhar em equipe, liderar e ser liderado está entre os pré-requisitos para pleitear as melhores vagas.  

Acredito que hoje podemos escolher aprender a liderar e ser liderados, mas amanhã isso já será uma necessidade. Não vejo isso como algo ruim, pelo contrário. Pois, com trabalho em equipe poderemos associar a medicina humanizada, com profissionais distintos e muito bem capacitados aos avanços tecnológicos para, com isso, proporcionar aos nossos pacientes um atendimento mais humano e efetivo.


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