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As pandemias de cólera em 1800 e o coronavírus hoje: uma aula de Áureo Lustosa na Universidade de Cardiff

As pandemias de cólera em 1800 e o coronavírus hoje: uma aula de Áureo Lustosa na Universidade de Cardiff
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nov. 23 - 3 min de leitura
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Você sabia que a pandemia de Coronavírus é na verdade a terceira pandemia que estamos atravessando neste momento? Há outras duas que estão acontecendo e passam esquecidas por muitos: a Pandemia de HIV que começou nos anos 80, e a Sétima Pandemia de Cólera, que começou em 1961 e nunca terminou. Estamos, portanto, no 59º ano da Sétima Pandemia de Cólera.

Mas o que as pandemias de cólera do século XIX tem a ver com a atual pandemia de Coronavírus?

Esse foi o tema da aula ministrada pelo professor do curso Humanidades Médicas: saúde e doença na história e nas artes, Áureo Lustosa Guérios, ao grupo de estudos ScienceHumanities, da Universidade de Cardiff, no Reino Unido. O convite foi feito pelo Prof. Dr. Martins Willis, ex-presidente da British Society for Literature and Science.

  • Clique aqui para assistir a aula no site da Universidade de Cardiff!

Na aula,  Áureo Lustosa Guérios comenta sobre quatro pontos de contato entre a cólera e o coronavírus, sempre destacando como a literatura e a história interagiram. Você deve estar se perguntando o que tudo isso tem a ver com a literatura... A resposta é: muito!

A arte e a literatura funcionam, muitas vezes, como uma válvula de escape. Elas nos ajudam a refletir sobre o que valorizamos enquanto sociedade, de onde viemos, para onde vamos. Segundo explicou Áureo na aula, “a ciência mudou, mas curiosamente nossas reações ainda são as mesmas, e elas transparecem na arte e literatura que produzimos”. Especialmente em tempos de crise, a arte tem muito a oferecer. 

É por isso que elas são fundamentais para pensarmos na culpabilização, por exemplo. As alegações não científicas têm uma longa história e a cólera não é diferente. No século XIX ela foi associada à Ásia, da mesma forma como hoje alguns governos associam o coronavírus à China. Há uma longa tradição de culpabilizar a Índia e a China pela cólera, ainda que a bactéria que a causa (Vibrio cholerae) viva nos mares e mangues de todo o globo. 

 

Quer saber mais?

No curso Humanidades Médicas: saúde e doença na história e nas artes, ministrado pelo professor Áureo Lustosa Guérios na Academia Médica, há três aulas dedicadas ao assunto, em que ele reflete justamente sobre a interação entre doenças, colonialismo, descobertas científicas e literatura. Pode não parecer, mas você vai sair muito surpreso dessa aula depois de entender como tudo está relacionado. Clique aqui para saber mais.


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