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Como a FMUSP utiliza e produz telemedicina

Como a FMUSP utiliza e produz telemedicina
Fernando Carbonieri
out. 16 - 6 min de leitura
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Como a FMUSP utiliza e produz telemedicina

O uso da Tecnologia da Informação para auxiliar as ações integradoras na educação em saúde

Por Fernando Carbonieri

Simpósio apresentado por Cleinaldo Costa - UEAM, Chao Lung Wen - FMUSP; Caio Seti Takashiki - acadêmico FMUSP.

O que é telemedicina?

Telemedicina pode ser definida como o conjunto de tecnologias e aplicações que permitem a realização de ações médicas à distância.

É possível que novas modalidades de ação médica, onde a telemedicina esteja sendo aplicada, surjam com grande velocidade nos próximos anos. Nos dias de hoje, vem sendo aplicada mais freqüentemente em hospitais e instituições de saúde que buscam outras instituições de referência para consultar e trocar informações.

A grande vantagem no momento é sua aplicação na assistência primária a pequenas comunidades em regiões geográficas e/ou socioculturais distantes dos grandes centros urbanos. Estas regiões estão entre as áreas de maior risco no processo adoecer e morrer, devido à escassez de profissionais habilitados em identificar doenças, tratá-las e promover a saúde a nível local. Um dos principais motivos disso é o isolamento intelectual e escassos recursos de auxílio diagnóstico. Acredita-se que a telemedicina possa ampliar as ações de profissionais e agentes comunitários de saúde, integrando-os aos serviços de saúde, localizados em hospitais e centros de referência, mantendo um mecanismo de atendimento contínuo para prevenção, diagnóstico e tratamento.

Como vantagens do uso da telemedicina, temos:

  •  Redução do tempo e dos custos, pela desnecessidade de transportar os pacientes;
  • ajuste do gerenciamento dos recursos de saúde devido à avaliação e triagem por especialistas;
  • acesso rápido a especialistas em casos de acidentes e emergências; diminuição da pressão sobre hospitais já comprometidos pela falta de leitos e recursos; uso mais eficiente de recursos, através da centralização de especialistas e da descentralização da assistência, alcançando um número maior de pessoas;
  •  cooperação e integração de pesquisadores com o compartilhamento de registros clínicos;
  • maior qualidade dos programas educacionais para médicos e residentes localizados em zonas fora de centros especializados.

Esse simpósio iniciou-se com a demonstração de todo o sistema de tele-educação da FMUSP. Um programa chamado Pró Inova Educação. Para ilustrar, utilizarei do texto explicativo do programa.

O programa engloba desde a modernização de estuturas físicas para garantir a conectividade e funcionalidade tecnológicas durante as aulas até a consolidação de novos modelos de aprendizagem baseados em teleducação interativa. As principais ações são:

Anfiteatros conectados e interativos: as tradicionais salas de aula dos graduandos são os anfiteatros. Eles terão a infraestrutura para conexão WiFi de alta performance e transmissão online das aulas, permitindo que os alunos tenham acesso a elas de qualquer lugar da faculdade, através de tecnologia móveis como tablets ou smartphones, com possibilidade de interatividade com professores e alunos e de transmissão online pela Rede de Educação e pesquisa (ePesq) do complexo FMUSP/HC, oferecendo, desta forma a possibilidade de aprendizado integrado dos assuntos.

Plataformas educacionais: os alunos podem aprender com as plataformas educacionais baseadas na web/internet, que utilizam conteúdo digitais em multimídia. As plataformas FMUSP são constituidas pelos sistemas SisLau-Wiki (plataforma para aprendizado colaborativo) eCursos (baseado em plataforma Moodle para cursos estruturados) e Ambulatório Digital (para promover o aprendizaado baseado na abordagem clínica e segunda opinião à distância, mantendo contato com a realidade das Unidades de Saúde que trabalham com atenção básica à saúde.

Centro de produção digital (CPDgi):  Estúdios para produção e edição de vídeos com objetivos educacionais (Unidades de Conhecimento), nos quais trabalham uma equipe de comunicação especializada em educação em saúde (Disign de comunicação educacional). O CPDgi utiliza, em suas diversas categorias de vídeos, as imagens do Projeto Homem Virtual, sequências dinâmicas em computação gráfica tridimensional que explicam visualmente, de forma simples e rápida, a anatomia e os procssos fisiopatológicos do corpo humano.

Canal Saúde/IPTV USP: o projeto IPTV USP está à disposição da comunidade para divulgação de informações educacionais, científicas e culturais produzidas na USP. Entre os canais oferecidos está o Canal Saúde, coordenado pela FMUSP/Disciplina de Telemedicina, que oferece uma comunicação agradável e objetiva para educação e promoção de saúde nas comunidades.

Pró Inovalab: A FMUSP participa de dois projetos aprovados pela pró-reitoria de graduação da USP, por meio do programa Pró Inovalab (Pró inovação no ensino prático de graduação). O LabDac ( Laboratório digital de aprendizado clínico-prático) refere-se a estruturação de ambulatórios digitais para formação dos alunos em Teleassistência, através da Segunda Opinião Formativa e do Telediagnóstico. Já o LAAIC (Laboratório de Aprendizagem de Anatomia Integrada à Clínica) visa mordenizar o ensino da anatomia humana, utilizando como recursos a videoconferência, as autópsias, a segunda opinião formativa e a biblioteca digital da FMUSP.

Biblioteca Interativa e Observatório de Produção Intelectual da FMUSP: a Biblioteca Interativa oferece, dentro da Biblioteca da FMUSP, ambientes agradáveis e funcionais para estudo por meio de tecnologias educacionais interativas. Entre as inovações estão o acesso a rede WiFi de alta performance, smartv LED 60'', computadores all in one, tablets e ultrabooks para empréstimo aos alunos enquanto estão na biblioteca. O Observatório de Produção Intelectual (OPI) é uma biblioteca digital que disponibiliza as produções intelectuais em saúde das instituições devidamente indexadas.

Esse sistema parece ser o futuro da educação médica mundial. Universidades estrangeiras conceituadas já o utilizam com bastante sucesso. No simpósio foi mencionado um estudo que comparava o rendimento entre os alunos que utilizavam das aulas online e os que assistiam às aulas presenciais. Diferentemente do esperado, aqueles tiveram maior rendimento.

 


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