Academia Médica
Academia Médica
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
VOLTAR

Os grandes e constantes marcos da história da medicina

Os grandes e constantes marcos da história da medicina
Bárbara Figueiredo
mai. 11 - 21 min de leitura
000

A medicina é a ciência e a arte de curar. Ela engloba uma variedade de práticas de saúde que evoluíram para manter e restaurar a saúde através da prevenção e tratamento da doença, conforme crenças e culturas dos povos. Nesse flerte, é notório que todos os avanços ao longo da história da humanidade são incontáveis, frutos de um grande gerúndio que cerca qualquer ciência. A seguir, alguns destes inúmeros marcos e nomes do pretérito da medicina:

 

Hipócrates (460-355 a.C.)

Hipócrates separou a medicina da religião e da magia, bem como da filosofia especulativa, e afastou a ideia de causas sobrenaturais para as doenças, interpretando estas como fenômenos naturais resultantes da condição biológica do homem e de sua interação com o meio ambiente. Ressaltou a importância da observação clínica para o diagnóstico e o prognóstico e estabeleceu normas para a anamnese e o exame físico do paciente.

Com base unicamente na observação clínica descreveu várias doenças e condições patológicas diversas. Um dos seus conceitos terapêuticos foi a distinção entre sintomas e doenças. Os sintomas eram apenas manifestações exteriores de algo que estava ocorrendo no organismo. O procedimento tinha por objetivo descobrir como funcionava o corpo humano, levando sempre em conta a ação do ambiente e da alimentação. A par disso, deu dignidade à profissão médica, elaborando os preceitos éticos fundamentais indispensáveis ao exercício da medicina.  Elaborou e cumpriu um rigoroso código de ética, cujos preceitos estão contidos no juramento que até hoje todo médico faz ao se formar:

“Prometo que, ao exercer a arte de curar, me mostrarei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra. Nunca me servirei da profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir esse juramento com fidelidade, goze eu a minha vida e minha arte boa reputação entre os homens e para sempre. Se dele me afastar ou infringi-lo, suceda-me o contrário.”

 

Galeno (130-200 d.C.)

Claudius Galenus era um médico grego que viveu a maior parte de sua vida em Roma, onde desenvolveu intensa atividade, exercendo a clínica, fazendo dissecções e experimentos em animais e escrevendo sem cessar. A sua obra mais importante foi "Da Utilidade das Partes do Corpo", que constituiu o melhor tratado antigo de anatomia.

Este médico grego baseou as descrições de anatomia em dissecções de primatas, escolhidos pelas suas semelhanças com o corpo humano. Assim, Galeno foi um observador notável dos ossos e dos músculos. Fez experiências com a laringe, com a espinal medula, com os ureteres e demonstrou que as artérias transportam sangue e não ar, como se ensinava então. Contudo, na sua perspetiva, era o fígado, e não o coração, o centro do sistema vascular.

Na sua opinião, um bom médico teria de ser também um filósofo. É sua a conhecida teoria segundo a qual a saúde humana depende de um equilíbrio entre os quatro "humores" - a fleuma, a bílis negra, a bílis amarela e o sangue. Galeno foi considerado a mais alta autoridade médica antes de Vesálio, que refutou as suas teorias. Monoteísta, considerava o corpo apenas como instrumento da alma, ensinamento que lhe valeu o apoio da Igreja.

Sua obra foi considerada definitiva para o ensino e a prática da medicina e perdurou como tal até a Idade Média, ou seja, por 1300 anos. Somente no Renascimento todo o sistema de Galeno começou a ser questionado. Apesar dos muitos erros que cometeu, sua contribuição mais relevante diz respeito à anatomia e à fisiologia. Deve-se a ele o importante princípio de que qualquer alteração da função corresponde a uma lesão e vice-versa.

1543: Anatomia moderna - Andreas Vesalius (1514-1564)

Antes do belga Vesalius, médicos não dissecavam cadáveres. Disputando ossos humanos com cães em cemitérios, ele abria cadáveres à faca e se empapava de sangue em nome da ciência. Arriscava a vida ao mexer em órgãos infectados e podres. Com experiência prática, Vesalius combateu a especulação em temas como o sistema circulatório e a realização de cirurgias. Cada descoberta foi relatada em detalhadas ilustrações, depois reunidas e publicadas na obra De Humani Corporis Fabrica (Da Organização do Corpo Humano), um livro de anatomia com desenhos muito realistas considerado uma das obras-primas da medicina. Devido a isso, ocorreram avanços no estudo de doenças e tratamentos.

 

1628: Circulação do sangue - William Harvey (1578-1647)

Para mostrar o caminho do sangue aos incrédulos, Harvey abria um porco vivo durante suas palestras. Esse médico britânico dedicou a vida a estudar o funcionamento e a anatomia do coração, veias e artérias. O resultado está em "Exercitatio Anatomica de Motu Cordis et Sanguinis in Animalibus", obra fundamental sobre a circulação sanguínea, que pôs por terra conceitos errados que sobreviviam havia 14 séculos.

 

1675: Bactérias - Antony van Leeuwenhoek (1632-1723)

Antony van Leeuwenhoek não era professor nem médico, apenas um comerciante letrado com um "hobby" curioso: fabricar e usar microscópios. O holandês Leeuwenhoek saiu do anonimato quando descobriu, com suas poderosas lentes, criaturas minúsculas agitando-se em uma pequena amostra da água de chuva que havia se acumulado em uma tina. Por acaso, ele acabara de descobrir as bactérias. Daí em diante, passou a examinar ao microscópio tudo o que via, de cocô de pombo ao próprio esperma. Por isso, ocorreu a descoberta de uma das maiores causas de doenças e mortes.

 

1796: Vacina - Edward Jenner (1749-1823)

Durante muito tempo lutou contra a varíola. A doença matava até 40% dos doentes e, entre aqueles que sobreviviam, muitos ficavam cegos e desfigurados. O mal também atacava o gado, cavalos e porcos. O britânico Jenner descobriu que, se uma pessoa fosse contaminada pela ferida da varíola bovina, uma forma muito mais branda da doença, ficaria livre de pegar a varíola humana. Estava descoberto o princípio da vacina. Por isso, desenvolveu-se a prevenção contra varíola e outras doenças graves, como poliomelite, paralisia infantil e rubéola.

1842: Anestesia - Crawford Long (1815-1878)

Até o século XIX, os pacientes costumavam desmaiar de dor e desespero durante as operações. Foi quando se descobriu o poder anestésico do éter. O primeiro a testar a teoria na mesa de cirurgia foi o americano Long, que convenceu um paciente a cheirar uma toalha embebida em éter até ficar inconsciente. Quando acordou, o sujeito estava sem um cisto no pescoço, sem memória das últimas horas e, melhor, não precisou sentir as dores atrozes da cirurgia. Por isso desenvolveu-se cirurgias indolores e mais bem-sucedidas.

 

1870: Aspirina – Felix Hoffman (1868-1946)

O alemão Felix Hoffman testava o extrato da casca de uma árvore, o salgueiro, no combate a infecções. Nos primeiros testes, a pílula sintetizada a partir da salicina — o princípio ativo da planta — não alcançou bom resultado. Por outro lado, reduziu a febre. Para evitar que o remédio causasse queimação no estômago, ele acrescentou à fórmula a substância acetil. Nascia, assim, o ácido acetilsalicílico, que a Bayer, posteriormente, popularizou como Aspirina.

 

1890: Psicanálise - Sigmund Freud (1856- 1939)

A Psicanálise foi criada pelo neurologista austríaco Sigmund Freud, com o objetivo de tratar desequilíbrios psíquicos. Este corpo teórico foi responsável pela descoberta do inconsciente – antes já desbravado, porém em outro sentido, por Leibniz e Hegel -, e a partir de então passou a abordar este território desconhecido, na tentativa de mapeá-lo e de compreender seus mecanismos, originalmente conferindo-lhe uma realidade no plano psíquico. Esta disciplina visa também analisar o comportamento humano, decifrar a organização da mente e curar doenças carentes de causas orgânicas.

 

1895: Raios-X - Wilhelm Röntgen (1845-1923)

O alemão Röntgen investigava uma estranha luz amarelo-esverdeada emitida por um aparelho em seu laboratório. Fez vários testes e, desconfiado, chamou a esposa, Bertha, para comprovar seu palpite. Pediu a ela que colocasse a mão esquerda sobre uma chapa fotográfica e ligou o tal aparelho por seis minutos. Quando revelou a chapa, encontrou o desenho dos ossos dos dedos de Bertha e a silhueta de sua aliança. Eram os raios-X. Por isso desenvolveu-se método para diagnósticos mais rápidos e precisos.

 

1901: Eletrocardiograma - Willem Einthoven (1860-1927)

Em 1887, Augustus Waller, um fisiologista britânico, criou o primeiro aparelho de eletrocardiograma usando um eletrômetro capilar e eletrodos colocados no peito de um voluntário, demonstrando que uma atividade elétrica precedia a contração do coração. O brilhante médico e fisiologista holandês Willem Einthoven pesquisou por anos um método não invasivo para estudar o funcionamento do coração. Em 1901, obteve o eletrocardiograma conectando fios no pé e nas mãos do voluntário dentro de um balde com uma solução de eletrólitos, ligando essas três derivações a uma enorme máquina, que pesava quase 300 quilos, ocupava dois aposentos e necessitava de cinco pessoas para operá-la. Em 1924, o especialista recebeu o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina por suas contribuições com a área.

1906: Cultura de tecidos- Ross Harrison (1870-1959)

O zoologista americano Harrison descobriu como cultivar células vivas em laboratório, independentemente das plantas ou animais de onde vieram. A descoberta permitiu estudar moléculas e células de organismos vivos, desenvolver vacinas contra poliomielite, sarampo, caxumba e raiva, auxiliar na busca de indícios que ajudem a descobrir a causa do câncer e da aids. Assim, deu-se a revolução no estudo das doenças.

 

1912: Colesterol - Nikolai Anichkov (1885-1964)

O russo Anichkov alimentou coelhos com gemas de ovos e descobriu que o animal que mais mata seres humanos no mundo é... a galinha. Durante a autópsia, Anichkov notou a presença de placas nas artérias dos coelhinhos, iguais às encontradas nas aortas de corações humanos. Com essa observação, apontou para a medicina o perigo do consumo de colesterol e as doenças provocadas por esse tipo de gordura, como a arteriosclerose. Assim deu-se novos rumos para o estudo das doenças cardíacas.

 

1921: Insulina – Joseph von Mering (1849-1908) e Oscar Minkowski (1858-1931)

Os cientistas alemães Joseph von Mering e Oscar Minkowski removeram o pâncreas de um cão para estudar o que aconteceria e logo perceberam que a urina do animal passou a atrair moscas por causa do açúcar. Eles constataram que a glândula era indispensável para o aproveitamento da glicose. Em 1921, pesquisadores canadenses isolaram o hormônio responsável por isso, a insulina.

 

1929: Antibióticos - Alexander Fleming (1881-1955)

O médico e bacteriologista escocês Fleming descobriu, em 1929, a fórmula da penicilina, o primeiro antibiótico do mundo. Mas foram necessários mais de 12 anos para que se chegasse à etapa de ministrar a nova fórmula em humanos, o que ocorreu somente durante a Segunda Guerra Mundial. Base dos antibióticos, a penicilina revolucionou a medicina e deu impulso decisivo à moderna indústria farmacêutica. Assim, surgiu a "melhor arma contra bactérias".

 

1953: DNA - Maurice Wilkins (1916-2004)

A maior parte dos méritos pela descoberta do DNA coube a James Watson e Francis Crick. A dupla de cientistas publicou, em 1953, um artigo em que desvendavam o mistério da estrutura de espiral dupla que caracteriza a "chave da vida". No entanto, a façanha não seria possível sem os estudos do físico neozelandês Wilkins, o primeiro a isolar uma molécula de DNA e fotografá-la com raios X, revelando a forma helicoidal. Deu-se, assim, a revolução na biologia molecular.

1954: Transplante de órgãos – Joseph Murray (1919 – 2012)

O primeiro transplante bem sucedido de órgãos aconteceu em 1954, em Boston (EUA), quando o Dr. Joseph E. Murray realizou um transplante de rins entre dois gêmeos idênticos no Hospital Brigham and Women. Murray se baseou na descoberta dos médicos até então de que em transplante entre gêmeos idênticos não havia o perigo de rejeição uma vez que o genoma de ambos, receptor e doador, é o mesmo. No Brasil, a realização de transplante de órgãos começou em 1964.

 

1956: Marca-passo - Wilson Greatbatch (1919-2011)

O engenheiro americano Wilson Greatbatch construía um dispositivo para gravar batimentos cardíacos quando, por engano, retirou o resistor da caixa errada. Depois de montá-lo, notou que o circuito emitia pulsos elétricos. Logo, imaginou que essa estimulação poderia ajudar em um colapso do coração. Ao longo de dois anos, aperfeiçoou o invento e o testou em um cão. No início, o equipamento era do tamanho de uma TV.

 

1964: AZT - Jerome Horwitz (1919-2012)

O americano Jerome Horwitz sintetizou essa droga quando pesquisava alternativas para tratar a leucemia. Como não obteve o resultado esperado, ela foi arquivada. Dez anos depois, o alemão Wolfram Ostertag (1937-2010) demonstrou que o remédio tinha efeito sobre um vírus parecido com outro que se conheceria mais tarde, o HIV. Em 1986, os EUA aprovaram o uso do AZT como o primeiro medicamento contra a AIDS.

 

Medicina futurística

A medicina não para de se desenvolver, principalmente com tantos avanços tecnológicos na área. Os avanços da medicina aliados às novas tecnologias têm proporcionado inovações que, até então, eram imaginadas apenas nos filmes de ficção científica. Porém, este mundo que parecia tão distante, como o de ciborgues e inteligência artificial pode estar mais próximo do que imaginamos.

A medicina e a tecnologia, em conjunto, têm dado passos bastante largos, rumo a novidades que têm visado a prevenção e o tratamento de doenças graves, bem como um aumento na expectativa de vida mundial.

 

Cirurgia robótica

Os procedimentos cirúrgicos com robôs já são uma realidade no mundo inteiro, realizando procedimentos de alta complexidade com a mais alta precisão. Essa realidade permite cortes menores em cirurgias, proporcionando uma recuperação mais rápida para o paciente. No Brasil, estima-se que existam cerca de 41 robôs voltados para essa área, localizados em "hospitais premium", como Albert Einstein, Nove de Julho e até mesmo em algumas unidades do SUS.

Segundo o relatório divulgado pelo Instituto Coordenadas de Gobernanza y Economía Aplicada da Espanha, é de se esperar um grande avanço da tecnologia na saúde, em especial com relação ao robôs cirúrgicos. Atualmente, as máquinas não assumem em totalidade as funções dentro das salas de cirurgia. Com isso, a ideia é torná-los cada vez mais integrados ao invés de serem apenas uma mera ferramenta, com o objetivo de melhorar seus aspectos de adaptabilidade e versatilidade.

 

Nano robôs

Tendência em vários setores, a nanotecnologia é outra promessa para a medicina. Recentemente, cientistas empregaram nano robôs para o combate a células humanas cancerosas aplicadas em ratos, e os resultados foram promissores. As pequenas máquinas cortaram o suprimento de sangue dessas células, causando sua morte sem danificar as células saudáveis. Outras aplicações para as nanomáquinas devem envolver o auxílio em cirurgias e a liberação de medicamentos direto na corrente sanguínea, potencializando resultados.

Inteligência Artificial

A inteligência artificial aplicada à medicina está focada em armazenamento dos dados dos pacientes na nuvem. Estes podem ser consultados por outros profissionais em tempo real, e auxiliam também no diagnóstico com associação de sintomas à determinadas patologias. As melhorias planejadas no sistema visam aumentar sua eficiência em relação ao armazenamento de dados relacionados à saúde de toda a população.

Com a inteligência artificial será possível associar os sintomas e associá-los ao histórico do seu paciente, indicando assim as possíveis doenças que o paciente poderá desenvolver. Este avanço poderá reduzir o tempo de espera para um diagnóstico preciso, algo decisivo em casos de urgência. Dessa forma, quanto mais integrados esses dados estiverem, maior será a possibilidade de prevenção de diversas doenças.

 

Dispositivos

Um dos avanços da medicina que têm causado curiosidade é a utilização dos "gadgets" para monitorar a saúde. As últimas edições do Apple Watch sempre tiveram funcionalidades voltadas para a saúde e o bem-estar. Contudo, isto parece estar evoluindo para um novo patamar à medida que os aparelhos poderão começar a identificar problemas de saúde como arritmias e outros problemas do coração.

Os "wearables" são dispositivos vestíveis que monitoram ou registram informações sobre a saúde do usuário, como relógios inteligentes. Eles servem para apontar a quantidade de calorias gasta, frequência cardíaca e qualidade do sono, por exemplo.

 

Telemedicina

A telemedicina tem potencial para continuar impulsionando avanços a partir da combinação com inovações e tecnologia. Desde o seu surgimento, essa especialidade médica tem contribuído para avanços significativos, tornando a saúde acessível a qualquer hora, em qualquer lugar. Seja para interpretação de exames e a emissão de laudos a distância, esse é um apoio decisivo, contribuindo para a prevenção, diagnóstico, monitoramento e tratamento de doenças, lesões e outras condições médicas.

Os laudos a distância já são uma realidade em vários países, inclusive no Brasil, graças a uma combinação de internet, plataforma de telemedicina, profissionais treinados e especialistas. Técnicos em enfermagem ou radiologia realizam exames que registram imagens em pixels (digitais), que são armazenadas e compartilhadas online em sistemas seguros. Assim, um especialista pode visualizar as informações de qualquer dispositivo com acesso à internet, através de login e senha. A telemedicina pode ser considerada um avanço significativo da tecnologia na medicina mundial.

 

Impressora 3D e órgãos artificiais

A impressão em três dimensões permite a criação de órgãos artificiais, o que pode resolver problemas complexos como as filas para transplante de órgãos.

 

Edição genética

Uma tecnologia chamada CRISPR-CAS 9 tem se mostrado promissora nessa tarefa, e é a aposta dos cientistas para o combate de doenças como fibrose cística, câncer e Aids. Doenças que hoje não têm cura poderão ser combatidas em um futuro próximo com o apoio das células-tronco. Essa é uma das aplicações descobertas recentemente por cientistas da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, a partir de células extraídas da pele. Com uma reprogramação, esse tipo de célula é capaz de se transformar em quase todos os tecidos humanos.

 

Nutrigenômica

Estudos sobre o DNA culminaram na descoberta da interação entre genoma e nutrição. Assim, surgiu a nutrigenômica, ciência que usa alimentos para melhorar o condicionamento físico e prevenir doenças. Porém, esses efeitos dependem das características de cada organismo. Por isso, suas aplicações devem ser individuais.

 

Significância da tecnologia na medicina

A partir das tecnologias citadas, as previsões para o futuro da medicina são animadoras. Afinal, estamos diante de uma perspectiva de fim das filas para transplantes, mudanças no DNA capazes de eliminar doenças e novas opções para combater grandes males, como o câncer.

A telemedicina também deverá progredir, aumentando o acesso a serviços como laudos online, segunda opinião médica e capacitação à distância. Realidade no Brasil e no mundo, essa tecnologia na medicina melhora a qualidade de vida das pessoas que moram em locais remotos, como em cidades no interior do Brasil. Elas não precisam mais percorrer grandes distâncias em busca de centros de referência, ou aguardar dias para obter laudos de qualidade.

Já para hospitais, clínicas e consultórios, é a tecnologia que permite disponibilizar exames e ter a sua interpretação mesmo em períodos críticos, como na falta de profissionais, sua ausência por férias ou em plantões.

 


Quer escrever?
Publique seu artigo na Academia Médica e faça parte de uma comunidade crescente de mais de 175 mil médicos, acadêmicos, pesquisadores e profissionais da saúde. Clique no botão "NOVO POST" no alto da página!


 

Referências:

1- Quais foram as dez maiores descobertas da medicina? https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-dez-maiores-descobertas-da-medicina/

2- As Dez Maiores Descobertas da Medicina – Meyer Friedman e Gerald W. Friediand, Cia. das Letras, 1999.

3- A medicina na passagem do milênio Joffre Marcondes de Rezende: http://books.scielo.org/id/8kf92/pdf/rezende-9788561673635-36.pdf

4- Quais são os mais recentes avanços da medicina? iCLinic:  https://blog.iclinic.com.br/avancos-da-medicina/

5- A lição de anatomia de Andreas Vesalius e a ciência moderna: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-31662003000300008

6- O legado hipocrático e sua fortuna no período greco-romano: de Cós a Galeno: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1678-31662006000100003&script=sci_arttext&tlng=pt


Denunciar publicação
    000

    Indicados para você