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Os micróbios são uma ameaça real à permanência da espécie humana na terra?

Os micróbios são uma ameaça real à permanência da espécie humana na terra?
José Francisco de SANTANA
jan. 8 - 3 min de leitura
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Ao longo da, relativamente curta, história do homem na terra é recorrente a indagação acerca da prevalência da espécie humana no planeta sempre que situações que parecem incontroláveis ocupam de maneira importante o cotidiano da "Super Espécie". Interessante registrar que essas indagações nem sempre evidenciam preocupação! Algumas soam como manifestações de alívio, com um eventual desfecho que resultasse na eliminação da homem da face da terra. Debruçando-me, imparcialmente, sobre a questão em apreço sou de opinião que se nos períodos de completa escuridão do conhecimento científico humano os micróbios não conseguiram eliminá-lo, admito que a oportunidade ou possibilidade foi perdida! Em sendo solicitado estabelecer um marco temporal para o início do domínio do homem sobre os microrganismos eu me reportaria ao século XX, sobretudo a partir da segunda metade do referido século quando, com a descoberta da penicilina, a humanidade insere-se, efetivamente, na era dos antimicrobianos.

Concordo que as epidemias/pandemias que acometeram a humanidade até a primeira metade do século XX colocaram, sim, em dúvidas a permanência da humanidade. Um exemplo ilustrativo é a Peste Negra (Sec. XIV) que dizimou aproximadamente 1/3 da população da Europa. A Gripe Espanhola (Séc. XX) também foi extremamente agressiva e produziu milhões de mortes em todo o mundo.

Embora, no caso da atual pandemia (Novo Coronavírus), as imagens de enterros coletivos em valas comuns, em várias partes do mundo, sejam deprimentes e chocantes, a capacidade de resposta da ciência contemporânea se mostrou extremamente efetiva a ponto de, em tempos recordes, termos o isolamento do agente etiológico, que recebeu o nome de SARS-CoV-2, e a divulgação das primeiras vacinas com excelentes parâmetros de segurança e eficiência.

Também, em tempo recorde, a ciência acumulou informações eficientes / eficazes para prevenir o contágio e propagação da enfermidade (higienização das mãos, uso de máscaras, distanciamento social). No entanto, os governos e a sociedade precisavam ou precisam se apropriar e aplicar as orientações da ciência, mas em vários lugares do mundo não foi o que se viu e não é o que se está vendo. Fato é:

 embora a pandemia do Novo Coronavírus ainda esteja bastante ativa no mundo, é possível afirmar que grande parte do fracasso no combate a essa enfermidade deve ser creditada a aspectos políticos e religiosos que ainda permeiam todo o curso da atual Peste. Misturam religião com interesses meramente político-partidários e o povo é estimulado a negligenciar as orientações de base científica.

Outras pandemias virão e a resposta da ciência será cada vez mais efetiva. Infelizmente vidas serão ceifadas, mas nenhuma pandemia colocará em risco a prevalência da espécie humana na terra. Salvo algum evento externo à biosfera, somente o próprio homem é capaz de viabilizar a sua própria extinção. 

 


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