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SUS perdeu 42 mil leitos nos últimos sete anos

SUS perdeu 42 mil leitos nos últimos sete anos
Emerson Wolaniuk
set. 20 - 3 min de leitura
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Fechamento de vagas do SUS - Arte por Larissa Wendling para o Academia Médica

Há alguns dias, o Conselho Federal de Medicina - CFM - anunciou os números de um levantamento feito por meio dos dados do site do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES, órgão do Ministério da Sáude. Segundo análise, o CFM computou que nos últimos sete anos o SUS perdeu, no total, quase 42 mil leitos. Se cada paciente ocupasse um leito hospitalar por mês - o que é um tempo bastante longo para ser utilizado como média - mais de meio milhão de brasileiros serão privados de atendimento hospitalar anualmente, caso nenhuma medida seja tomada.

Em defesa, o Ministério da Saúde pronunciou que o levantamento de dados feito pelo CFM é falho. Contra as evidências desse levantamento, o governo alega que tem investido na criação de novos leitos hospitalares, tendo como meta criar 1.783 novos leitos para o SUS em 2012 ante a 1.296 leitos habilitados em 2011.

Sobre o assunto, o Presidente do CFM, Roberto Luiz Ávila, diz:

Os gestores simplificaram a complexidade da assistência à máxima de que ‘faltam médicos no país’. Porém, não levam em consideração aspectos como a falta de infraestrutura física, de políticas de trabalho eficientes para profissionais da saúde, e, principalmente, de um financiamento comprometido com o futuro do Sistema Único de Saúde.

Segundo dados do CFM em parceria com o IBGE, o Brasil é o quinto maior maior país em número de médicos no mundo, tendo 1,95 médicos por habitante. Segundo análise do órgão médico, esse número é suficiente para promover a saúde de uma população desde que esses médicos estejam inseridos em uma infra-estrutura adequada, o que não é realidade no Brasil, como pode-se constatar.

O atual governo do país parece estar mais preocupado com medidas populistas para manter-se no poder do que em procurar maneiras de retornar seus impostos às necessidades reais básicas da população, como a saúde e a educação, por exemplo. Recursos obviamente existem, já que somos a sexta maior economia do mundo. É triste que nós, médicos e estudantes de medicina, tenhamos que presenciar de mãos atadas a essa imensa quantidade de pessoas definhando por falta de estrutura e tratamento, sem que o governo honre a fortuna que recebe para fazer seu trabalho em ao menos apresentar soluções plausíveis para o problema, em vez de apenas continuar com a política do "isso é mentira/eu não sei de nada".

Fonte: CFM 


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