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Telemedicina: como avaliar aplicativos de chamada de vídeo?

Telemedicina: como avaliar aplicativos de chamada de vídeo?
Fabio Y Moraes
abr. 13 - 4 min de leitura
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O Brasil é um país de dimensões continentais onde o acesso à saúde de qualidade é um desafio para milhares de pessoas. Com o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas móveis e expansão de acesso à internet, tornou-se possível a introdução e o aperfeiçoamento de novas ferramentas em saúde.  

A telemedicina faz uso de inovações (internet, smartphones e tecnologia de telecomunicações) como ferramenta para fornecer assistência médica de forma universal e humanizada. A telemedicina tem um papel fundamental em promover saúde a populações com acesso limitado ao cuidado médico e ganhou muita evidência durante a pandemia da COVID-19.

Diferente do que muitos acreditam, a telemedicina já foi testada em vários contextos clínicos em diversos países, demonstrando pelo menos equivalência ao atendimento presencial e com altos níveis de satisfação do paciente e do profissional de saúde.

Os serviços de telemedicina podem usar uma ampla variedade de tecnologia de telecomunicações para apoiar o atendimento clínico, desde sistemas simples baseado em ligações telefônicas a sistemas complexos de vídeo e imagem.

No momento, um número recorde de pessoas está usando aplicativos de vídeo-chamada para realizar reuniões, dar aulas, consultar-se com médicos. Portanto, é muito importante que essa ferramenta de tecnologia seja confiável. Alguns aplicativos nem sempre respeitam a privacidade e a segurança dos usuários.

Assim, antes de usar esses aplicativos, é importante responder perguntas importantes como:

  • O aplicativo compartilha dados do usuário - e se sim, com quem?
  • Os usuários são alertados quando as reuniões são gravadas?
  • O aplicativo é compatível com as leis de privacidade médica dos EUA / Brasil?
  • E muitos mais

Para isso é preciso determinar se os aplicativos atendem ou não aos Requisitos Mínimos de Segurança. E nesse contexto, cinco pontos são fundamentais:

  1. Usar criptografia;
  2. Fornecer atualizações de segurança;
  3. Exigir senhas fortes;
  4. Fazer gerenciamento de vulnerabilidades; e
  5. Apresentar uma política de privacidade.

Os padrões mínimos de segurança são apenas uma camada de segurança. Fatores adicionais devem ser considerados:

  • O aplicativo deve, preferencialmente, estar em conformidade com HIPAA (HIPAA - foi projetado para garantir a proteção da privacidade, grande parte disso requer muitas políticas, procedimentos e documentação contínua);
  • É essencial procurar e avaliar as novas atualizações do aplicativo;
  • Todos os aplicativos usam alguma forma de criptografia, mas nem toda criptografia é igual;
  • Os aplicativos de vídeo-chamada direcionados às empresas ou para a área médica têm um conjunto diferente de recursos e segurança comparados aos aplicativos de vídeo-chamada direcionados ao uso diário;
  • Uma gama diversificada de riscos pode existir e essa deve ser estudada, explicada e reportada ao usuário final;
  • Muitos aplicativos oferecem recursos admiráveis de privacidade e segurança, mas é importante estar ciente de que falhas podem ocorrer.

Finalmente, escolha a ferramenta/aplicativo de vídeo-chamada que ofereça o maior número de recursos, segurança e possibilidade de documentação. Segurança digital deve ser levada a sério pois implica diretamente no princípio ético de privacidade dos dados dos pacientes (*multas e penalidades graves podem ser geradas por mau uso de dados médicos).

É notório a importância de se saber as bases da telemedicina e como ela impacta e/ou está impactando na vida dos profissionais da saúde e dos seus pacientes. Sendo assim, a capacitação nesta área que já é realidade deve ser feita com bases confiáveis. Se você é um profissional que sempre se qualifica e está levando a medicina a sério, não deixe de se inscrever na nossa capacitação sobre Telemedicina. Clique aqui e saiba mais! 

 


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