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Vamos conversar sobre câncer de mama?

Vamos conversar sobre câncer de mama?
Gabriel Couto
out. 13 - 6 min de leitura
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Olá, amigo(a) leitor(a), paramos um pouco o papo sobre COVID-19 porque hoje vamos falar (principalmente com elas) sobre um tema de importância máxima na saúde pública. Abordaremos sobre o câncer de mama. 

O foco desta publicação está voltado às pessoas que querem começar a obter informações relevantes e entender sobre a realidade da doença. 

Quais são os números do câncer de mama no Brasil?

Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), para 2020 são estimados 66.280 novos casos da doença, ou seja, comparativamente, seria um número equivalente a todos os habitantes de uma cidade de pequeno porte no Brasil. Para se ter uma ideia, em 2018 foram 17.763 vítimas da doença computadas no "Atlas de Mortalidade" do Sistema de Informações sobre Mortalidade do SUS. Dessa porção, cerca de 99% eram mulheres, sendo sempre necessário ressaltar que homens também perdem a vida por causa da doença.

Há alguma forma de reduzir a chance do desenvolvimento do câncer de mama?

A dúvida de muitas mulheres é se existe alguma forma de prevenir o aparecimento da doença. A boa notícia é que se pode reduzir a chance do desenvolvimento do câncer (não apenas o de mama) com atividades rotineiras simples, são elas:

  • Prática de atividade física; 
  • Alimentação saudável;
  • Manutenção do peso corporal;
  • Evitar o consumo de bebidas de álcool; 

Claro que muitas dessas práticas não são tão simples para algumas das pacientes, mas a paciência e a persistência em buscar um bom padrão de hábito de vida sempre é uma ferramenta poderosa no combate ao câncer de mama, tanto na mão da paciente como na do médico.

Existem fatores, porém, que contribuem para um aumento da chance de se desenvolver a doença. Condições como a obesidade e sobrepeso, casos de câncer na família, hábitos não saudáveis como alimentação inadequada, tabagismo, exposição frequente à radiação como os raios-X, ter feito terapia de reposição hormonal ou também uso de contraceptivos hormonais são um fator bomba para o aumento da chance de se desenvolver a doença.

Quais podem ser os sinais e sintomas do câncer de mama?

O nódulo é importante sinal, pois pode estar presente em até 90% dos casos de câncer de mama. Outros sinais incluem a pele da mama avermelhada (similar a uma casca de laranja), alterações no mamilo (como, por exemplo, a retração dele), a presença de pequenos nódulos (carocinhos) na região do pescoço e das axilas e também a saída anormal de líquidos pelos mamilos também pode ser um sinal de alerta à doença. É vital reforçar que a análise das mamas pode ser um importante aliado das mulheres, já que a detecção precoce é um fator chave no sucesso do tratamento do câncer de mama.

Como funciona o rastreio da doença?

O Ministério da Saúde disponibiliza o exame da mamografia às mulheres entre 50 e 69 anos a cada dois anos. Essa recomendação segue o padrão de rastreamento da Organização Mundial da Saúde - OMS.

Mas, afinal, o que é a mamografia?

O exame da mamografia nada mais é do que uma radiografia (sim, um raio-x) da região da mama feita por um aparelho chamado "mamógrafo". Ele é capaz de identificar alterações antes mesmo de a paciente sentir alteração nas mamas. Ou seja, a doença pode ter iniciado já antes da paciente ter sentido o nódulo, portanto, em caso de alteração, busque seu médico de confiança para avaliação. Entretanto, é bom lembrar que a mamografia é o passo inicial, ou seja, para um diagnóstico mais apurado e profundo, outros métodos de diagnóstico podem ser considerados necessários pelo médico.

Exames como ultrassonografia e ressonância podem ser necessários. Além deles, para a confirmação definitiva da doença, o exame de maior auxílio na investigação é a biópsia. A biópsia é um processo no qual uma agulha (ou via cirurgia) coleta uma parte do material e o envia a um médico especializado em patologia. O profissional vai analisar o material e, em seguida, emitir seu parecer.

Quais são os tipos de tratamento?

Antes disso, é necessário destacar que o tipo do tratamento depende de qual estágio a paciente se encontra e se a doença disseminou ou não. Hoje contamos com tratamentos como a radioterapia, a quimioterapia, a cirurgia, hormonioterapia e terapias de cunho biológico como a terapia alvo. Tais formas de tratamento podem ser melhor explicadas em outras publicações, se assim vocês desejarem. Deixe nos comentários.

Para finalizar, uma recomendação: não hesite em cuidar da sua saúde, consulte seu médico. Lembre-se de que muitas aspectos da abordagem terapêutica são influenciados por conta do estágio de uma doença como o sucesso do tratamento, o tipo do tratamento (em média mais agressivo para estágios mais avançados), quantas formas de tratamento vão ser utilizadas, a chance da cura e muitos outros fatores. Sendo assim, conseguir detectar a doença em sua fase inicial é imensamente mais vantajoso para sua saúde. Cuide bem dela!

 

Até breve!

 


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BIBLIOGRAFIA

Instituto Nacional do Câncer - INCA

Site para pacientes

<https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama>

Acesso em 06/10/2020

Site para profissionais da saúde, mais completo e técnico

<https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama/profissional-de-saude>

Acesso em 06/10/2020


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