Academia Médica
Academia Médica
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
VOLTAR

Vamos falar em Cuidados Paliativos?

Vamos falar em Cuidados Paliativos?
Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Medicina ABLAM
out. 20 - 2 min de leitura
000

O dia 14 de Outubro foi escolhido para se lembrar e homenagear aqueles que promovem Cuidados Paliativos. Segundo a Dra. Ana Claudia Quintana Arantes, no seu livro “A morte é um dia que vale a pena viver” nove em dez pessoas no Brasil terão uma morte anunciada, ou seja, vivenciarão um processo de terminalidade de vida, passando por sua patologia e as implicações desta. Diante deste contexto, você saberia proporcionar um cuidado efetivo ao seu paciente?

Quando usamos o termo Paliativo, muitas vezes pode parecer ser algo que está sendo “remediado”, inconclusivo, “não tem mais o que fazer”. Mas você sabe o que significa Paliativo? Deriva de pallium, que vem do latim, e significa proteção. Os cavaleiros usavam um manto que os protegiam das intempereis do tempo ao longo de suas jornadas: isso era pallium. Então Cuidado Paliativo é aquele que ameniza o sofrimento e a dor daqueles que precisam, seja de origem psicológica ou física.

E quando podemos aplicar tais Cuidados?

São aplicados para aqueles que tem um diagnóstico de uma doença crônica grave, que ameace a continuidade da vida. Envolve sintomas físicos, sociais, emocionais, psicológicos e espirituais. E seguidamente pode desencadear medos da morte propriamente dita, do bem-estar dos familiares, um emprego deixado para trás, por exemplo.

Os cuidados paliativos não se baseiam em protocolos, mas em princípios, como promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis, afirmar a vida e considerar a morte um processo normal da existência e não acelerar nem adiar a morte. Há manuais que auxiliam os profissionais de saúde a lidar com a dor e os demais sintomas que incomodam. E por meio de uma equipe multiprofissional aliviar as dores psíquicas, espirituais e sociais.

E enfim, promover esses cuidados pode parecer frustrante se pensarmos a medicina apenas como uma ciência resolutiva de patologias. Mas se a encararmos como aquela que pode promover o bem-estar do indivíduo até o último momento, vendo -o como um todo, desde o seu nascer até o dia de sua morte, seu objetivo também se cumpre, ao proporcionarmos dias finais melhores a um ser humano e a condição de uma morte com dignidade.

Por Mísia Nogueira Altino

8º Período Medicina Unimar.


Denunciar publicação
    000

    Indicados para você