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TP #31: RS registra mais mortes que nascimentos, sequelas neurológicas da COVID-19 e transplante de traqueia

TP #31: RS registra mais mortes que nascimentos, sequelas neurológicas da COVID-19 e transplante de traqueia
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abr. 9 - 17 min de leitura
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No episódio 31 do Troca de Plantão, foi abordado sobre os desfechos neurológicos e psiquiátricos em sobreviventes do Covid-19, sobre a taxa de mortes por Covid-19 de pessoas negras se maior do que as demais parcelas da população. Também foi comentado sobre o transplante de traqueia realizado e NY, além das informações mais recentes sobre as vacinas para Covid-19 no Brasil.

O Troca de Plantão acontece de Segunda a Sexta às 06h30 da manhã no Clubhouse e é transformado em Podcast para você que não pode participar conosco ao vivo. Dê o play aqui e curta conosco.

Comandado por Fernando Carbonieri, médico e fundador da Academia Médica, o Troca de Plantão nº31 contou com os colegas Filipe ProhaskaAna Panigassi, Ana Carolina Carvalho, Debora Fukino, Alexander Buarque, Ursula Guirro, Newton Nunes, Jamil Cade, entre outros que também compartilharam conhecimento com a comunidade. Com audiência crescente, o Troca de Plantão da Academia Médica traz as principais publicações científicas do cenário mundial, discutidas por profissionais de ponta.

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Nossos heróis aqui do #TP trouxeram as suas fofocas e a gente traz a sedimentação teórica para elas. Confira abaixo as referências que embasaram a discussão de hoje!

Pela 1ª vez na história, estado brasileiro registra mais mortes que nascimentos

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A população do Rio Grande do Sul apresentou retração em março, o mês mais letal da pandemia. É a primeira vez na história que um estado brasileiro registra mais mortes que nascimentos. Foram 3.831 vidas a menos, de acordo com dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/Brasil).

O estado registrou, no total, 15.802 óbitos, contra 11.971 nascimentos em março. Os números levam em conta mortes por todas as causas e não apenas por Covid-19. Do total de vidas perdidas no mês, mais de 7 mil foram por complicações do novo coronavírus, segundo dados do governo estadual.

Nº de mortes ultrapassa pela primeira vez na história o de nascimentos na região sudeste do país na 1ª semana de abril

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O número de mortes ultrapassou pela primeira vez na história o de nascimentos na primeira semana de abril na região sudeste do Brasil, de acordo com dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais disponibilizados no Portal da Transparência. Foram 13.998 registros de nascimentos de 1º a 8 de abril na região sudeste, contra 15.967 registros de óbitos no mesmo período. Os dados são preliminares, uma vez que os cartórios de todo o país têm o prazo de 10 dias para registrar nascimentos e óbitos, mas a tendência é de alta de mortes em relação aos nascimentos desde o ano passado.

Índia supera 100 mil casos diários de Covid-19 e culpa variantes por disparada

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A Índia relatou um aumento recorde de infecções de Covid-19 nesta segunda-feira, tornando-se o terceiro país depois dos Estados Unidos e do Brasil a registrar mais de 100 mil casos em um dia. As infecções diárias do país aumentaram cerca de 12 vezes desde que atingiram uma baixa de vários meses no início de fevereiro, quando as autoridades amenizaram a maioria das restrições e as pessoas praticamente pararam de usar máscaras e obedecer o distanciamento social.

Desfechos neurológicos e psiquiátricos de 6 meses em 236 379 sobreviventes de COVID-19: um estudo de coorte retrospectivo usando registros eletrônicos de saúde

Leia, na íntegra, aqui. 

Sequelas neurológicas e psiquiátricas de COVID-19 foram relatadas, mas mais dados são necessários para avaliar adequadamente os efeitos de COVID-19 na saúde do cérebro. O objetivo foi fornecer estimativas robustas de taxas de incidência e riscos relativos de diagnósticos neurológicos e psiquiátricos em pacientes nos 6 meses após um diagnóstico COVID-19.

Estimamou-se a incidência de 14 desfechos neurológicos e psiquiátricos nos 6 meses após um diagnóstico confirmado de COVID-19: hemorragia intracraniana; acidente vascular cerebral isquêmico; parkinsonismo; A síndrome de Guillain-Barré; nervos, raízes nervosas e distúrbios do plexo; junção mioneural e doença muscular; encefalite; demência; transtornos psicóticos, de humor e de ansiedade (agrupados e separadamente); transtorno de uso de substância; e insônia. Usando um modelo de Cox, comparamos as incidências com aquelas em coortes de pacientes com influenza ou outras infecções do trato respiratório com escore de propensão compatível. Investigamos como essas estimativas foram afetadas pela gravidade do COVID-19, representada por hospitalização, admissão na unidade de terapia intensiva (UTI) e encefalopatia.

Uma análise mais aprofundada do COVID-19 e dos resultados neuropsiquiátricos

Leia, na íntegra, aqui. 

Este estudo tem várias implicações importantes. Uma relação entre COVID-19 e acidente vascular cerebral isquêmico foi bem descrita, embora COVID-19 pareça ser um fator de risco mais forte para hemorragia intracraniana, embora um evento mais raro, do que para acidente vascular cerebral isquêmico. Os dados sobre a relação com a demência têm sido esparsos, e o alto HR (1 · 88, 95% CI 1 · 27–2 · 77) para demência em pacientes com COVID-19 em comparação com a gripe é preocupante, embora possa indicar um caso melhor apuração. Felizmente, os relatórios iniciais alarmantes da síndrome de Guillain-Barré em relação ao COVID-19 não parecem ter sido confirmados por este ou outros estudos epidemiológicos de grande escala.

Da mesma forma, as preocupações sobre uma onda de encefalite letárgica, análoga àquela às vezes ligada à pandemia de influenza de 1918, não foram apoiados pela relação bastante ambígua entre a infecção por COVID-19 e parkinsonismo. Desde o início do surto em Wuhan, China, podemos dizer com confiança crescente que sequelas neuropsiquiátricas tardias, como parkinsonismo pós-encefalítico, não ocorrem após COVID-19 - a menos que o atraso exceda 1 ano.

O padrão de resultados neurológicos e psiquiátricos observados no estudo de Taquet e colegas em todo o espectro de gravidade do COVID-19 também é instrutivo. Enquanto os HRs para COVID-19 com hospitalização versus sem foram geralmente superiores a 2 para distúrbios neurológicos, incluindo acidente vascular cerebral, parkinsonismo, síndrome de Guillain-Barré, doença neuromuscular ou muscular, encefalite e demência, taxas mais modestas foram observadas para distúrbios mentais comuns, como transtorno de humor incidente (HR 1,33, IC 95% 1,33-1,75), transtorno de ansiedade (1 · 49, 1 · 34–1 · 65), transtorno de uso de substâncias (1 · 68, 1 · 40–2 · 01) e insônia (1 · 49, 1 · 28–1 · 74). Isso sugere que, embora quase todos os desfechos neurológicos e psiquiátricos fossem mais frequentes em pacientes com COVID-19 mais grave do que naqueles com doença leve.

Negros morrem mais pela Covid-19

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Homens negros são os que mais morrem pela covid-19 no país: são 250 óbitos pela doença a cada 100 mil habitantes. Entre os brancos, são 157 mortes a cada 100 mil. Os dados são do levantamento da ONG Instituto Polis, que analisou casos da cidade de São Paulo entre 01 de março e 31 de julho. Entre as mulheres, as que têm a pele preta também morreram mais: foram a 140 mortes por 100 mil habitantes, contra 85 por 100 mil entre as brancas. Outro levantamento, desta vez pelo IBGE, mostrou que mulheres, negros e pobres são os mais afetados pela doença. 

Além das diferenças socioeconômicas, fatores biológicos também podem ser apontados. Análise de dados realizada por cientistas do King’s College de Londres concluiu que, quando são infectadas pelo novo coronavírus, pessoas negras têm risco três vezes maior de serem internadas, em comparação a brancos. Segundo o estudo, o risco de pacientes negros permanece maior mesmo após o ajuste de condições socioeconômicas e de acesso a serviços de saúde. Para Tupinambás, a soma dos fatores sociais e biológicos pode ser fatal.

“Hoje, a OMS [Organização Mundial da Saúde] não fala em pandemia da covid-19, considera uma sindemia – que é o conjunto de várias condições que favorecem a forma mais grave da doença. Nós temos a pandemia de obesidade, hipertensão arterial, diabetes melitus, tabagismo, sedentarismo", pontua. 

Como o México virou o país com a maior mortalidade por Covid-19 do mundo 

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A cada 100 pessoas infectadas, 8,6 morrem por conta do coronavírus; combo de pobreza, ineficácia do governo e desinformação contribuiu para o quadro.

Transplante inédito de traqueia é feito em mulher de 56 anos em Nova York

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Depois de anos lutando para respirar e temendo que pudesse sufocar durante o sono, Sonia Sein se sente bem o suficiente para dançar com seus netos depois de passar pelo primeiro transplante de traqueia humana no hospital Mount Sinai, em Nova York.

“Para mim, parecia que logo depois, eu era capaz de respirar. Quando respirei pela primeira vez, foi o paraíso”, disse Sein, que passou pela cirurgia que mudou sua vida em janeiro.

A traqueia da ex-assistente social de 56 anos foi danificada em 2014, quando ela teve que usar um respirador por causa de um forte ataque de asma. Sein passou por várias cirurgias na esperança de corrigir o problema, mas isso causou ainda mais danos às suas vias respiratórias. Ela respirava por um orifício criado cirurgicamente em seu pescoço, chamado traqueostomia, e tinha um longo tubo que descia até os pulmões. A traqueia é o tubo que conecta a laringe aos pulmões e é essencial para a fala, a respiração e a função pulmonar normal, de acordo com comunicado do Mount Sinai.

Eric Genden, cirurgião que liderou a equipe de transplante do Mount Sinai, informou que é muito mais complexo do que parece e, por décadas, os especialistas médicos pensaram que os transplantes seriam impossíveis. O médico pesquisa transplantes traqueais de segmento longo há 30 anos – uma busca que começou quando ele estava na faculdade de medicina.

Morte anunciada do príncipe Philip da Grã-Bretanha

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O príncipe Philip da Grã-Bretanha morreu aos 99, anunciou o Palácio de Buckingham. Uma declaração do Palácio de Buckingham dizia: "É com profunda tristeza que Sua Majestade a Rainha anunciou a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo. "Sua Alteza Real faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor." Ele foi o consorte mais antigo da história britânica.

Atrasos e interrupções no tratamento do câncer devido à pandemia de COVID-19: revisão sistemática

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Tem havido uma preocupação notável sobre o impacto da pandemia de COVID-19 nos serviços de saúde, incluindo o tratamento do câncer. Além de serem consideradas de maior risco para resultados piores do COVID-19, as pessoas com câncer também podem sofrer interrupções ou atrasos nos serviços de saúde. Esta revisão sistemática teve como objetivo identificar os atrasos e interrupções nos serviços de câncer em todo o mundo.

A notável frequência de atrasos e interrupções nos cuidados de saúde principalmente relacionados com a redução da carga COVID-19 involuntariamente representou um grande risco para o tratamento do câncer em todo o mundo. Estratégias podem ser propostas não apenas para mitigar os principais atrasos e interrupções, mas também para padronizar suas medições e relatórios. Como um grande número de publicações está sendo publicado continuamente, é fundamental harmonizar os próximos relatórios e atualizar constantemente esta revisão.

Faltam sedativos em hospitais e pacientes intubados acordam, dizem médicos

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O número alto de pacientes com Covid-19 internados em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de Pernambuco fez com que, segundo profissionais da saúde, começassem a faltar alguns medicamentos do "kit intubação", usados para intubar e sedar pacientes em unidades de saúde. As Secretarias de Saúde de Pernambuco e do Recife negaram desabastecimento.

O intensivista Arthur Milach, coordenador da UTI-Covid do do Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa e médico diarista do Hospital de Referência Unidade Boa Viagem Covid-19, ambos no Recife, afirmou que, por conta da situação, não é possível garantir que os pacientes ficarão totalmente inconscientes e, sem sedação, alguns pacientes acordam.

Anvisa aprova testes clínicos no Brasil de nova vacina contra Covid-19

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, nesta 5ª feira (8.abr.2021), um novo ensaio clínico de vacina contra a covid-19. O imunizante é produzido pela biofarmacêutica Medicago R&D Inc, do Canadá, e pela britânica GlaxoSmithKline, sediada em Londres. A 2ª é responsável pelo desenvolvimento do adjuvante (medicamento que, ministrado com outro, reforça a ação).O início dos testes em seres humanos depende da aprovação da Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), órgão do Ministério da Saúde responsável pela avaliação ética de pesquisas clínicas, e de agendamento das próprias empresas. A Anvisa não tem responsabilidade pela definição da data.

Na fase 3 do estudo, planeja-se incluir até 30.000 voluntários distribuídos entre o Canadá, Estados Unidos, além da América Latina, Reino Unido e Europa. Serão 3.500 voluntários no Brasil. As fases 1 e 2 do estudo estsão em andamento no Canadá e nos Estados Unidos. A vacina candidata usa tecnologia de partícula semelhante ao coronavírus (CoVLP) e é composta da proteína S expressa em forma de partículas parecidas com vírus (VLPs). O imunizante é coadministrado com o adjuvante em duas doses com intervalo de 21 dias entre as doses.

Ponta Grossa abre edital que prevê contratação de médicos com diploma estrangeiro sem Revalida

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A Prefeitura de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, abriu, na quarta-feira (7), um edital de processo seletivo que prevê a contratação de médicos com diploma do exterior sem necessidade de realização da prova do Revalida. Conforme edital, são 14 vagas abertas, sendo 12 para médicos. Segundo a Fundação Municipal de saúde, há possibilidade de ampliação dependendo do aumento da demanda no setor.

A decisão de autorizar o município a realizar contratações sem o documento foi publicada em 29 de março, pelo juiz Antônio César Bochenek, da 2ª Vara Federal de Ponta Grossa. Na decisão, o magistrado afirmou que a exceção foi permitida diante da dificuldade para o município encontrar médicos para atenderem os programas básicos de saúde em meio à pandemia do novo coronavírus. Ele ainda ressaltou a importância de assegurar o "direito à saúde". O CRM se posicionou contrário à decisão e recorreu. Até a noite desta quinta-feira (8), o pedido não havia sido analisado por um desembargador na Justiça Federal.

CoronaVac é eficaz contra variante P1, indica estudo realizado em Manaus

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Resultados preliminares de um estudo feito com 67.718 trabalhadores da saúde de Manaus mostram que a vacina contra a covid-19 CoronaVac tem 50% de eficácia na prevenção da doença após 14 dias da primeira dose. A pesquisa do grupo Vebra Covid-19 é a primeira a avaliar a efetividade do imunizante em um local onde a variante P.1 é predominante. A eficácia de 50% se refere a casos sintomáticos da doença. Em nota, o grupo responsável pelo estudo disse que os resultados são encorajadores e apoiam o uso da vacina. Os pesquisadores afirmam que também vão analisar a efetividade da CoronaVac e da vacina de Oxford/AstraZeneca em idosos nas cidades de Manaus e Campo Grande e no Estado de São Paulo.

Reino Unido estuda adotar 'passaporte de vacinação' para imunizados irem a shows e eventos fechados

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Diante da queda acentuada  no número de mortes por Covid-19, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson,  deve anunciar na segunda-feira (5) um "passaporte de vacinação" — certificado digital ou impresso que será emitido para quem tomou todas as doses do imunizante contra a doença, já desenvolveu anticorpos ou recebeu resultado negativo no exame de detecção do vírus. Os cidadãos que portarem o documento poderão frequentar eventos sem distanciamento social, como jogos esportivos e shows.

A princípio, o plano de Johnson é anunciar locais-piloto para testar o "passaporte da vacinação":

  • um clube de comédia de Liverpool;
  • os jogos da semifinal e da final da Copa da Inglaterra, e a final da Taça Carabao;
  • o campeonato de sinuca em Sheffield;
  • um cinema;
  • uma casa noturna;
  • um evento de negócios
  • e uma competição de corrida.

Transportes públicos e serviços essenciais não poderão exigir o documento.

 

 

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