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As tatuagens eletrônicas, também conhecidas como eletrônicos epidérmicos, adesivo de biomonitoramento e filmes eletrônicos elásticos ultrafinos, podem ser usadas no monitoramento da atividade muscular por meio de Eletromiografia (EMG),da frequência cardíaca por meio de Eletrocardiografia (ECG), para aquisição de sinais cerebrais por meio de Eletroencefalografia (EEG) e para análise eletroquímica do suor.

Ao contrário da tecnologia “vestível” tradicional ,composta por vários componentes rígidos, esses adesivos são macios, flexíveis e elásticos. Desta forma, eles são capazes de seguir a morfologia dinâmica da pele e permanecer aderidos à pele durante os movimentos humanos naturais.

Como funciona o adesivo de biomonitoramento?

Para fixar na pele, a tatuagem eletrônica funciona de maneira semelhante às tatuagens temporárias. O papel é embebido gradualmente com água até que o filme de polímero ultrafino seja transferido para a pele, posicionando os eletrodos do circuito para ficar em contato direto com a pele.

Em estudo publicado pela Nature, cientistas testaram um protótipo que funciona totalmente sem fio (dados e energia) e sem bateria, sendo capaz de adquirir e transmitir dados eletrofisiológicos, como frequência cardíaca para um dispositivo externo. A tatuagem é capaz de transmitir os dados por Bluetooth para um dispositivo móvel localizado próximo do tórax do paciente para  aquisição, processamento e comunicação de dados.

O adesivo é descartável, tem um custo baixo de aproximadamente 1$US e pode ser personalizado. Além disso, a tatuagem eletrônica é de rápida aplicação e utiliza um circuito que possui os elementos gálio-índio-estanho Para transferir a energia necessária, há um sistema de transferência de energia sem fio.

Novos estudos são necessários para aprimorar a tatuagem apresentada no artigo e para desenvolver outras tecnologias de biomonitoramento por meio da medição de biopotenciais e outros dados eletrofisiológicos, como condutividade da pele, temperatura corporal e frequência respiratória. Além disso, é preciso estudar com testes de citotoxicidade o efeito do metal líquido do eletrodo em contato com a pele.

De antemão, sabe-se que esses compostos são razoavelmente seguros para uso em ambiente aquoso; entretanto, deve ser manuseado com cautela quando qualquer agitação mecânica for aplicada. Portanto, uma análise mais aprofundada deve ser realizada para garantir a biocompatibilidade total.

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Referência

  1. ALBERTO, José et al. Fully untethered battery-free biomonitoring electronic tattoo with wireless energy harvesting. Scientific reports, v. 10, n. 1, p. 1-11, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1038/s41598-020-62097-6. Acesso em 27 de abril de 2022.
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Ao contrário da tecnologia “vestível” tradicional ,composta por vários componentes rígidos, esses adesivos são macios, flexíveis e elásticos. Desta forma, eles são capazes de seguir a morfologia dinâmica da pele e permanecer aderidos à pele durante os movimentos humanos naturais.

Como funciona o adesivo de biomonitoramento?

Para fixar na pele, a tatuagem eletrônica funciona de maneira semelhante às tatuagens temporárias. O papel é embebido gradualmente com água até que o filme de polímero ultrafino seja transferido para a pele, posicionando os eletrodos do circuito para ficar em contato direto com a pele.

Em estudo publicado pela Nature, cientistas testaram um protótipo que funciona totalmente sem fio (dados e energia) e sem bateria, sendo capaz de adquirir e transmitir dados eletrofisiológicos, como frequência cardíaca para um dispositivo externo. A tatuagem é capaz de transmitir os dados por Bluetooth para um dispositivo móvel localizado próximo do tórax do paciente para  aquisição, processamento e comunicação de dados.

O adesivo é descartável, tem um custo baixo de aproximadamente 1$US e pode ser personalizado. Além disso, a tatuagem eletrônica é de rápida aplicação e utiliza um circuito que possui os elementos gálio-índio-estanho Para transferir a energia necessária, há um sistema de transferência de energia sem fio.

Novos estudos são necessários para aprimorar a tatuagem apresentada no artigo e para desenvolver outras tecnologias de biomonitoramento por meio da medição de biopotenciais e outros dados eletrofisiológicos, como condutividade da pele, temperatura corporal e frequência respiratória. Além disso, é preciso estudar com testes de citotoxicidade o efeito do metal líquido do eletrodo em contato com a pele.

De antemão, sabe-se que esses compostos são razoavelmente seguros para uso em ambiente aquoso; entretanto, deve ser manuseado com cautela quando qualquer agitação mecânica for aplicada. Portanto, uma análise mais aprofundada deve ser realizada para garantir a biocompatibilidade total.

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Referência

  1. ALBERTO, José et al. Fully untethered battery-free biomonitoring electronic tattoo with wireless energy harvesting. Scientific reports, v. 10, n. 1, p. 1-11, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1038/s41598-020-62097-6. Acesso em 27 de abril de 2022.
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Imagine a cena de um filme: o personagem, prestes a morrer, tem toda a sua vida passada diante de seus olhos, e ele assiste os momentos mais memoráveis que viveu. Esse processo, conhecido como 'recordação da vida', pode ser semelhante ao que é ter uma experiência de quase morte, e o que acontece dentro do cérebro durante a morte é uma questão que intriga neurocientistas há séculos. No entanto, um novo estudo publicado na Frontiers in Aging Neuroscience em 22 de fevereiro de 2022 sugere que o cérebro pode permanecer ativo e coordenado durante e mesmo após a transição para a morte e ser programado para orquestrar todo o processo.

Os pesquisadores descreveram suas observações a partir de gravações contínuas de eletroencefalograma (EEG) obtidas do cérebro de um homem de 87 anos que estava morrendo após um hematoma subdural traumático. Inicialmente, segundo o artigo, o paciente apresentava pontuação na Escala de Coma de Glasgow (ECG) de 15; no entanto, essa pontuação caiu rapidamente para 10, e o paciente experimentou simultaneamente anisocoria.

Após a confirmação de que o paciente havia apresentado hematomas subdurais agudos bilaterais por meio de tomografia computadorizada (TC), uma craniotomia descompressiva esquerda foi realizada para remover o hematoma. Embora o paciente tenha permanecido estável por dois dias após esse procedimento, ele continuou a declinar devido a convulsões contínuas identificadas pelo EEG.

Após esse período, a atividade do EEG do paciente demonstrou um padrão de supressão de explosão acompanhado de taquicardia ventricular, respirações apnêusticas e parada cardiorrespiratória clínica. Esses acontecimentos levaram a família do paciente a assinar um termo de “Não-Ressuscite”, que cessou qualquer tratamento adicional até que ele fosse autorizado a falecer.

Os pesquisadores mediram 900 segundos de atividade cerebral na hora da morte e estabeleceram um foco específico para investigar o que aconteceu nos 30 segundos antes e depois que o coração parou de bater. Pouco antes e depois que o coração parou de funcionar, eles observaram mudanças em uma faixa específica de oscilações neurais, as chamadas oscilações gama, mas também em outras, como oscilações delta, teta, alfa e beta. 

As oscilações ou ondas cerebrais são padrões de atividade cerebral rítmica normalmente presentes em cérebros humanos vivos. Os diferentes tipos de oscilações, incluindo gama, estão envolvidos em funções altamente cognitivas, como concentração, sonho, meditação, recuperação de memória, processamento de informações e percepção consciente, assim como aquelas associadas a flashbacks de memória.

As gravações de EEG no atual estudo demonstram que, durante o período de transição para a morte, o cérebro humano experimenta um aumento na potência gama absoluta, mesmo após a atividade neuronal em ambos os hemisférios cessar, que finalmente diminui após a parada cardíaca.

Além disso, os pesquisadores observaram uma interação intrincada entre ondas cerebrais de baixa e alta frequência que ocorre após a atividade neuronal cessar gradualmente e persistir até que todo o fluxo sanguíneo para o cérebro seja interrompido devido à parada cardíaca.

Vários fatores podem ter contribuído para a atividade do EEG observada, alguns dos quais incluem a falta de oxigênio que pode ter aumentado a excitabilidade cortical após a lesão do paciente, bem como o impacto da anestesia nas oscilações neuronais. No entanto, parece que o cérebro humano moribundo experimenta mudanças de atividade variadas durante a transição para a morte.

Através da geração de oscilações envolvidas na recuperação da memória, o cérebro pode estar reproduzindo uma última lembrança de eventos importantes da vida pouco antes de morrermos, semelhantes aos relatados em experiências de quase morte, dizem os autores. Essas descobertas desafiam a compreensão de quando exatamente a vida termina e geram importantes questões subsequentes, como aquelas relacionadas ao momento da doação de órgãos.

 

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Referência

1. Vicente Raul, Rizzuto Michael, Sarica Can, Yamamoto Kazuaki, Sadr Mohammed, Khajuria Tarun, Fatehi Mostafa, Moien-Afshari Farzad, Haw Charles S., Llinas Rodolfo R., Lozano Andres M., Neimat Joseph S., Zemmar Ajmal. Enhanced Interplay of Neuronal Coherence and Coupling in the Dying Human Brain. Frontiers in Aging Neuroscience. Vol 14, 2022.  Disponível em https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnagi.2022.813531/full?utm_source=fweb&utm_medium=nblog&utm_campaign=ba-sci-fnagi-what-happens-in-the-brain-when-we-die

  

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Imagine a cena de um filme: o personagem, prestes a morrer, tem toda a sua vida passada diante de seus olhos, e ele assiste os momentos mais memoráveis que viveu. Esse processo, conhecido como 'recordação da vida', pode ser semelhante ao que é ter uma experiência de quase morte, e o que acontece dentro do cérebro durante a morte é uma questão que intriga neurocientistas há séculos. No entanto, um novo estudo publicado na Frontiers in Aging Neuroscience em 22 de fevereiro de 2022 sugere que o cérebro pode permanecer ativo e coordenado durante e mesmo após a transição para a morte e ser programado para orquestrar todo o processo.

Os pesquisadores descreveram suas observações a partir de gravações contínuas de eletroencefalograma (EEG) obtidas do cérebro de um homem de 87 anos que estava morrendo após um hematoma subdural traumático. Inicialmente, segundo o artigo, o paciente apresentava pontuação na Escala de Coma de Glasgow (ECG) de 15; no entanto, essa pontuação caiu rapidamente para 10, e o paciente experimentou simultaneamente anisocoria.

Após a confirmação de que o paciente havia apresentado hematomas subdurais agudos bilaterais por meio de tomografia computadorizada (TC), uma craniotomia descompressiva esquerda foi realizada para remover o hematoma. Embora o paciente tenha permanecido estável por dois dias após esse procedimento, ele continuou a declinar devido a convulsões contínuas identificadas pelo EEG.

Após esse período, a atividade do EEG do paciente demonstrou um padrão de supressão de explosão acompanhado de taquicardia ventricular, respirações apnêusticas e parada cardiorrespiratória clínica. Esses acontecimentos levaram a família do paciente a assinar um termo de “Não-Ressuscite”, que cessou qualquer tratamento adicional até que ele fosse autorizado a falecer.

Os pesquisadores mediram 900 segundos de atividade cerebral na hora da morte e estabeleceram um foco específico para investigar o que aconteceu nos 30 segundos antes e depois que o coração parou de bater. Pouco antes e depois que o coração parou de funcionar, eles observaram mudanças em uma faixa específica de oscilações neurais, as chamadas oscilações gama, mas também em outras, como oscilações delta, teta, alfa e beta. 

As oscilações ou ondas cerebrais são padrões de atividade cerebral rítmica normalmente presentes em cérebros humanos vivos. Os diferentes tipos de oscilações, incluindo gama, estão envolvidos em funções altamente cognitivas, como concentração, sonho, meditação, recuperação de memória, processamento de informações e percepção consciente, assim como aquelas associadas a flashbacks de memória.

As gravações de EEG no atual estudo demonstram que, durante o período de transição para a morte, o cérebro humano experimenta um aumento na potência gama absoluta, mesmo após a atividade neuronal em ambos os hemisférios cessar, que finalmente diminui após a parada cardíaca.

Além disso, os pesquisadores observaram uma interação intrincada entre ondas cerebrais de baixa e alta frequência que ocorre após a atividade neuronal cessar gradualmente e persistir até que todo o fluxo sanguíneo para o cérebro seja interrompido devido à parada cardíaca.

Vários fatores podem ter contribuído para a atividade do EEG observada, alguns dos quais incluem a falta de oxigênio que pode ter aumentado a excitabilidade cortical após a lesão do paciente, bem como o impacto da anestesia nas oscilações neuronais. No entanto, parece que o cérebro humano moribundo experimenta mudanças de atividade variadas durante a transição para a morte.

Através da geração de oscilações envolvidas na recuperação da memória, o cérebro pode estar reproduzindo uma última lembrança de eventos importantes da vida pouco antes de morrermos, semelhantes aos relatados em experiências de quase morte, dizem os autores. Essas descobertas desafiam a compreensão de quando exatamente a vida termina e geram importantes questões subsequentes, como aquelas relacionadas ao momento da doação de órgãos.

 

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Referência

1. Vicente Raul, Rizzuto Michael, Sarica Can, Yamamoto Kazuaki, Sadr Mohammed, Khajuria Tarun, Fatehi Mostafa, Moien-Afshari Farzad, Haw Charles S., Llinas Rodolfo R., Lozano Andres M., Neimat Joseph S., Zemmar Ajmal. Enhanced Interplay of Neuronal Coherence and Coupling in the Dying Human Brain. Frontiers in Aging Neuroscience. Vol 14, 2022.  Disponível em https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnagi.2022.813531/full?utm_source=fweb&utm_medium=nblog&utm_campaign=ba-sci-fnagi-what-happens-in-the-brain-when-we-die

  

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