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Evolução da conquista dos direitos das mulheres

Evolução da conquista dos direitos das mulheres
Lara Gandolfo
mai. 2 - 21 min de leitura
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Caro (a) Leitor (a), eu e minha grande amiga Luísa Tonin Sartoretto, gostaríamos de, brevemente, trazer-lhes história da conquista dos direitos das mulheres. Sabemos que é um texto longo, porém é riquíssimo de informações e curiosidades. Esperamos que apreciem! e além disso, entendam que o que nós, e todas as mulheres querem é bem simples, igualdade. 

Revisitar o passado nos ajuda a buscar respostas para a situação da mulher na atualidade. Dessa forma, encontramos como uma maneira de expor a realidade feminina, trazendo uma breve trajetória histórica e abordagem contemporânea nos dias de hoje. 

A palavra OBSTÁCULO suscita na trajetória feminina quase que sua principal característica. Sempre que uma mulher vai realizar algo, há inúmeros obstáculos para vencer, seja na antiguidade, seja na atualidade... O fato de ser mulher sempre precisou vencer barreiras e quebrar paradigmas para conquistar igualmente seus direitos.

 

IDADE DAS PEDRAS

Em um “mundo” bem distante, a realidade que a humanidade vivenciou já foi bem diferente. Na pré-história, a mulher tinha papel equivalente ao homem quando se tratava de economia. Porém, a mulher era detentora do “dom da vida” e, por isso, havia uma grande relação entre mulher e agricultura, uma vez que relacionavam sua fecundidade com a fertilidade das terras. Acredita-se que a invenção do arado, substituiu a função da enxada utilizada pela mulher e abriu caminho para o início do patriarcado, devido ao regime de dominação e exploração. Com isso, a lei do mais forte passou a predominar sob os princípios de governar juntos.

Além disso, o homem, quando descobre seu papel diante à reprodução, deixa de ver a mulher como um ser “mágico” dono da reprodução, e assim passa se sentir primordial e detentor da reprodução. Acredita-se que o homem passou a se afirmar superior quando houve o surgimento de uma microestrutura social: a família.

 

IDADE MÉDIA

Também conhecida como idade das trevas, esse período fora marcado por intenso predomínio de poder e influência da Igreja. Os valores ético-cristãos e valorização dos ideais de guerra ocupavam o “espaço” na sociedade, já as mulheres, tinham seu papel definido: o trabalho doméstico. Excluídas de funções públicas, juridicamente definidas como incapazes, excluídas de direitos a heranças... Claramente a decisão dos homens se sobressaia sob qualquer interesse feminino.

Durante esse período na história, felizmente, a luta pelos nossos direitos começou a dar os primeiros passos. A obra "Querelle de la Rose", de Cristina de Pisan, é considerada a primeira obra pública em resposta a críticas relacionadas as mulheres, portanto dá início a luta pela igualdade entre os sexos e a defesa do sexo feminino.

Aos poucos, com a ausência de seus maridos, pais e irmãos, as mulheres tinham que administrar suas posses e enfrentar as dificuldades frente à rebeldia de vassalos (trabalhadores), que não respeitavam seus comandos.

 

SÉCULO XVI-XVII

Marcado historicamente por um holocausto feminino, no então chamado “caça às bruxas”, uma “política” do clero para evitar as mulheres e “atingir o sagrado”. Elas eram associadas a um elemento do mal, que suscitava a desvios morais e influências demoníacas. Além disso, algumas mulheres possuíam conhecimento de técnicas contraceptivas através de ervas medicinais, com isso elas detinham a autonomia sobre seu próprio corpo, uma vez que a concepção era definida pelo homem.

Nesse momento também ocorria a Peste Bubônica, um momento de dizimação populacional e crises sociais e econômicas. Dessa forma, houve uma popularização da “magia”, na qual as crenças como obtenção de riquezas por feitiços eram disseminadas entre classes mais baixas. Mas, isso não era somente feito por mulheres, entretanto, 80% das pessoas que eram destinadas à morte, pertenciam ao sexo feminino[1].

 

ILUMINISMO

A história da vida de Mary Wollstonecraft foi desde a infância, cuja violência paterna lhe trouxe prejuízos, até os limites da vida em sociedade para que ela pudesse conquistar sua autonomia financeira. Ressalta-se que Mary, autodidata, traz em sua obra a condição de opressão da mulher, durante o Iluminismo e as transformações do capitalismo industrial. E mesmo diante a tantos obstáculos, escreveu a obra: Reivindicação dos direitos da mulher.

O texto escrito no final do século XVIII, pode ser considerado o documento fundador do feminismo. A obra defende veemente a igualdade entre os gêneros e foi publicado em resposta à Constituição Francesa de 1791, que não incluía as mulheres nem mesmo como cidadãs. A autora denunciou em sua obra os prejuízos do enclausuramento feminino e proibição dos direitos como educação formal, submetendo a essa função, o pai, marido ou irmão, portanto, a figura masculina obrigatoriamente[2].

Durante o período do Iluminismo, a racionalidade fazia parte dos ideais clássicos, porém o homem era o ser racional, com capacidade e princípios de resolução. E por isso, a autora discute que, por mais que as mulheres eram reconhecidas pela racionalidade, e grande guiadora dos ideais, elas deveriam possuir direitos iguais. “Os homens muitas vezes parecem empregar a razão para justificar certos preconceitos, assimilados quase sem saber como, em vez de procurar desarraiga-los”.

Desde sempre, a humanidade assiste a essa velha discussão. Se nós mulheres somos seres detentores de capacidade racional assim como os homens, por que não possuímos os mesmos direitos?

 

MODERNIDADE-RENASCIMENTO

Nesse período, a renovação cultural e moral, contribuiu para a inserção feminina na história, até então feita sob o olhar masculino predominantemente. Na Europa, em vários campos as mulheres chegaram a se destacar, como na cultura, artes, ciência, navegações, monarquia e expansão colonial. Dentro desse contexto (o descobrimento de novas terras), ocorre a chegada da comitiva de Cabral ao Brasil.

 

BRASIL

Os portugueses quando aqui chegaram, se depararam com mulheres totalmente diferentes. Os cuidados voltados com a pele, higiene, filhos e sobrevivência.  Os relatos eram feitos por freires, que descreviam os hábitos e costumes. Um deles, era a divisão de classes de idade, na qual para cada faixa etária feminina, havia funções- Às mais velhas, o banquete antropofágico era sua responsabilidade, além do preparo de bebidas fermentadas.

Há um grande destaque ao pequeno comércio durante o Brasil-Colônia, na qual as mulheres eram referências. Esse fato se deve a uma inserção da cultura africana, na qual as mulheres eram responsáveis pela alimentação.

Infelizmente, a sexualidade trouxe à tona, uma distinção entre as mulheres, de acordo com sua pele. As de pele branca eram consideradas as recatadas e honradas. Já as de pele negra/preta, eram reduzidas a divertimento para homens como objetos sexuais, trabalhavam no pesado na plantação, colheita, cozinhas, produção de açúcar, e em todas as funções braçais possíveis.

Nessa época, o homem ainda era o único chefe de família. Como você pode observar, caro(a) leitor(a), foram centenas de anos em que a dominação masculina era predominante na sociedade. Trazendo para os dias de hoje, a dificuldade dos homens em entender que ambos os sexos possuem espaço, em partes, pode ser explicada pela sociedade patriarcal que perpetuou por anos na sociedade e o pensamento machista que ainda está enraizado nos dias de hoje.

Segundo Rocha-Coutinho (1994, p.75):

“O absolutismo do pater famílias em nossa terra só começou a se dissolver à medida que outras instituições e figuras cresceram, com o interesse e o apoio da família real que aqui se instalou, deslocando o centro de poder, até então nas mãos os senhores patriarcais, para estas figuras e instituições”.

 

CONTEMPORANEIDADE

Com o desenvolvimento da sociedade, o status feminino começou a mudar. Isso ocorreu por diversos fatores como, Revolução Francesa com seus ideais liberais, e transformações de hábitos e costumes.

Muitas mulheres começaram a se destacar nesse momento, porém, infelizmente, suas ideias eram consideradas avançadas para a época e que também iam contra os privilégios masculinos, algumas delas tiveram seus destinos interrompidos por guilhotinas, como Olympe de Gouges, que em 1791 escreveu a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã. No ano seguinte, em 1792, Mary Wollstonecraft escreveu “A Reinvindicação dos Direitos da Mulher”, como já citado, e com isso deu-se início a uma fase de tomada de consciência dos direitos femininos.

Alguns autores como Rocha Coutinho (1994, p77), atribui o declínio da família patriarcal mudanças que caracterizaram a modernização brasileira.   Mesmo que a passos lentos, esse fato foi importante para dar inícios as mudanças no país, mesmo que de forma não homogênea.

E “finalmente”, o final do século XIX foi marcado pela necessidade de educar a mulher, mas sem perder a sua “inerente” condição, de dona de casa, boa mãe, boa esposa e culta. 

Gostaríamos de fazer um adendo nesse momento: não há problema nenhum em sermos boas donas de casa e boas mães, o problema se dá a partir do momento em que nos é apresentada essa única condição. Atualmente, há a propagação da belíssima frase: “Lugar de mulher é onde ela quiser”, ou seja, independentemente do gênero, somos seres livres e podemos tomar as decisões e estarmos onde bem entendermos. A filósofa francesa Simone de Beauvoir, um importante nome do feminismo, ela enaltece a emancipação feminina, o direito ao voto e de assumir vagas políticas, igualdade de independência entre os sexos, além de defender os direitos das mulheres donas de casa e que cuidam dos filhos. Seus pensamentos e ideais são muitos relevantes nos dias de hoje, problematizando as atribuições “inerentes” a homens e mulheres, de Beauvoir, fala no seu livro “O segundo sexo” (1949), a icônica frase: “Não se nasce mulher, torna-se mulher”.

 

CONTINUANDO...

Como já citamos nesse texto, a palavra “obstáculo” faz parte da história de vida de qualquer mulher. São tantos obstáculos que fazem e fizeram com que nós mulheres, tivéssemos que fugir à regra, superar limites para assim podermos conquistar nossos objetivos. À exemplo, Dionísia Gonçalvez Pinto, cujo pseudônimo, Nísia Floresta Brasileira, publicou “Conselho a minha filha”, pregando igualdade e de independência da mulher. Em 1838, no Piauí, Luiza Amélia de Queiroz Brandão, a poeta foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Piauiense de Letras.

Além de todos os obstáculos já vencidos, a mulher se depara com a discriminação e exploração, sendo obrigada por vezes, a aceitar posições menos visíveis e de menor salário, mesmo tendo mesma capacidade e desempenhando as mesmas tarefas que homens.

A discriminação sexual vivida pelas mulheres, ocorre devido a uma relação de dominação e patriarcado, vitimizando assim sua condição. Porém, mesmo diante de tantas dificuldades, a mulher tem sua força, e sua persistência para conquistar seus projetos.

 

A MULHER NA MEDICINA

O obstáculo enfrentado nessa profissão foi o da opressão.

As mulheres sempre foram curandeiras. Foram médicas não licenciadas e anatomistas na história do Ocidente. Foram farmacêuticas que cultivavam ervas e trocavam entre si os conhecimentos sobre seus usos. Foram parteiras, se deslocando de casa em casa, de aldeia em aldeia. Durante séculos as mulheres foram médicas sem títulos, licenças, livros ou qualquer outro conhecimento que não tenha sido aprendido e transmitido entre elas e entre vizinhas, mães e filhas. Eram chamadas de ‘mulheres sábias’ pelo povo; feiticeiras e charlatãs pelas autoridades. A Medicina faz parte de nossa herança como mulheres, nossa história, nosso direito (Ehrenreich, English, 1973, p.3)[5].

Devemos muito as brilhantes figuras femininas que, no decorrer dos anos, mostraram sua força e coragem em quebrar paradigmas e conquistar direitos que eram, unicamente, masculinos. Da mesma forma, devemos muito as primeiras médicas brasileiras que ao conquistarem seus espaços na sociedade, nos inspiram a seguir essa profissão tão digna e honrada.

No século XIX, era imperiosa a presença masculina na Medicina. Com isso, surge a ilustre figura da brasileira Maria Augusta Generosa Estrela que foi a primeira mulher a se formar em Medicina em Nova York, em 1881, visto que no Brasil esse fato ainda não era possível para as mulheres. Com isso, apesar dos obstáculos, preconceitos, falta de investimentos e a burocracia envolvida na educação de mulheres, Maria Augusta inspirou outras a seguirem a mesma profissão.

Em 1878, foi a vez de Josefa Águeda Felisbela Mercedes de Oliveira estudar Medicina nos Estados Unidos. Essas duas mulheres defendiam suas presenças nas Faculdades de Medicina rompendo com ideais ultrapassados de que as mulheres não tinham as mesmas capacidades cognitivas que os homens. 

Finalmente, em um decreto imperial de 1879, Dom Pedro II proibia a discriminação contra mulheres no ensino superior. Com isso, Rita Lobato Velho Lopes, conseguiu entrar para a graduação de Medicina, sendo a única acadêmica mulher e a primeira a se formar em Medicina no Brasil, em 1887. Com sua tese de conclusão de curso intitulada “Paralelo entre os métodos preconizados na operação cesariana", a gaúcha já levantava a discussão acerca da necessidade de mulheres consultarem com mulheres, visto que na época ainda havia muito pudor em um médico homem examinar uma mulher, fato que fazia com que as pacientes muitas vezes escondessem suas enfermidades. Isso serviu como mola propulsora para que houvesse maior confiança em mulheres no desempenho da medicina bem como a cura de mais patologias.

O fato de que as mulheres conseguiram ingressar no ensino superior no Brasil, foi de extrema valia para a sociedade. Porém, até meados de 1960, a predominância de profissionais médicos ainda era masculina. Dos anos de 1970 até a atualidade, conseguimos ver uma crescente do sexo feminino nessa profissão, sendo que no início do século XXI esse processo acelerou ainda mais.

Felizmente, hoje em dia podemos ver claramente uma grande quantidade de mulheres na Faculdade e exercendo a medicina, quase predominando a presença masculina. Há também uma expressiva presença feminina em cursos frequentados predominantemente por homens. Pesquisas apontam que até o ano de 1977, na Universidade do Rio de Janeiro, apenas 35% dos estudantes eram mulheres, já no ano de 1990 essa porcentagem chegou a 62%[6]. Esse fato é muito importante para a história da Medicina e para afirmar a feminização como marco de grandes mudanças da sociedade brasileira. Isso serve de exemplo e inspiração também para meninas crescerem com ideais de independência, por saberem que podem exercer a profissão que escolherem independente do gênero. Portanto, cabe a sociedade incentivar as meninas desde crianças a sonharem com um futuro promissor, em que farão a diferença no mundo e estimulá-las a serem as próximas lideranças independente da área que escolherem.

No século XIX não era interessante que existissem mulheres que pensassem diferente da norma masculina hegemônica, elas deviam cumprir o papel imposto pela sociedade. Simone de Beauvoir era uma mulher singular e no século XX foi vista como uma ameaça, por fazer parte de uma revolução feminista, a qual as mulheres pudessem ter voz na sociedade e na história. Simone de Beauvoir apesar de ser um marco no movimento feminista é pouco referenciada no âmbito educacional. A autora difundiu que as ideias pré-formadas e conceitos estabelecidos acerca do que homens e mulheres devem fazer na sociedade não são naturais. As problematizações sobre as atribuições às mulheres como: cuidar dos filhos, de sua aparência e da organização da casa, enquanto aos homens: ocupar seus lugares em reuniões sociais, cafés, bibliotecas foram produzidas quando compreendemos que “não nascemos mulheres, nos tornamos mulheres”, assim como os homens também não nascem com respectivas características, mas tornam-se homens a partir de vivências e experiências.

Além de todos os obstáculos historicamente vencidos por mulheres, ainda nos deparamos com discriminação e exploração. O machismo intrínseco na sociedade ainda nos dias de hoje, ainda está presente em diversas esferas sociedade. A mulher, ainda é, em muitas entidades considerada inferiorizada no que tange, por exemplo, igualdade salarial, preconceitos nos locais de trabalho e em profissões tradicionalmente ocupadas por homens. A persistência dessa desigualdade salarial entre homem e mulher, fortalece ainda mais a necessidade de políticas públicas de incentivo a mulheres no meio do trabalho, incentivo a mudanças em padrões arcaicos da sobrecarga das mulheres com as responsabilidades cotidianas e familiares, visto que o sexo feminino é o que apresenta jornada de trabalho tripla.

Da mesma forma, necessita-se que haja questionamentos sobre as relações de discriminação de gênero, pois a mulher não sofre preconceito somente no local de trabalho, mas também, na rua ao ser assediada, por exemplo. Tudo isso reflete como ainda há um pensamento ultrapassado e sexista e que deve ser banido para que não só as mulheres, mas que a sociedade evolua de forma mais igualitária.

Ao fazer essa breve retrospectiva histórica, vemos como necessitou de extrema coragem e bravura de nossas ancestrais para que consigamos hoje estarmos em um lugar muito melhor que outrora. Nosso gênero foi por vezes colocado a margem da sociedade, duvidaram de nossa capacidade intelectual, nos colocaram em posições inferiores e de submissão em diversos momentos históricos. Muito se tem feito, e é honroso seguir os ensinamentos de tantas figuras ilustres que colaboraram na construção de uma contemporaneidade menos patriarcal e com a figura feminina em ascensão.

 

ACADEMIA MÉDICA

Atualmente somos em 71 escritoras na Academia Médica Brasil. Escrevemos não só o que a faculdade esqueceu-se de contar, mas também escrevemos o que vivemos, sentimos e queremos. A busca sempre foi pelos direito iguais. Mas é preciso valorizar o trabalho feminino, não porque é melhor, mas sim porque foi com muita luta, dificuldades e obstáculo que as mulheres chegaram onde estão hoje.

Como faço parte do Alpha Squad, tive a honra de conhecer três mulheres incríveis, que além da jornada na medicina, possuem jornadas belíssimas como mães, coaches, professoras, pesquisadoras, empreendedoras... São elas: Dra Cristina Marcia Soriano Veloso Andreacci, ginecologista e obstetra; Dra Milena Teles, Médica, Consultora em Endocrinologia e Diabetes do Fleury Medicina e Saúde; e Dra Ana Paula Panigassi, M.D./Health and Medical Technologies/Researcher/Clinical Mentor/Communicator.

Enfim, nós gostaríamos de encerrar esse artigo com uma frase citada por Maya Angelou:

“Toda vez que uma mulher se defende, sem nem perceber que isso é possível, sem qualquer pretensão, ela defende todas as mulheres”. Por isso que ao contarmos nossa história da evolução da humanidade, fornecemos apoio para juntas, vencermos nossos obstáculos".

É preciso falar de direitos e de igualdade, para que assim, um dia, possamos alcançar e vencer esse obstáculo da desigualdade. 

Não há dúvida, hoje, de que as mulheres sentem-se diferentes em relação a si mesmas do que sentiam há vinte anos... Foi muito bom para as mulheres levarem-se a sério como pessoas, sentirem auto respeito, sentirem que têm alguma igualdade, embora ela ainda não tenha sido plenamente conquistada... Estamos apenas começando a saber do que somos capazes. Betty Friedan (1976, p,330).

 

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REFERÊNCIAS

  1. WOLLSTONECRAFT, Mary. Reivindicação dos direitos da mulher. Boitempo Editorial, 2017.
  2. Batista do Nascimento Monique. CAÇA ÀS BRUXAS, A HISTÓRIA DO PRESENTE: UMA ABORDAGEM SOBRE O CONTROLE DO CORPO FEMININO. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIAS HUMANAS [Internet]. 2018 [cited 2020 Apr 27]; Available from: http://www.ufjf.br/bach/files/2016/10/MONIQUE-BATISTA-DO-NASCIMENTO.pdf
  3. COLLING, Ana Maria. AS PRIMEIRAS MÉDICAS BRASILEIRAS: MULHERES À FRENTE DO SEU TEMPO. v. 13, n. 24, p. 169-183, jul./dez. 2011.
  4. MARTINS, APV. Visões do feminino: a medicina da mulher nos séculos XIX e XX. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2004, 287
  5. MARTINS, Ana Paula Vosne. A mulher, o médico e as historiadoras: um ensaio historiográfico sobre a história das mulheres, da medicina e do gênero. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 27, n. 1, p. 241-264, 2020.
  6. MINELLA, Luzinete Simões. Medicina e feminização em universidades brasileiras: o gênero nas interseções. Rev. Estud. Fem. Florianópolis, v. 25, n. 3, p. 1111-1128, dez. 2017 .
  7. RIBEIRO, Tamires Almeida, FRANÇA, Fabiane Freire. Simone de Beauvoir e o movimento feminista: contribuições à Educação. Londrina, maio 2014.

 


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