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Passaporte Biológico

Passaporte Biológico
Medicina em Crônicas - Elomar R. Moura
jan. 23 - 2 min de leitura
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Viajar é bom, viajar é bom demais! Ouvi dizer que poucas coisas se comparam à sensação de ter o passaporte carimbado por outras localidades, quanto mais longínqua, melhor.

Dessa forma, para passear é necessário ter um passaporte. Esse documento demonstra a sua permissão em frequentar determinados lugares em certo momento.

Na pandemia, fronteiras fechadas. Sair para o supermercado se tornou uma viagem idílica, semelhante a atravessar um território em guerra. Festas então, um atentado contra a própria integridade. Todos detém visto provisório, regulado sobre a necessidade do que irão fazer nas ruas.

A vigilância é plena, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Todos os cidadãos se observam, analisam a qualidade das máscaras, posicionamento no rosto, surge uma nova etiqueta.

Todavia nessa realidade, enquanto alguns carregam os vistos, outros carregam passaportes.

Ter contraído o novo coronavírus e a baixa taxa de reinfecção resultou no desleixo ao cuidado pessoal, por parte de alguns, que tiveram a doença. Resultando então em um passe livre de proteção biológica. Um tipo de passaporte obtuso, acima de tudo.

Perigoso, uma vez que provoca uma falsa sensação de autonomia e segurança diante da situação amedrontadora. Além disso, põe em xeque as tentativas individuais de biossegurança dos outros cidadãos.

O passaporte de biológico não é uma invenção ou um conceito novo, mas uma realidade. As irresponsabilidades diante do contexto da pandemia causam distorções, deslegitimações e uma tentação ao voto do desleixo.

Acima de tudo, vale sempre ressaltar. Use máscara, lave as mãos e proteja-se, não se exponha ou coloque os demais em risco.

Do contrário, trata-se de atentar contra a própria existência ou ameaçar a vida do outro.


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