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Análise: "Explicando...o coronavírus", da Netflix

Análise: "Explicando...o coronavírus", da Netflix
Fernando Antônio Ramos Schramm Neto
mai. 12 - 4 min de leitura
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“Explicando...o coronavírus” consiste numa edição especial da série original da companhia, criada logo após o surto ter se iniciado e se disseminado na China, logo no princípio da pandemia. Fotos, vídeos, entrevistas e explicações são realizados ao longo do documentário, que não dura mais que 30 minutos.

São tratados a forma como o vírus surgiu, como se espalhou e a facilidade que penetrou na mente das pessoas, seja pelo medo de ser contaminado, como pela divulgação de fake news envolvendo a doença.

Com base nisso, podemos exemplificar os vários vídeos que circularam nas redes sociais entre o final de 2019 e início de 2020, muitos deles retratando “pessoas desmaiando em vários locais públicos da China”, ou “indivíduos tendo crises epilépticas em pleno metrô de Wuhan”.

É de se esperar que isso contribuiu efetivamente para que o estardalhaço envolvendo o nome da doença pudesse se espalhar, sobretudo no mundo Ocidental, onde a mazela não havia chegado ainda, no entanto, a série, através de entrevistas e explicações, retrata que a doença não estava na mesma intensidade na qual era divulgada pelas pessoas.

Na série também são relatados os esforços das organizações governamentais para que pudesse haver o controle da disseminação da pandemia no interior de seus países. A Índia, por exemplo, logo nos primeiros dias de surgimento dos primeiros casos, ordenou quarentena total de sua população, o que ajudou um país com mais de 1 bilhão de habitantes, onde grande parte de sua população vive em situação de miséria, a ter poucos casos relativos da COVID-19.

Por outro lado, países como a Itália, acabaram menosprezando o potencial da doença logo no seu início, instaurando a quarentena apenas quando a mazela já havia se disseminado por sua população, que inclusive possui grande percentual de idosos. Como desfecho, foi um dos países mais atingidos em termos de óbito e doentes.

Ao mesmo tempo, a série retrata o esforço de grandes filantropos, como o bilionário Bill Gates, que está financiando o desenvolvimento de pesquisas para um “teste caseiro” que identifica a presença da doença.

Somado a isso, países embarcam numa corrida incessante para achar uma vacina para a doença. Diversas nações, como Israel e Estados Unidos, já prometeram e estabeleceram prazos para divulgação da vacina pronta, no entanto, diversos medicamentos vêm demonstrando potencial promissor para o tratamento da COVID-19, embora muitos deles gerem debates acerca de sua garantia científica.

Nesse contexto são debatidos a presença de grupos extremistas anti-vacinas, que se recusam a receber qualquer tipo de apoio terapêutico que envolva a aplicação dessas medidas de suporte. Muitos especialistas deixam claro seus descontentamentos com tais indivíduos, comparando-os aos terraplanistas, inclusive.

Mas o certo é que a COVID-19, gerada pelo SARS-CoV-2 gerou uma revolução no mundo. Há muito tempo não se vê tamanha pandemia que gera pânico mundial. Essa nova década se inicia com um momento difícil, mas que certamente irá passar.

Portanto, vale a pena assistir a essa nova série da Netflix, com classificação indicativa para 12 anos, e que, apesar de ser um documentário, possui um tempo curto de explicações. Num tempo em que buscar informações acerca de determinado assunto pode ser feito com extrema facilidade, devemos aproveitar essa oportunidade.


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