🔴 Médicas residentes, profissionais de saúde de outras profissões ou aprendizes em outras condições sendo alvo de misogenia (ódio às mulheres) ou comentários de cunho sexual em corredores hospitalares pelos seus chefes, colegas de aprendizado ou de trabalho;
🔴 Crianças do sexo masculino e feminino que sofreram abuso durante a internação em um hospital;
🔴 Paciente com alzheimer avançado, sofrendo reiterados abusos de marido, que teve o caso denunciado por equipe de homecare.
As histórias que as pessoas conectadas à Academia Médica nos contaram nessas últimas semanas, durante o preparo da Websérie "Dimensões da violência sexual que acontece em ambientes de saúde" nos deixaram atônitos, nauseados e perplexos.
Desde o caso do anestesista, tinhamos certeza de que escolher CRIAR SOLUÇÕES que impeçam que a violência sexual aconteça em hospitais e outros ambientes de saúde, não seria nada fácil. Fizemos o vídeo a seguir e começamos a mostrar para decisores do setor:
Um assunto assim mexe com estruturas muito bem sedimentadas mas que precisam mudar. São casos e mais casos que conhecemos em que há a proteção do agressor por motivos variados:
- Manchar a imagem da marca dona do espaço onde a agressão aconteceu
- Proteção dos executivos
- Proteção da pessoa que traz grandes volumes de dinheiro e poder ao estabelecimento onde isso acontece
Como pai de um menino, NUNCA deixarei ele sob o cuidado de um desconhecido em um quarto hospitalar. As histórias que encontrei me marcaram a esse ponto.
A violência sexual em ambientes de saúde é um problema DEMOCRÁTICO, que acontece em lugares PÚBLICOS ou PRIVADOS, sem distinção, marca ou renome. Acontece nos melhores e piores hospitais do país, laboratórios de imagem e análises clínicas, homecare e, também, em clínicas ocupacionais e ambulatórios de empresas.
Apenas para você entender a dimensão do problema, os dados apontam que:
- Em 2023 acontecerão cerca de 400 estupros em ambientes de saúde no Brasil
- Mais de 60% serão contra vulneráveis (crianças com menos de 14 anos de idade e pessoas sem condições de se defender)
- Apenas 10% dos casos são denunciados (ou seja, o número pode chegar a 4.000 casos)
- Não existem projetos ou planos que impeçam que essas situações aconteçam, feitos especialmente para hospitais. Todos os dispositivos que encontramos são acionados após o acontecimento da violência sexual.
Hoje (segunda-feira 24/10/2022), às 19:30, teremos o primeiro episódio da nossa websérie "Dimensões da violência sexual que acontece em ambientes de saúde".
Clique no botão a seguir para se inscrever na Websérie e assistir:
🔵 Capítulo 1: Problema recorrente ou raridade? Existem dados suficientes para afirmar que a violência sexual é um problema em ambientes de saúde? - Dr Fernando Carbonieri, Claudia Grandi
🔵 Capítulo 2: Sexualização e abuso sexual na história da saúde. - Prof. Dr Áureo Lustosa Guérios
🔵 Capítulo 3: Antes que aconteça! Como impedir que a violência sexual aconteça nos ambientes de saúde? - Claudia Grandi, Marina Cuneo Aguiar, Dr Fernando Carbonieri e Vini de Castro
Seja a mudança que você quer ver no mundo.
Eu quero que o lugar onde vivemos os nossos melhores e piores dias, seja livre da violência sexual. Para resolver isso, precisamos de você sabendo mais sobre este problema.
Vamos juntos construir e deixar um LEGADO