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Como o Cérebro Envelhece em Cinco Padrões Distintos

Como o Cérebro Envelhece em Cinco Padrões Distintos
Comunidade Academia Médica
ago. 21 - 3 min de leitura
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O cérebro humano é um complexo emaranhado de neurônios e conexões que sofre mudanças significativas à medida que envelhecemos. Uma pesquisa detalhada no periódico Nature Medicine, traz informações sobre como o cérebro envelhece, revelando cinco padrões distintos de atrofia cerebral associados ao processo de envelhecimento e doenças neurodegenerativas. Este estudo monumental analisou quase 50.000 imagens de ressonância magnética (MRI) e oferece novas esperanças para o desenvolvimento de métodos capazes de detectar as primeiras fases de doenças como Alzheimer e Parkinson.

Os Cinco Padrões de Atrofia Cerebral

A equipe liderada por Christos Davatzikos, especialista em imagens biomédicas da Universidade da Pensilvânia, empregou um método de aprendizado profundo conhecido como Surreal-GAN para analisar os dados de MRI. Este algoritmo foi treinado usando imagens de indivíduos saudáveis e idosos, alguns dos quais já apresentavam declínio cognitivo. O resultado foi a identificação de cinco padrões distintos de atrofia cerebral que representam diferentes trajetórias de envelhecimento e doença.

Cada padrão está associado a condições específicas:

  1. Demença e Comprometimento Cognitivo Leve: Três dos cinco padrões identificados foram relacionados a essas condições.
  2. Doença de Parkinson e Alzheimer: Outros padrões estão vinculados a essas doenças neurodegenerativas.
  3. Risco de Mortalidade: Uma combinação de três padrões mostrou ser altamente preditiva de mortalidade.

Fatores de Risco e Estilo de Vida

O estudo correlacionou esses padrões de atrofia cerebral com fatores de estilo de vida, como o consumo de álcool e tabagismo, além de marcadores genéticos e bioquímicos associados ao estado de saúde e ao risco de doenças. Essas descobertas reforçam a ideia de que a saúde neurológica está profundamente interligada com o bem-estar físico geral e que danos a outros sistemas orgânicos podem afetar o cérebro.

As implicações deste estudo são vastas. Andrei Irimia, gerontologista da Universidade do Sul da Califórnia, descreveu a pesquisa como um "tour de force metodológico" que poderia avançar significativamente nossa compreensão do envelhecimento. Com a capacidade de identificar esses padrões distintos de atrofia cerebral, os médicos poderiam um dia prever a progressão de doenças neurodegenerativas antes que os sintomas se tornem evidentes, possibilitando intervenções mais precoces e personalizadas.

Este estudo é um exemplo claro de como a tecnologia de ponta e o machine learning estão transformando nossa capacidade de entender e tratar as condições associadas ao envelhecimento cerebral.


👉🏻 Para aprofundar o seu conhecimento no tema, disponibilizamos aqui, a pesquisa na íntegra!


Referência:

Eisenstein, M. (2024, August 19). Five ways the brain can age: 50,000 scans reveal possible patterns of damage. Nature. https://www.nature.com/articles/d41586-024-02692-z


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