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Ministério da Saúde censura obra de Infectologista sobre os 30 anos da AIDS no Brasil

Ministério da Saúde censura obra de Infectologista sobre os 30 anos da AIDS no Brasil
Fernando Carbonieri
abr. 26 - 3 min de leitura
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Não é de hoje que temos a sensação de que vivemos em uma Ditadura Velada. Uma das situações que comprovam tal situação foi o veto a um capítulo escrito por pelo Professor Dirceu B. Grecco para o Livro "História de Luta Contra a Aids" publicado pelo Ministério da Saúde. O Infectologista esteve a frente do atendimento dos afetados pela doença e viveu intensamente toda a fascinante e triste história da doença.

A exclusão do capítulo em questão é uma afronta a liberdade de expressão. Diria mais, é um assassinato a história. Por esse motivo trazemos o artigo “A Síndrome – 30 Anos De Luta Contra A Aids”, de Dirceu Greco AQUI em PDF. A leitura da história vivida por esse médico, bioeticista e humanista é uma aula sobre como a AIDS movimentou a ciência, a política e as relações humanas nos últimos 30 anos.

Sobre o assunto o Conselho Federal de Medicina lançou a seguinte nota no dia 18 de abril sobre essa afronta a liberdade de expressão:

O Conselho Federal de Medicina (CFM) manifesta contra a censura ao professor dr. Dirceu Greco imposta pelo Ministério da Saúde na obra “A Síndrome – 30 Anos de luta Contra a Aids” por entender que o direito à liberdade de expressão é quesito imprescindível para uma sociedade justa.

Em 2014, Dirceu Greco, médico infectologista, professor universitário e bioeticista brasileiro, aceitou convite do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV) do Ministério da Saúde para contribuir com um capítulo de livro comemorativo dos 30 anos de luta contra a Aids no Brasil. Em novembro de 2015, sem qualquer aviso prévio, o livro foi publicado pelo Ministério da Saúde com o veto ao capítulo do médico.

No artigo, Dirceu Greco destacava os êxitos da resposta brasileira à epidemia e os problemas que ameaçam o combate à epidemia de HIV/AIDS no Brasil, incluindo, segundo ele, os retrocessos induzidos pelo conservadorismo político nos últimos anos.

Para o professor, entre os desafios para a sustentabilidade do Programa Brasileiro de AIDS está o enfrentamento da disparidade, da pobreza e da discriminação, “pois estas aumentam a vulnerabilidade das pessoas em relação ao HIV/AIDS, dificultando o acesso à necessária prevenção, aos cuidados médicos e à adesão ao tratamento”.

Clique AQUI para acessar o Artigo "A Síndrome - 30 anos de Luta contra a AIDS".

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