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Dor

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Medicina em Crônicas - Elomar R. Moura
ago. 14 - 1 min de leitura
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Desde a pedra no sapato, até a lancinante dor cancerígena. Um sintoma universal, tão importante, que pode se tornar uma patologia por si só.

A dor é matéria protagonista no estudo médico, com diferentes matrizes, características, intensidades, durações, localizações, fatores atenuantes e agravantes. Por vezes de origem mecânica, por vezes psicológica. Dor é uma experiência quase universal na experiência humana.

Ela ainda é capaz de descaracterizar parcialmente um indivíduo, alguém com uma dor insuportável nos revela o quanto somos ainda um animal orgânico, frágil e incapaz de lidar com determinados estímulos. Dores crônicas por sua vez, podem repercutir com outras doenças concomitantemente. Mudanças no estado de humor não são raras.

A dor de um trauma físico ou psicológico, dispara em nós uma reação universal de angústia e falta de conforto. Existem remédios, inibimos enzimas, modulamos respostas, bloqueamos receptores, entretanto, a dor nunca deixará de ser uma constante em determinados momentos da vida, ou ainda, na maioria dela.

Sempre me questionei também de onde surgiu a ideia de pôr em alguém a alcunha de Dolores. Nada contra. A curiosidade que me despertar é com a origem latina da palavra dor e com o vocábulo castelhano “dolor”. Seria Dolores a mulher que convive com a dor? Colocar a dor como identidade, poderia ser possível para inúmeros indivíduos.

Saber conviver com ela, seja por vias farmacológicas ou não, é o grande desafio.


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