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Epilepsia: Conscientização e Desafios Globais

Epilepsia: Conscientização e Desafios Globais
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fev. 13 - 3 min de leitura
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O Dia Internacional de Combate à Epilepsia, observado na segunda semana de fevereiro, ressalta a necessidade de aumentar a conscientização sobre esta condição crônica não transmissível que afeta o cérebro, impactando cerca de 50 milhões de pessoas globalmente. Esta data é uma oportunidade para esclarecer que a epilepsia se manifesta através de convulsões recorrentes - episódios breves de movimentos involuntários que variam em intensidade e frequência, podendo resultar em perda de consciência e controle sobre funções corporais como a intestinal e a da bexiga.

Convulsões na epilepsia são causadas por descargas elétricas excessivas em grupos de células cerebrais, podendo ocorrer em diversas partes do cérebro. Estes episódios podem variar de lapsos momentâneos de atenção a convulsões graves, com frequências que vão de raros episódios anuais a múltiplos episódios diários. Importante destacar que uma única convulsão não define a epilepsia, que é diagnosticada quando o indivíduo apresenta duas ou mais convulsões não provocadas.

A epilepsia é uma das condições mais antigas conhecidas pela humanidade, com registros que datam de 4000 a.C. Ao longo dos séculos, o medo, a incompreensão, a discriminação e o estigma social associados à epilepsia afetaram negativamente a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias, uma realidade que persiste em muitos lugares até hoje.

Globalmente, estima-se que 5 milhões de pessoas são diagnosticadas com epilepsia anualmente, com uma prevalência que varia significativamente entre países de alta renda e aqueles de baixa e média rendas - onde a incidência pode ser atribuída a fatores como doenças endêmicas, lesões de trânsito e parto, e diferenças na infraestrutura médica. Notavelmente, 80% das pessoas com epilepsia residem em países de baixa e média renda.

A epilepsia não é uma doença contagiosa, e em aproximadamente 50% dos casos, a causa permanece desconhecida. No entanto, até 70% dos pacientes podem alcançar a liberdade de convulsões com o tratamento adequado através de medicamentos anticonvulsivantes, embora, em países de baixa renda, cerca de três quartos das pessoas com epilepsia possam não ter acesso ao tratamento necessário.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que até 25% dos casos de epilepsia podem ser evitáveis, enfatizando a importância da prevenção de acidentes, a redução de fatores de risco cardiovascular e a educação sobre prevenção de infecções para diminuir a incidência global da condição.

A conscientização e educação sobre a epilepsia são fundamentais para combater o estigma e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas. Ao disseminar conhecimento e promover um entendimento mais profundo sobre a epilepsia, podemos avançar na luta contra essa condição antiga, garantindo que aqueles que vivem com epilepsia recebam o apoio e tratamento que necessitam.


Referência:

Nações Unidas. (2024, 12 de fevereiro). Dia Internacional de Combate à Epilepsia destaca conscientização sobre a condição. ONU News. https://news.un.org/pt/story/2024/02/1827547


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