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Estudo sobre Leptina e Patologias Proteicas de Alzheimer

Estudo sobre Leptina e Patologias Proteicas de Alzheimer
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mai. 3 - 3 min de leitura
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Um estudo publicado na JAMA Network Open em 03 de maio de 2024,  investiga a relação entre os níveis plasmáticos de leptina e as patologias proteicas do Alzheimer, como depósitos de beta-amiloide (Aβ) e tau, em idosos cognitivamente não comprometidos.  A leptina, um hormônio derivado dos adipócitos, desempenha um papel fundamental na regulação do apetite, peso corporal e metabolismo energético, além de ter efeitos neurotróficos e neuroprotetores demonstrados em estudos com animais.

A pesquisa abordou a associação de níveis mais baixos de leptina plasmática com um risco aumentado de demência e declínio cognitivo associados à doença de Alzheimer (DA), conforme sugerido por estudos epidemiológicos anteriores. No entanto, o caminho mecanístico exato pelo qual a leptina está ligada ao declínio cognitivo relacionado à DA ainda não é completamente entendido.

Neste estudo, os pesquisadores realizaram análises transversais e longitudinais para explorar a associação entre a leptina plasmática e as patologias de Aβ e tau in vivo. Eles descobriram que, enquanto os níveis mais baixos de leptina estavam associados a um aumento na deposição de tau ao longo do tempo, não houve uma associação significativa entre a leptina e o aumento de Aβ no mesmo período. Essas descobertas são particularmente interessantes porque sugerem que a leptina pode ter um papel protetor específico contra a patologia tau, que está intimamente ligada ao declínio cognitivo.

Além disso, o estudo controlou por fatores de risco vascular e índice de massa corporal (IMC), mas os resultados indicaram que a associação entre leptina e patologias do AD era independente desses fatores, reforçando a relação específica entre leptina e as patologias do AD.

Apesar das descobertas promissoras, o estudo enfrenta limitações, incluindo a medida dos níveis de leptina no plasma, que pode não refletir perfeitamente suas concentrações cerebrais, e a falta de dados de longo prazo devido ao curto período de acompanhamento. Além disso, o estudo incluiu apenas indivíduos cognitivamente não comprometidos, o que pode não capturar completamente a interação entre os níveis de leptina e a patologia do AD em estágios mais avançados da doença.

Os resultados deste estudo sublinham a importância de investigar mais a fundo o papel da leptina na prevenção da patologia do Alzheimer e do declínio cognitivo relacionado, o que poderia abrir novas vias para tratamentos preventivos e terapêuticos voltados para a manutenção dos níveis adequados de leptina em idosos.


Referência:

Lee S, Byun MS, Yi D, et al. Plasma Leptin and Alzheimer Protein Pathologies Among Older Adults. JAMA Netw Open. 2024;7(5):e249539. doi:10.1001/jamanetworkopen.2024.9539


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