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Hormônios como Agentes Anti-Envelhecimento?

Hormônios como Agentes Anti-Envelhecimento?
Comunidade Academia Médica
fev. 26 - 3 min de leitura
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Um estudo publicado no periódico Endocrine Reviews, da Sociedade de Endocrinologia, pesquisadores revelaram que certos hormônios podem ter propriedades significativas na prevenção e tratamento de sinais visíveis de envelhecimento, como rugas e o embranquecimento dos cabelos. Este estudo representa um avanço notável na compreensão de como os hormônios podem ser utilizados para combater os efeitos do envelhecimento na pele e no cabelo.

Até recentemente, o uso de hormônios no combate ao envelhecimento da pele estava limitado a alguns poucos, principalmente os retinoides tópicos (retinol e tretinoína) e o estrogênio, usado tipicamente para tratar efeitos colaterais da menopausa. Contudo, a pesquisa liderada por Markus Böhm, M.D., da Universidade de Münster, na Alemanha, propõe uma nova classe de hormônios com propriedades anti-envelhecimento.

A pele, sendo o maior órgão do corpo, não apenas é afetada pelo envelhecimento intrínseco (cronológico) e extrínseco (causado por fatores ambientais como a exposição ao sol), mas também é um local rico e significativo para a produção de hormônios. O estudo destaca hormônios-chave que controlam as vias de envelhecimento da pele, como a degradação do tecido conjuntivo (que leva à formação de rugas) e a sobrevivência das células-tronco, além da perda de pigmentação (que leva ao embranquecimento dos cabelos).

Entre os hormônios analisados estão o fator de crescimento semelhante à insulina 1, hormônio do crescimento, estrogênios, retinoides e melatonina. A melatonina se destaca especialmente por ser uma molécula pequena, de baixo custo, bem tolerada, e atuar como antioxidante direto e indireto, além de regular o metabolismo mitocondrial.

Alguns hormônios estudados mostraram efeitos biológicos surpreendentes e inesperados na funcionalidade da pele e no envelhecimento do cabelo, como demonstrado por síndromes de deficiência genética específicas.

O estudo também explorou o papel emergente de outros atuantes endócrinos, incluindo o hormônio estimulante de α-melanócito (responsável pela pigmentação da pele), membros do eixo hipotálamo-pituitária-tireoide, oxitocina, endocanabinoides (encontrados em produtos de Cannabidiol) e moduladores ativados por proliferadores de peroxissoma, que mostraram efeitos promissores, por exemplo, no estresse genotóxico induzido por UV, crucial no desenvolvimento do fotoenvelhecimento e na síntese de pigmento na pele e cabelo.

Este estudo abre portas para a exploração futura desses hormônios como potenciais terapêuticos na prevenção e tratamento do envelhecimento da pele e do cabelo. "Mais pesquisas sobre esses hormônios podem oferecer oportunidades para desenvolver novos tratamentos para o envelhecimento da pele", afirma Böhm. Essas descobertas ampliam nosso entendimento sobre a biologia do envelhecimento da pele e cabelo, que possam levar ao desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas que beneficiem a dermatologia e a gerontologia.


Referência:

The Endocrine Society. "Hormones may have therapeutic potential to prevent wrinkles, hair graying." ScienceDaily. ScienceDaily, 25 February 2025. <www.sciencedaily.com/releases/2025/02/250225121809.htm>.


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