A escala de coma de Glasgow é amplamente utilizada para avaliar alterações de consciência, determinar a gravidade e o provável prognóstico pós traumatismo cranioencefálico. Ela foi oficialmente publicada em 1974, e permaneceu sem grandes alterações até o começo de 2018.
A nova escala, descrita por Paul M. Brennan, no artigo "Simplifying the use of prognostic information in traumatic brain injury. Part 1: The GCS-Pupils score: an extended index of clinical severity", passa a levar em conta a reatividade pupilar, ampliando o escore mínimo de 3 para 1 (antes ia de 3-15, agora vai de 1-15) para a infelicidade de muitos preceptores que não poderão mais fazer piada quando seus residentes falarem Glasgow 1.
O grande motivo da mudança é o significativo aumento da precisão prognóstica ao se considerar a reatividade pupilar. Na antiga escala, a chance um paciente com Glasgow mínimo vir a óbito era de 51%, enquanto na nova passou a ser de 74%, e a chance desse mesmo paciente ter um seguimento não favorável ao receber a nota mínima era de 70% e passou a ser de 90%.
Abaixo está a tabela publicada por Paul M. Brennan para ilustrar melhor a eficácia:
Como aplicar?
Para aplicar a GCS-P basta fazer uma simples conta, primeiro deve-se calcular a pontuação normalmente, levando em conta os três aspectos clássicos (abertura ocular, resposta verbal e resposta motora). Após a obtenção do resultado, basta subtrair 2 pontos caso o paciente não tenha reatividade em nenhuma das pupilas; 1 ponto caso ele não tenha reação em apenas uma das pupilas; 0 pontos caso as duas pupilas reajam normalmente.
Segue abaixo uma tabela feita por mim para ajudar na execução:
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