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O melhor produto Apple para médicos

O melhor produto Apple para médicos
Henri Hajime Sato
ago. 6 - 9 min de leitura
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Disclaimer: Esse post não é uma recomendação de investimento e muito menos conselho de graça, como sempre é para cutucar alguém.

A vítima dessa vez é o anestrader e quem vive metendo regra de segurança digital para hospital proibindo até de postar fotos de aniversário do setor em rede social.

Vocês são insuportáveis agindo desse jeito.

PARE  DE ACHAR QUE "AIN MÉDICO NÃO PODE USAR CELULAR NO TRABALHO E NEM POSTAR FOTO DE FESTA DE ANIVERSÁRIO DO SETOR, HOSPITAL PARA TRABALHO" Você é a vergonha da profissão!

 

Muitos especialistas em informática já fizeram as contas sobre a especificação de um produto Apple e quase todos são unânimes em dizer: 

“a conta não bate, um produto Apple com as mesmas características sai mais barato” 

A Apple vende um conceito seja ergonomia, em uso ou seja modinha mesmo. 

Lembro do colégio, em 2006 um colega que tinha parentes nos EUA trouxe o iPhone primeira geração (exclusivo do país na época), coisas que hoje temos no smartphone mais básico, na época era revolucionário e todo mundo incluindo eu "pagava pau".

Na faculdade de Medicina e entre os médicos e estudantes de alta renda o uso do iPhone era comum e não é difícil ver vários destes com iPad e o macbook. Via até pessoas da faculdade de baixo poder aquisitivo comprar parcelado do amigo rico que queria se livrar porque comprou um novo.  

Alguns falam: ou segurança digital, privacidade ou o conforto do sistema operacional.

O que os jailbreak, apps de selfie (incluindo as redes sociais e aqueles que te transformam em desenho) e os termos de consentimento do iOS estão aí para questionar.  

Segurança e privacidade digital praticamente são inexistentes, vivemos em uma sociedade em que tudo o que fazemos principalmente em máquinas geram dados rapidamente a qualquer um, é só ter força de vontade de achar. 

Ou você acha que a propaganda da editora médica, plano de saúde, aluguel de consultório e afins aparece no seu Instagram de médico como mágica?  

Você médico, paciente ou paciente médico é analisado por todos os seus likes, comentários e inclusive é massa de manobra para divulgar produtos, ideologias inescrupulosas, lacração e trending topics disfarçados de “memes”. 

Hoje seu poder de médico na sociedade muitas vezes é menor que de um digital influencer com uma capacidade intelectual questionável e, pior, é iludido achando que está famoso quando na verdade é uma pessoa normal no meio de um algoritmo. 

Se você não se sentiu ofendido até aqui vamos ao clickbait.

Mas afinal de contas qual é o melhor produto Apple para os médicos? Um app de diagnóstico só de iPhone? Um macbook com tela retina para imagem de extrema definição para ver imagens radiológicas? Uma mega biblioteca de guidelines para Mac? 

A resposta é uma coisa que aprendi com a vida quando você percebe que para ser um médico adequado às necessidades do paciente não adianta você pensar dentro da caixa médica com guidelines, MBE e “ciência crua”, você tem que pensar além disso com aquela curiosidade que às vezes somos castrados por professores e um atoleiro de serviço de "chão de fábrica da saúde". 

Vou começar com uma história que parece que não tem a ver com a medicina e verá que há mais do que parece. Inclusive como nasce um Anestrader.

Junto com a Amazon, Coca-Cola, McDonald's, Microsoftoft, a Apple é uma das marcas mais valiosas do mundo.  

O que fazem suas ações serem uma das mais atrativas do mercado, uma companhia de quase 2 trilhões de dólares (o que hoje vale uns 10 trilhões de reais) dificilmente tem uma perspectiva negativa de quebrar da noite para o dia e ainda como é uma ação atrelada ao dólar americano. No Brasil a tendência é se manter alta ou minimamente estável em longo prazo. 

Então se você achou que o melhor custo benefício de um produto Apple é um app, smartphone ou computador, a resposta está naquilo que se está fora da caixa, as ações

“Mais um post sobre dicas de finanças para médicos, Henri? Já não basta o Anestrader e o cara que quer me vender conselho médico financeiro enchendo o saco?” 

Quando comecei esse artigo até pensei em fazer algo assim, mas percebi que posso ir mais longe, criticar mais forte, colocar um clickbait e de quebra constar:

A valorização de um médico passa além de um conhecimento protocolar feito por um grupo de pessoas de jaleco que não tem contato humano nem com o cônjuge se duvidar. 

A piada do Anestrader (o anestesista que aprendeu a fazer negociações na bolsa de valores, fica vendo o home broker durante uma cirurgia tranquila e trata quase como uma religião) vem justamente do treinamento da especialidade.

Quem é que justamente mais lida com a probabilidade de aplicação de risco de um paciente? Foi um treinamento inconsciente

Por exemplo: uma conversão de aplicação em uma cirurgia a partir do ASA para aplicação em um fundo de investimento a partir do Morningstar, por exemplo. 

Analisar dividend yield como o KPS e a polifarmácia, o risco de ação com o score de alvarado, vale a pena investir em tal ação ou submeter um paciente a uma cirurgia sob anestesia geral?

E o Anestrader querendo levar a palavra da BOVESPA a todos é como uma criança que descobriu que a habilidade de apertar um botão no brinquedo é o mesmo que opera o elevador.  

É novo, tentador, excitante, romântico e inclusive o deixa muito suscetível a erros sendo uma mala porque, se vocês não sabem, o aprendizado vem justamente do preparo, acerto e principalmente do erro. 

Aliás... DAY TRADE É GOLPE (MATEMATICAMENTE COMPROVADO) 

E sendo mais crítico ao conhecimento médico e à integração com a realidade: 

O exemplo do médico que ostenta o produto Apple parcelado em mil plantões, mas não sabe da ação da empresa é o mesmo que um médico que sabe pedir um exame, mas não sabe como esse exame é feito e nem se interessa em saber. 

Nenhum médico precisa saber quais são os componentes de um analisador de sangue, mas precisa saber que se os dados clínicos e laboratoriais não batem. Questionar o processo faz parte do raciocínio médico. 

O mesmo vale para laboratório que coloca um relatório de disclaimer enorme abaixo de um exame, mas coloca no rodapé o método bem escondido (não que isso tenha acontecido comigo). 

Não é preciso saber o hardware de um Macbook, os problemas de privacidade do iPhone, a história controversa do Steve Jobs, ou com quais chips o iPhone é feito (se você é daqueles médicos de iPhone que amam dizer da causa social e dos trabalhadores nem queira saber como um iPhone é montado na China).  

É interessante saber que você pode ganhar a estética do Macbook na sua página de Instagram é até fácil, faz uns plantões, parcela no cartão e tem a pose.

Difícil é saber que no processo o médico que não tem um Apple, mas tem as ações da mesma e de várias outras empresas está enriquecendo as suas custas e provavelmente em um médio prazo vai ganhar o suficiente para comprar um Macbook com menos esforço. 

Um médico que quer se dar bem pelo menos na carreira e ter conforto para atuar precisa saber como integrar o seu conhecimento médico com a realidade, no caso como associar a medicina com dinheiro. 

Muitos médicos associaram o oposto e revolucionaram a medicina:

- Cirurgiões aprenderam com bordadeiras técnicas novas.

-Clínicos pesquisando a história redescobriram técnicas e medicações antigas como o AAS e a cloroquina.

-Psiquiatras/psicanalistas estudaram o comportamento de atores e história da arte para entender a cognição

-Médicos com memória muscular de procedimentos conseguem ser ótimos cozinheiros, mecânicos e até conseguem ser juristas e empreender bem se utilizar o raciocínio clínico adequadamente. 

E quer um exemplo crítico muito mais cínico? Sabe quando o médico se exibe que trabalha em um hospital de luxo, tem diploma de não sei onde, maioria dos médicos acham o máximo ganhar 90 mil por mês por ostentar sendo que ele está se matando de tanto trabalhar? 

Bem, o Jorge Moll Filho, presidente e detentor da maioria das ações da rede D’or, tem 11 bilhões, é médico e acho que além sorte por uma família que deu suporte com uma educação diferenciada, aprendeu a aplicar seu conhecimento médico no dinheiro. 

E se ainda duvidam, é só ver a notícia abaixo enquanto ganha uns trocados no hospital chique e o CEO está aproveitando a vida rindo de sua casa de veraneio.

A questão da medicina não passa somente por MBE, semiótica, guidelines e apps que fazem o diagnóstico... Também e junto a isso em um mundo que até sintoma de resfriado é complexo, entender mais que isso é essencial.

https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/04/22/forbes-bilionarios-brasileiros-saude-pandemia-covid-19.htm 

 

E DAY TRADE É GOLPE, MATEMATICAMENTE COMPROVADO PELA FGV, 

https://eesp.fgv.br/noticia/day-trade-e-cassino-muito-mais-sorte-do-que-tecnica-diz-pesquisador

 

 

 


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