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O que será dos médicos em um futuro que já está desenhado?

O que será dos médicos em um futuro que já está desenhado?
Álesson Dutra
jul. 17 - 3 min de leitura
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A inquietude começa durante o período de vestibular. Conseguir entrar ou não.

Logo em seguida se inicia outro processo: arcar com os custos das faculdades particulares ou arriscar mais um ano de cursinho.

É preciso entender que no meio desse turbilhão de acontecimentos existem famílias que estão extremamente preocupadas em pagar pelos sonhos dos filhos (e seus também).

O endividamento é comum, e a incógnita que fica é: o que será dos médicos em um futuro que já está desenhado? Analisar esse ambiente é extremamente complexo. Iniciemos pelo início, ou melhor, pela vocação...

É comum que os livros de propedêutica, logo em suas primeiras páginas, coloquem informações acerca da relação médico-paciente. E isso não é para ocupar mais páginas. É um aperitivo, resumido, do que é ser médico e quais serão as adversidades que provavelmente serão encontradas durante a profissão.

Nas entrelinhas existe uma exigência: a empatia. É uma obrigação médica entender o indivíduo como um ser único e que requer uma escuta atenta para a resolução do problema. A faculdade nos entrega a teoria desse conceito, mas é a prática que faz com que essa exigência se torne um hábito.

O médico do futuro começa a se esculpir agora. E é necessário que a leitura do estudante de medicina (e dos médicos) não se limite apenas a livros acadêmicos. Doenças são complexas, e pessoas também.

É necessário que se entenda muito bem dos dois. A vocação aqui se dá em dois sentidos, o primeiro é no ato de “cuidar”. Ou você o entende desde o primeiro instante da carreira médica, ou você o aprende durante o percurso. De qualquer maneira, torna-se imprescindível a sua presença.

Logo em seguida temos a humanização. Fator que definirá muito bem o médico do futuro. Para explicar melhor, precisamos entender que a medicina tem se concentrado nos grandes centros urbanos, e muitas cidades do interior ainda carecem de especialistas.

Aqui traçamos uma análise: há uma saturação seletiva de mercado. Nesse sentido, é imprescindível pensar que muitas cidades do interior têm seguido uma linha de desenvolvimento extraordinário. O que faz acreditar que a medicina humanizada apresenta alguns pontos importantes.

O primeiro é de que os novos profissionais terão que mergulhar sem medo nas cidades interioranas. E o segundo, é que não há problema nisso. As cidades estão crescendo e a população precisa que o médico esteja ao alcance de suas necessidades. Seja ele neurologista, ou clínico geral.

A resposta para a pergunta seja talvez a própria definição literal da palavra humanização: torna-se a medicina mais sociável para a população. E isso inclui adentrar os confins onde a medicina ainda tem muito a prosperar (assim como o médico do futuro).


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