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OMS diz que África pode controlar pandemia de COVID-19 em 2022

OMS diz que África pode controlar pandemia de COVID-19 em 2022
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fev. 17 - 4 min de leitura
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Apesar de o continente estar “no caminho” para controlar a pandemia de COVID-19, vigilância sanitária ainda é de extrema importância, já que mais de 242 mil pessoas morreram em decorrência da doença

A diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África, Matshidiso Moeti,  anunciou nesta quarta (17) que a África pode ter o controle da pandemia de Covid-19 ainda neste ano. Em declaração concedida à ONU News, Matshidiso afirmou que essa previsão está associada ao aprimoramento de respostas às novas infecções: “Nos últimos dois anos, a resposta  do continente aos novos casos de COVID-19 ficou mais inteligente, mais rápida e melhor”.  

Mesmo com esse passo significativo, a OMS reforçou que a vigilância sanitária éo indispensável para uma boa gestão do número de casos. Vale lembrar que o continente já enfrentou quatro ondas de COVID-19 — a primeira onda foi registrada em 2020 e durou 29 semanas e, a mais recente, impulsionada pela variante Ômicron teve seis semanas de duração.

Impactos da pandemia de COVID-19 na África

A luz no fim do túnel em relação ao controle da pandemia de COVID-19 na África é simbólica.

Assim como países do mundo inteiro, os africanos sentiram na pele os impactos devastadores do vírus. São exemplos das dimensões desses impactos: prejuízos socioeconômicos (segundo o Banco Mundial, 40 milhões de africanos passaram a viver em situação de extrema pobreza); políticas no que diz respeito à desigualdade vacinal (até o momento apenas 11% da população adulta está totalmente vacinada), além das consequências emocionais devido ao luto coletivo, já que mais de 242 mil pessoas morreram em decorrência da doença.

Na prática: o que é necessário para controlar a pandemia de COVID-19 na África?

Ainda de acordo com a diretora da OMS na África, apesar dos avanços em relação ao maior acesso a recursos como oxigênio, equipamentos médicos e ampliação de leitos nas UTIs, é necessário que os gestores em saúde e demais envolvidos na linha de frente contra a COVID-19 nos países africanos continuem investindo fortemente em ações de vigilância sanitária. São elas:

  • Ampliação dos programas de testagem gratuitas e detecção das infecções com sequenciamento genético (ação que já vem sendo implementada pela OMS que aumentou em 54% o número de laboratórios especializados na detecção contra a COVID-19);

  • Aumento da cobertura vacinal: atualmente, 672 milhões de imunizantes foram entregues aos países africanos, sendo que 65% deste resultado é fruto do COVAX — programa de Acesso Global às Vacinas da COVID-19, liderado pela OMS e por parceiros internacionais que tornar a distribuição das vacinas mais equitativas em países pobres;

  • Ações estratégias de monitoramento, controle e vigilância sobre o número de casos.

Em síntese: a maior solução contra a COVID-19, além da vigilância constante em saúde orquestrada por órgãos de saúde, gestores e programas de acesso aos imunizantes é a vacina.

Por isso, propagar informações com credibilidade sobre o assunto e investir em estratégias de redução das iniquidades no acesso às vacinas e aos tratamentos comprovados cientificamente é tão necessário.

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Referências

Créditos da foto: UNICEF/Thoko Chikondi

ONU News. OMS: África está no caminho para controlar a COVID-19 em 2022. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2022/02/1779432. Acesso em 17 de fevereiro de 2022.

UNRIC. Covax: o que é? Como funciona? Como será distribuído? E porquê?. Disponível em: https://unric.org/pt/covax-o-que-e-como-funciona-como-sera-distribuido-e-porque/. Acesso em 17 de fevereiro de 2022.

 

 


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