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Precisamos falar sobre a essência da Medicina

Precisamos falar sobre a essência da Medicina
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abr. 13 - 4 min de leitura
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Precisamos falar sobre a essência da Medicina

por IMEL (Instituto Médicos pela Liberdade)

O afastamento dos médicos de suas entidades representativas e do próprio debate sobre grandes temas que influem em nossa profissão se deu, dentre outros motivos, por um claro descompasso entre as demandas de quem atua na ponta desse ambiente caótico e as pautas desenvolvidas por nossas estruturas representativas.

Sou um médico jovem, formado  há 15 meses, e, desde o conturbado 2013, quando ainda acadêmico, tive a oportunidade de transitar por inúmeros grupos, iniciativas e entidades, das mais variadas naturezas representativas. Presenciei ações elogiáveis nesses espaços, conheci pessoas capazes e bem intencionadas. Outras nem tanto, em um comportamento que misturava ceticismo a visões diferentes e certa apropriação de espaços como “feudos”, replicando vícios que adoramos criticar nos políticos menos exemplares.

De maneira geral, o que se percebia era uma cultura muito resistente a pensar e agir diferente. A deterioração exponencial do exercício da Medicina se acelerou, com mudanças de paradigmas, exigências de uma nova forma de atuação em um ambiente cada vez mais hostil e a necessidade de um debate mais profundo sobre nossa profissão e como ela acompanharia essas mudanças. Porém, continuamos agindo da mesma forma e esperando resultados diferentes.  Falando sobre elevar o  financiamento do SUS, mas não discutindo a sustentabilidade e a formatação do sistema. Debatendo  muito sobre Carreira de Estado, e nada sobre as aspirações de médicos em serem profissionais autônomos e empreendedores.

Foi isso que moveu a mim e a outros colegas gaúchos, para que iniciássemos um projeto inovador, com um novo formato, para se criar um novo modelo de representatividade. É com grande entusiasmo que anunciamos o surgimento do IMEL (Instituto Médicos pela Liberdade), com o objetivo de debater e promover ações no âmbito da política médica, Medicina e saúde. Não pretendemos ser portadores da verdade, mas sim contribuir para uma discussão mais aberta e plural, muitas vezes cerceada em nossos espaços institucionais de discussão.  Não temos alvo, não somos puramente “anti - alguma coisa”, mas sim temos identidade e base próprias. Acima de tudo, desejamos ser livres para falar sobre liberdade. Sem vinculações partidárias ou com qualquer entidade médica.

Somos um grupo de concepção liberal, que acredita no indivíduo e na livre iniciativa do médico como capacidade transformadora,  valores cada vez mais demandados em nossa profissão, especialmente pelos mais jovens. Acreditamos no empreendedorismo em saúde e em um debate profundo sobre temas centrais, como sistemas de saúde, tecnologia, formação médica, bioética, terceirização, saúde mental de nossos colegas e tantos outros. Mas precisamos falar mais sobre resultados, e não intenções. Já passou da hora de oferecermos soluções reais à sociedade e que se traduzam em maior satisfação aos médicos em exercer a Medicina.

Sem estruturas luxuosas, com transparência e sem “um novo boleto”. Acreditamos em um modelo em que associados paguem o quanto acreditam que vale a representatividade feita.

Acima de tudo, seremos pautados por intensa combatividade na defesa do que pode ser considerada a síntese de nossos objetivos: resgatar a Medicina como profissão liberal, independente e autônoma. Uma profissão liberal que se relacione sem preconceitos com a profunda rede econômica, científica e tecnológica que hoje permeia a Medicina que se pretende de excelência. Uma prática profissional que atenda as demandas de nossos pacientes, buscando sua satisfação e fortalecendo a relação médico-paciente diretamente.

O cenário vivido hoje em nossa profissão fala muito sobre a perda de algo tão singelo quanto central: perdemos nossa liberdade. Para políticos, gestores, indústria, falsos representantes. Nos conformamos com mobilizações para reduzir danos, conquistar uma derrota menor em nossa gradual perda de autonomia e liberdade. Precisamos resgatar a essência da Medicina. Convidamos todos a nos conhecer um pouco mais e fazer parte dessa caminhada, no sentido de trazer novas ideias a um debate acostumado à mesmice. Como já dizia Ludwig Von Mises, “ideias e somente ideias podem iluminar a escuridão”.

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