O prolapso uterino é uma condição que afeta mulheres, especialmente aquelas entre 50 e 79 anos. Esta condição ocorre quando os músculos e ligamentos pélvicos que sustentam a vagina enfraquecem, levando o útero a cair para dentro da vagina. Os fatores de risco incluem parto vaginal, tabagismo, menopausa, constipação, obesidade e outras condições que aumentam a pressão no abdômen.
Fonte: Voelker R., 2024
Os sintomas do prolapso uterino geralmente incluem uma sensação de protuberância na área vaginal, pressão pélvica, aumento da frequência urinária, vazamento de urina e constipação, todos os quais podem afetar negativamente a qualidade de vida.
O diagnóstico do prolapso uterino é feito por meio de exame pélvico, e o tratamento pode incluir opções não cirúrgicas e cirúrgicas.
⚕️Opções de tratamento não cirúrgico incluem:
1. Observação: Para pacientes sem sintomas significativos, é recomendado o acompanhamento com um médico a cada 6 a 12 meses para avaliar a progressão do prolapso.
2. Pessário Vaginal: Um dispositivo macio inserido na vagina para manter o útero no lugar. Periodicamente, o pessário deve ser removido, limpo e reinserido.
3. Fisioterapia: Exercícios para fortalecer os músculos do assoalho pélvico podem ajudar a diminuir os sintomas do prolapso uterino.
⚕️As opções de tratamento cirúrgico devem ser realizadas por cirurgiões com treinamento especializado e podem incluir:
1. Suspensão dos ligamentos uterossacrais: Cirurgia para fixar os ligamentos uterossacrais ao topo da vagina para restaurar o suporte do útero.
2. Suspensão dos ligamentos sacroespinhais: Cirurgia para fixar o colo do útero ou o topo da vagina a um, ou ambos os ligamentos pélvicos sacroespinais para manter o útero no lugar.
3. Colpocleise: Cirurgia para encurtar e estreitar a vagina, impedindo que o útero caia no canal vaginal. Esta é a opção mais eficaz, mas não permite relações sexuais vaginais futuras.
É importante que o tratamento seja individualizado com base nos sintomas e nas metas da paciente, com ênfase na tomada de decisões compartilhadas entre médicos e pacientes. Com o acompanhamento adequado, é possível melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas pelo prolapso uterino.
Referência:
Voelker R. What Is Uterine Prolapse? JAMA. 2024;331(7):624. doi:10.1001/jama.2023.22744