O cuidado de enfermagem mediado por tecnologias digitais é fato. Seja para lidar com os artefatos digitais, ou seja para também analisar o volume de dados gerados a partir deste cuidado. Transformar estes dados em informação e conhecimento clínico, bem como prever resultados da prática da(o) enfermeira(o) no encontro clínico não é fácil, e a(o) enfermeira(o) vai precisar desenvolver habilidades, ainda que mínimas, em linguagem de programação. Python, por exemplo.
Com o Prontuário Eletrônico do(a) Paciente (PEP), o processo de identificação de problema, exploração de dados, análise estatística e avaliação de resultados clínicos deixará de ser tarefa restrita a pesquisadores(as) e deverá se tornar parte do cotidiano da clínica e da instituição de saúde.
Isso por si não é um problema. Problema será desconhecer os recursos tecnológicos disponíveis (e muitos são Open Source!!!), tal como a linguagem de programação Python, para realização deste trabalho indispensável à melhoria diária da clínica e do cuidado da(o) enfermeira(o).
Uma vez que a Estratégia de Saúde Digital 2028 prevê a implantação de serviços de Registro Pessoal de Saúde, para que enfermeiras(os) usem estas informações na tomada de decisões sobre o cuidado, com base em meus próprios estudos, produzi uma série de 23 postagens (até o momento!) sobre a linguagem de programação Python[i], visando sensibilizar profissionais e instituições para a necessidade de aprender rápido e usar estas novas ferramentas no cotidiano de trabalho.
Assim como cursar bioestatística na faculdade não lhe torna expert em epidemiologia, o aprendizado de Python, por exemplo, não é o bastante para ser programador(a). Contudo, ambos conteúdos, no século XXI e mais, são indispensáveis para sua prática clínica baseada em evidência.
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Referências
[i] CRUZ, Isabel CF da. Python para enfermeiras (1). Boletim NEPAE-NESEN, [S.l.], v. 18, n. 1, jan. 2021. ISSN 1676-4893. Disponível em: <http://www.jsncare.uff.br/index.php/bnn/article/view/3391/868>. Acesso em: 18 fev. 2021.