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Em respeito ao contraditório: Respostas ao texto " A revolta contra aquilo que pouco importa"

Em respeito ao contraditório: Respostas ao texto " A revolta contra aquilo que pouco importa"
Fernando Carbonieri
abr. 11 - 9 min de leitura
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Saudações a todos. Devido à polêmica gerada pelo texto "A Revolta contra aquilo que pouco importa" e pela insatisfação de muitos que nos seguem, solicitamos a alguns de nossos leitores para que enviassem textos que se propõe a fornecer o contraditório. Sabemos que o número de novos comentários continuará aumentar e portanto, pretendemos manter a atualização deste texto.

Uma carta resposta do colega Getulio Bernardo Morato pode ser vista neste LINK: A revolta por aquele que mais importa

Sabemos que muitos comentários foram motivados pelo título escolhido. Ele o foi publicado exatamente como o original pelo Academia Médica e assumimos a nossa parcela por não ter conversado com o author a respeito.

Os comentários tem a moderação da equipe do Academia Médica, para evitar insultos pessoais direcionados. Os nomes foram retirados ou colocados conforme solicitado pelos autores.

As respostas são referentes ao texto publicado no dia 10/04/2017: A Revolta contra aquilo que pouco importa".

Getúlio Bernardo Morato: A revolta por aquele que mais importa 

De uma estudante de medicina:

Foi um erro...na qualidade de seres humanos jovens...que muitos já cometeram...ainda cometerão". Sou jovem, ainda não estou nem no internato como os colegas da foto que já se formaram doutores, mas só se eu estivesse completamente louca pra tirar uma foto com meu jaleco, meu estetoscópio e minhas calças abaixadas. E claro, postar com um lindo sorriso e ser defendido pelo ser humano que escreveu o texto ressaltando que o médico deverá comunicar com descrição ao CFM possíveis atos de infração de seus colegas...com qual descrição? Aquela que eles não tiveram? Que texto inútil.
Que as coisas na internet são exacerbadas não há dúvidas, e justamente por isso o médico deve preservar sua imagem, sendo cometido, discreto, humilde, zelando por sua reputação. Fazer um escarcéu não é o caso, mas dizer que é coisa de adolescente? Francamente, que desgosto! Claro que as coisas devem ser freadas! Alguma coisa tem que ser dita! Não é cabível passar a mão na cabeça desses doutores! Novamente: que texto inútil! Pior é imaginar que a lição por meio do vexame que eles poderiam estar aprendendo pode não surtir tanto efeito uma vez que academia médica disse que a repercussão é exagerada e ainda embasou dizendo que tudo bem, qualquer um pode fazer isso.

No facebook a resposta de um leitor

Vocês não acharam besteira? Olha como que foi colocado o título da matéria: "Está tudo de cabeça para baixo. Em um país onde morrem mais de de 70 mil pessoas por assassinato, as mídias sociais preferem frequentemente julgar a morte de um gorila em um zoológico ou um bando de rapazolas de calças arriadas"
Esse bando de rapazolas de calças arriadas estão fazendo piadas com as vítimas que já sofreram algum tipo de abuso sexual.
Vocês não falaram a palavra besteira, mas ficou claro que vocês colocaram de uma forma banal, não importante, besteira e desnecessário de se falar sobre esse caso.
Esse é o meu entendimento e pelos comentários é da maioria.

No facebook por outra estudante de medicina

É péssima a visão da academia de medicina q tenta justificar com idade, humor, passatempo uma atitude reprovável.
Como mulher senti medo de ter q passar por atendimento de um ser desses, como mulher me recordei do GO q me tocou esquisito e eu não entendi, sai constrangida e não voltei mas não verbalizei pq afinal ele era médico e eu adolescente. Como mulher senti medo do cardiologista q segurou minha mama de uma forma lasciva pra colocar o eletrodo. Eu só quis sair dali.
Como estudante de medicina, eu me sinto envergonhada de ter a minha futura profissão manchada por esse tipo de GNT, me sinto envergonhada pq reconheço iguais a esses na minha classe, universidade, e congressos.
O corporativismo tem q ter limite, não da pra ser cego com essas atitudes q denigrem a profissão.

E pro dono do texto queria deixar a mensagem de que uma revolta não anula a outra.
Eu fico puta com a matança na Síria, tanto q doei dinheiro pra uma ong, é o q deu pra fazer de longe.
Mas fico puta tb com a galera manchando o nome da classe tb, e aí entra vc q escreveu pq tô puta tb com a tentativa de justificar um erro tão grave.
Mas fico puta tb com a galera manchando o nome da classe tb, e aí entra vc q escreveu pq tô puta tb com a tentativa de justificar um erro tão grave.

Getúlio Bernardo Morato Filho - Pediatra e professor

Getúlio Bernardo Morato Filho Mas isso vem desde a faculdade: ah, mas por que eu não posso ir pro hospital de chinelo, de short, sem camisa... é porque o básico da medicina é entender que seus valores não estão acima dos do paciente e que você também faz parte da intervenção. O paciente, antes de tudo, tem que acreditar no médico, ter confiança no médico. A medicina não é sobre o médico, mas sobre o paciente. E você mexe com pacientes de todos os níveis culturais, sócioeconômicos, você deve colocar os valores dos pacientes acima dos seus (obviamente, dentro dos limites éticos dos valores dos pacientes). Quando uma pessoa forma e acha que não há nada de mais tirar foto com o jaleco, um dos principais símbolos de sua profissão, com as calças arriadas e, não satisfeito com a brincadeira, ainda tira uma foto com as mãos fazendo referência à genitália feminina, você está literalmente tocando o foda-se pros valores da sociedade, os valores da medicina... não foi apenas uma brincadeira de mal gosto. Brincadeira de mal gosto você faz com alguém que você possui a liberdade para fazê-la, rezando ainda pra que isso não se torne público num mundo de redes sociais. Agora, na sua formatura, um momento solene, apenas mostra que você não aprendeu absolutamente nada sobre o que é ser médico. Pode ter aprendido até o conteúdo técnico, mas passou longe de entender o que é a medicina.

Faltou dizer ainda de como uma burrice dessas ainda afeta a medicina como um todo e colegas médicos. Centenas de milhares de médicos trabalham duro, se esforçam, abdicam das suas vidas sociais e muitas vezes não há nenhum reconhecimento disso. Mas basta um monte de imbecis não usarem o lobo frontal no momento que deveria ser de maior felicidade para apenas reforçar o que a sociedade já pensa do médico, só que de forma viral.

Leitor Estudante de Medicina

esse texto é no minimo tendencioso. A defesa desses alunos tem que partir tão somente dos seus advogados. Pessoas assim mancham a classe. Claro que a mídia adora uma notícia desta, mas isso não muda o fato de que a indignação da população é real. Temos uma profissão à prezar e isso vai contra a corrente.

Leitora no Facebook

Ao escolher o curso de Medicina,lembre-se,que você agora tem uma reputação a zela em dobro. Só posso lamentar. Muitos anos de estudos jogado á fora por uma simples brincadeira de mau gosto. Não sou ninguém para julgar vocês. Mas,vocês plantaram e agora vão colher. Lamento mesmo.

Acadêmica de medicina SP

Segundo a OMS adolescência compreende entre 10 a 19 anos. O Estatuto da Criança e do Adolescente diz dos 12 aos 18 anos. Podendo ser até 21 anos faça-se necessário. Ao autor do texto: Argumento inválido!, não são adolescentes, mas sim homens prontos (academicamente) para assistir a vida de centenas de pessoas. Qual a proxima desculpa vc inventará para amenizar o lado deles?!

Residente MG

Cara, de boa, existem brincadeiras boas e brincadeiras ruins. Esta foi péssima. Não dá para justificar. Também acharia ruim se fossem alunos de quaisquer outras áreas. Com tanta coisa melhora para se fazer eles vão lá e simplesmente arriam as calças usando jaleco e acham bonito. Não, simplesmente algumas coisas não dá para deixar passar.

Em breve atualizaremos o post!


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