“Onde estão os cientistas que sabiam tudo? A vacina não protegia da doença?”
“Os médicos se acham tanto, mas não conseguem curar os pacientes de uma gripe”
Dentre esses e muitos outros comentários, respeitando sempre a individualidade de quem profere a opinião, torna-se cada vez mais incômodo ouvir impropérios contra a própria área/profissão.
Foi-se a época que o “Doutor” sabia de tudo, que a última palavra era do médico. O exercício da saúde hoje é tal qual um ator que tenta mostrar seu brilhantismo meio ao palco dividido com anti-heróis, vilões e coadjuvantes.
Atualmente, todos os setores opinam desde a atuação ambulatorial do médico, até o processo de gestão hospitalar e fabricação de vacinas e suas sofisticadíssimas tecnologias. Prova disto, os sommerliers de vacina.
Dessa forma, é preciso separar as opiniões, de um comentário técnico. Quem emitiu essa opinião, qual o conhecimento sobre o tema que o emissor detém, dentre vários outros critérios.
É assim que começa o processo de autoanálise. Será que nós, profissionais da saúde, também agimos da mesma maneira com outras áreas do conhecimento cotidianamente? Por exemplo: literatura, cinema, música e artes plásticas.
A pandemia colocou no centro das discussões, a saúde, o conhecimento médico.
A autocrítica que podemos realizar é que não sejamos, futuramente, as opiniões infundadas e pedantes que ataquem as outras áreas do conhecimento que não estejam sobre nosso domínio.