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Você conhece a Síndrome do Impostor?

Você conhece a Síndrome do Impostor?
Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de Medicina ABLAM
mar. 4 - 2 min de leitura
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Sim, o nome pode parece estranho, mas esse é fenômeno apesar de não ser reconhecido pelo DSM, é bem documentado pela Psicologia. Foi descrito primeiramente na década de 70 por Pauline Clance e Suzanne Imes, cientistas da universidade americana Estadual da Geórgia, baseado em um grupo de mulheres bem-sucedidas.

Tal síndrome afeta sobretudo pessoas em que estão passando por processos avaliativos de algum modo, sobretudo por avaliações regulares . As pessoas portadores dessa síndrome geralmente trabalham extenuantemente, de forma zelosa e bem-feita e no geral excedem em muito os seus colegas em tempo de esforço e qualidade de serviços prestados.

Contudo, quando os méritos decorrentes de tanto esforço chegam, são atribuídos por eles ao “acaso” ou a “sorte”. Seguidamente, ocorre um sentimento de “ser uma fraude” e a possibilidade eminente de “medo de ser descoberto” a qualquer momento. Esse quadro gera ansiedade e medo. A partir daí gera-se duas possibilidades de defesa, ou uma postura arrogante, ou um quadro de simpatia excessiva. O primeiro afim de que os outros se mantenham afastados e não vejam “ a fraude”, o segundo porque pelo excesso de simpatia não haveria um “apiedamento” diante da o desmascaramento do indivíduo.

O que isso tem a ver com os estudantes de Medicina?

Passamos por seis anos de graduação, com uma carga horária extensa durante o internato e maior ainda na vida profissional. Diante de nós se descortina a responsabilidade enorme de um erro e as implicações dele na vida dos nossos pacientes e além disso, há a pressão que a sociedade imputa ao médico e as condições de trabalho adversas que podemos encontrar. Diante disso, é possível que possamos nos esforçar ao máximo e ainda sim sentirmos “uma fraude a beira de ser descoberta”.

Se você se encaixa nesse perfil, é sempre recomendável a consulta a um psicólogo e o zelo por nossa saúde mental, afinal, pode parecer clichê mas cuidar de nossa psique é o primeiro grande passo para uma medicina bem- feita.

Por Mísia Nogueira Altivo - 8°período medicina  UNIMAR


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