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TP #33: "Diga trinta e três"

TP #33: "Diga trinta e três"
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abr. 13 - 16 min de leitura
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No episódio 33 do Troca de plantão, além do tradicional Plantão do Caos, com as últimas informações sobre o Covid-19 e vacinas, outros assuntos abordados foram sobre recomendações de centros de câncer de mama para mamografia de rastreamento e também sobre Iatrogenia e erro médico.

O Troca de Plantão acontece de Segunda a Sexta às 06h30 da manhã no Clubhouse e é transformado em Podcast para você que não pode participar conosco ao vivo. Dê o play aqui e curta conosco.

Comandado por Fernando Carbonieri, médico e fundador da Academia Médica, o Troca de Plantão nº33 contou com os colegas Filipe ProhaskaAna Panigassi, Ana Carolina Carvalho, Jamil Cade, Alexander Buarque, Renato Toi, Guilherme Sapia, Luciana Taliberti, Newton Nunes, Debora Fukino, Ursula Guirro, entre outros que também compartilharam conhecimento com a comunidade. Com audiência crescente, o Troca de Plantão da Academia Médica traz as principais publicações científicas do cenário mundial, discutidas por profissionais de ponta.

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Nossos heróis aqui do #TP trouxeram as suas fofocas e a gente traz a sedimentação teórica para elas. Confira abaixo as referências que embasaram a discussão de hoje!

Anticorpos específicos para SARS-CoV-2 no leite materno após a vacinação com COVID-19 de mulheres que amamentam

Leia, na íntegra, aqui. 

Os pesquisadores avaliam que o leite materno pode ser uma fonte de anticorpos contra a Covid-19 para os recém-nascidos, embora essa conclusão dependa de novos estudos específicos. “Os anticorpos encontrados no leite materno dessas mulheres mostraram fortes efeitos neutralizantes, sugerindo um potencial efeito protetor contra infecção em bebês”, afirmam os cientistas no artigo sobre a pesquisa.

Para chegar aos resultados que confirmaram a presença dos anticorpos no leite, os pesquisadores acompanharam um grupo de 84 mulheres em Israel entre 23 de dezembro de 2020 e 15 de janeiro deste ano. Todas as participantes receberam as duas doses do imunizantes fabricado pela Pfizer-Biontech respeitando o intervalo de 21 dias entre as doses. As amostras de leite materno foram colhidas antes e depois da administração da vacina.

Após a aplicação do imunizante, os pesquisadores coletaram o leite materno semanalmente durante um período de seis semanas a partir do 14º dia após a primeira dose da vacina. Ao todo, foram colhidas 504 amostras de leite materno. Dentre as amostras colhidas na primeira semana, 61,8% apresentaram anticorpos IgA contra a Covid. Após a segunda dose da vacina, esse percentual sobe para 86,1%.

Trombocitopenia trombótica após vacinação ChAdOx1 nCov-19

Leia, na íntegra, aqui. 

Dos 11 pacientes originais, 9 eram mulheres, com idade mediana de 36 anos (variação de 22 a 49). Com início 5 a 16 dias após a vacinação, os pacientes apresentaram um ou mais eventos trombóticos, com exceção de 1 paciente, que apresentou hemorragia intracraniana fatal. Dos pacientes com um ou mais eventos trombóticos, 9 tiveram trombose venosa cerebral, 3 tiveram trombose da veia esplâncnica, 3 tiveram embolia pulmonar e 4 tiveram outras tromboses; desses pacientes, 6 morreram. Cinco pacientes apresentaram coagulação intravascular disseminada. 

Nenhum dos pacientes recebeu heparina antes do início dos sintomas. Todos os 28 pacientes com teste positivo para anticorpos contra PF4-heparina testaram positivo no ensaio de ativação plaquetária na presença de PF4 independente da heparina. A ativação plaquetária foi inibida por altos níveis de heparina, Anticorpo monoclonal bloqueador do receptor Fc e imunoglobulina (10 mg por mililitro). Estudos adicionais com PF4 ou PF4 - anticorpos purificados por afinidade com heparina em 2 pacientes confirmaram a ativação plaquetária dependente de PF4.

EMA analisa a ligação entre coágulos sanguíneos e vacina Johnson & Johnson

Leia, na íntegra, aqui. 

A Agência Europeia de Medicamentos está analisando os casos de quatro pessoas que desenvolveram coágulos sanguíneos após receberem a vacina COVID-19 da Johnson & Johnson (J&J), anunciou o regulador na sexta-feira.

“Quatro casos graves de coágulos sanguíneos incomuns com plaquetas sanguíneas baixas foram relatados após a vacinação com a vacina COVID-19 Janssen. Um caso ocorreu em um ensaio clínico e três casos ocorreram durante o lançamento da vacina nos EUA. Um deles foi fatal ”, disse o regulador em um comunicado após uma reunião de seu Comitê de Avaliação de Risco de Farmacovigilância (PRAC)  encerrada na sexta-feira.

A vacina está sendo usada atualmente nos EUA sob uma autorização de uso de emergência e na África do Sul como um ensaio de implementação para vacinar profissionais de saúde.

Butantan divulga maior eficácia geral da CoronaVac com intervalo acima de 21 dias

Leia mais aqui. 

O Instituto Butantan divulgou no último domingo (11) um novo estudo em que revela maior eficácia geral da vacina CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo instituto.

Segundo dados do Butantan, a eficácia mínima da vacina é de 50,7%, diminuindo pela metade o risco de infecção por Covid-19 em quem recebeu doses. O número aumenta para 62,3% quando se aplica a segunda dose pelo menos 21 dias depois da primeira.

O estudo foi encaminhado para revisão e publicação na revista científica Lancet. De acordo com a pesquisa, a vacina também diminui em pelo menos 83,7% o número de casos que necessitam de cuidados médicos e internação.

China admite que Coronavac tem baixa eficácia e poderá misturar vacinas

Leia mais aqui. 

As vacinas feitas por duas empresas estatais chinesas – Sinovac e Sinopharm – foram exportadas para 22 países, incluindo o Brasil. Outros países que receberam as vacinas chinesas são México, Turquia, Indonésia e Hungria.

“As vacinas chinesas não têm taxas de proteção muito altas”, afirmou Gao Fu, diretor do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em uma conferência realizada na cidade de Chengdu.

O governo chinês distribuiu centenas de milhares de doses no exterior, ao mesmo tempo em que questionava a eficácia da vacina da Pfizer e BioNTech.

“Agora está sendo formalmente avaliado se devemos usar diferentes vacinas de diferentes linhas técnicas para o processo de imunização”, afirmou o representante da China.

Segundo o jornal, os membros do governo não responderam diretamente perguntas sobre o comentário de Gao, ou sobre possíveis mudanças nos planos oficiais. Mas outro representante da CDC disse que os pesquisadores estão trabalhando em vacinas baseadas em RNA mensageiro (RNAm), como é o caso da vacina da Pfizer.

Vacinação contra a gripe começa nesta segunda; idosos não serão os primeiros a serem vacinados

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A vacinação contra a gripe será dividida em três grupos prioritários:

  • 1ª etapa — de 12 de abril a 10 de maio: crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde;
  • 2ª etapa — de 11 de maio a 8 de junho: idosos e professores;
  • 3ª etapa — de 9 de junho a 9 de julho: demais grupos prioritários;

O governo federal recomenda que as pessoas que fazem parte do grupo prioritário tomem primeiro a vacina contra a Covid-19 e depois a vacina contra a gripe. A recomendação é que haja um intervalo mínimo de 15 dias entre a aplicação das duas vacinas.

Recomendações de centros de câncer de mama para mamografia de rastreamento frequente em mulheres mais jovens podem fazer mais mal do que bem

Leia, na íntegra, aqui. 

O câncer de mama continua a ser o novo diagnóstico de câncer líder e a segunda principal causa de morte entre mulheres nos Estados Unidos. Para reduzir a incidência, morbidade e mortalidade associadas ao câncer de mama, são necessários rastreamento, diagnóstico, tratamento e estratégias de vigilância acessíveis e econômicas que equilibrem os danos e os benefícios.

As recomendações mais recentes (2016) da Força Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF) para rastreamento de câncer de mama para mulheres com risco médio aconselham rastreamento bienal em mulheres de 50 a 74 anos. Entre as mulheres mais jovens (40-49 anos), as estimativas de redução da mortalidade por câncer de mama são menores e têm mais incerteza, e as taxas de dano potencial são mais altas. Assim, a USPSTF não recomenda a triagem de rotina, mas sugere individualização com base na tomada de decisão compartilhada.

Iatrogenia e erro médico

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Não é incomum que um tratamento de saúde tecnicamente correto, mas cujo desdobramento gerou um dano ao paciente, seja rotulado como erro do profissional da saúde. Tal fato decorre de uma confusão que tem sido feita entre o serviço de saúde prestado, que se esgota no empenho máximo para se alcançar a cura (obrigação de meio), com a cura propriamente dita (obrigação de resultado). Acaba-se responsabilizando o profissional sem a devida investigação de sua conduta profissional.

Importante trazer à baila que não trata a ciência médica de obrigação de resultado, ou seja, de cura absoluta da doença, mas sim de prestação de serviço com a máxima diligência e prudência possíveis, utilizando-se da melhor técnica compatível com o local e tempo do atendimento, em busca da cura, por isso tratar-se de obrigação de meio.

Convém salientar que, mesmo tendo sido o profissional da saúde altamente diligente com seu paciente, empregando-lhe a melhor técnica no tratamento, assim como as melhores medicações, existe o risco de o paciente sofrer alguma alteração de cunho patológico e, consequentemente, um resultado negativo em seu tratamento. Circunstâncias como essa podem caracterizar a chamada iatrogenia.

A iatrogenia consiste em um estado de doença, efeitos adversos ou alterações patológicas causados ou resultantes de um tratamento de saúde correto e realizado dentro do recomendável, que são previsíveis, esperados ou inesperados, controláveis ou não, e algumas vezes inevitáveis. Contudo, tais efeitos não necessariamente são ruins, podendo, inclusive, ser bons.

São os exemplos mais comuns de fontes de iatrogenia as interações medicamentosas, os efeitos adversos de medicamentos, a utilização indiscriminada de antibióticos (o que leva à resistência das bactérias), quimioterapias e radioterapias (queda capilar, anemia, náuseas, etc.), infecções, dentre outros.

Índia passa o Brasil e é 2º país com mais casos de Covid-19 no mundo

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A Índia registrou um recorde de 168.912 infecções pela covid-19 em um dia, mostraram dados do Ministério da Saúde do país nesta segunda-feira (12). Com isso, a Índia passa a ser o segundo país do mundo com maior número de casos da doença, ultrapassando o Brasil e ficando atrás apenas dos Estados Unidos (EUA).

O total de casos registrados na Índia chegou a 13,53 milhões, ultrapassando os 13,48 milhões registrados no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde brasileiro. Os EUA lideram o ranking dos países com maior número de casos, com 31,2 milhões de infecções.

A Índia no entanto, é o quinto país em número de mortos pela covid-19, atrás de EUA, Brasil, Rússia e México. O país registrou 170.179 óbitos causados pela doença, enquanto o Brasil soma 353.137.

Coração dos esportistas infectados pela Covid-19 se torna objeto de estudo

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Já no centro das atenções em tempos normais, o coração de atletas infectados pela Covid-19 é monitorado de perto no momento em que eles retomam as atividades normais, uma vez que há um risco de atacar o miocárdio e até causar morte súbita em casos isolados.

"Pode haver problemas no músculo cardíaco e possibilidade de arritmias. Se há uma sequência que tentamos identificar é essa, porque o dano cardíaco pode comprometer o prognóstico vital', explicou Sébastien Le Garrec, chefe da equipe médica do Insep (Instituto Nacional de Esporte, Especialização e Desempenho).

Miocardite em atletas após recuperação da Covid-19

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Estudos recentes apontam comprometimento cardiovascular, com inflamação do miocárdio, após recuperação da COVID-19. Nos atletas, a miocardite é uma importante causa de morte súbita. Nesse sentido, um estudo da Universidade de Ohio buscou avaliar, por meio de exame de imagem, a função cardíaca de atletas após se recuperarem da COVID-19.

Um total de 26 atletas participaram do estudo, com média de idade de 19,5 anos e 57,7% de participantes sendo do sexo masculino. Nenhum deles precisou ser hospitalizado devido à COVID-19, nem receberem terapia antiviral específica. Doze atletas reportaram sintomas leves durante o período da infecção, enquanto os demais foram assintomáticos. Os atletas eram provenientes de diversas categorias esportivas: futebol americano, futebol, lacrosse, basquete e corrida.

Nos resultados dos exames de eletrocardiograma, ecocardiograma transtorácico e dosagem sérica de troponina, nenhum atleta apresentou anormalidades. Já nos achados da ressonância magnética cardíaca, 4 atletas, todos homens, tiveram achados consistentes com diagnóstico de miocardite, pela presença de dois dos critérios de Lake Louise:

  • Presença de edema miocárdico nas imagens ponderadas em T2;
  • Presença de dano miocárdico não isquêmico com realce tardio pelo gadolíneo.

Em E, edema miocárdico indicado pela cabeça de seta azul. Em F, realce tardio pelo gadolíneo no epicárdio da parede inferior, indicado pela cabeça de seta branca.

ECMO auxilia pacientes graves com Covid-19

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Com capacidade de funcionar como um pulmão ou coração artificial, a terapia de Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO) é um procedimento de alta complexidade usado em casos graves de comprometimento respiratório ou cardíaco, após o paciente ter sido submetido a outros tratamentos que não reverteram o quadro clínico.

Embora não trate a condição que causou a insuficiência, oferece conforto ao paciente até que a equipe médica adote a melhor conduta. A técnica, que também pode ser usada em pessoas que aguardam a realização de um transplante de pulmão ou coração, atualmente está sendo utilizada em pacientes em estado muito grave de Covid-19.

"Essa terapêutica é usada desde a década de 1970. No início, era muito complexa e com grandes aparelhos. Foi sendo aperfeiçoada. O aumento do uso nacional e internacional ocorreu há dez anos com o surto de H1N1. Começou a ser usada com maior frequência e, agora com a pandemia, começou a registrar maior utilização também", explica Paulo Manuel Pêgo Fernandes, cirurgião cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, que no último ano usou a técnica em mais de 30 pacientes.

Durante a realização da técnica, o sangue do paciente circula fora do corpo, por meio de cânulas, passa pela bomba e membrana e retorna oxigenado para o corpo. A terapia de Oxigenação por Membrana Extracorpórea é um procedimento usado em casos graves de comprometimento dos pulmões e do coração. O paciente pode ficar com o equipamento por um dia ou até mesmo por semanas ou meses. Embora não trate a condição que causou a insuficiência pulmonar ou cardíaca, oferece conforto ao paciente.

"O tratamento permite manter o paciente oxigenado em casos em que o pulmão já não é capaz de realizar a tarefa de oxigenação de maneira adequada, mesmo com o paciente intubado e recebendo oxigênio a 100%", afirma Diego Gaia, cirurgião cardiologista do Hospital Santa Catarina.

O tratamento com ECMO não está incorporado ao SUS, o que significa que ele não está disponível na rede pública. No caso dos planos de saúde, há obrigatoriedade de cobertura quando disponível nas unidades.

Austrália registra 1ª morte por Covid-19 em 2021

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Autoridades de saúde do estado australiano de Queensland confirmaram nesta terça-feira (13) (horário local) a morte de um homem de 80 anos por Covid-19. É a primeira morte por coronavírus registrada na Austrália em 2021 — o último óbito documentado no país datava de 28 de dezembro.

De acordo com a chefe do Escritório Médico de Queensland, Jeanette Young, o idoso contraiu a doença nas Filipinas e recebeu o diagnóstico em 25 de março, enquanto cumpria a quarentena obrigatória a todas as pessoas, australianas ou não, que chegam de outros países. Ele foi levado a um hospital, mas não resistiu e morreu na noite de segunda.

 

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