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Troca de Plantão #16: Ressaca pós St. Patrick

Troca de Plantão #16: Ressaca pós St. Patrick
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mar. 22 - 13 min de leitura
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Com o intuito de levar informação relevante aos médicos, profissionais de saúde e gestores que trabalham com ciências médicas no Brasil e no mundo, criamos o "Troca de Plantão da Academia Médica", que acontece de Segunda a Sexta às 06h30 da manhã no Clubhouse.  

Comandado por Fernando Carbonieri, médico e fundador da Academia Médica, o Troca de Plantão nº14 contou com os colegas Filipe Prohaska, Alexander BuarqueMarilea Assis, Carlos Bernini, Luciana Taliberti, Newton Nunes, Jair Kuhn, Thiago Rodrigues, Débora, entre outros que também compartilharam conhecimento com a comunidade. Com audiência crescente, o Troca de Plantão da Academia Médica traz as principais publicações científicas do cenário mundial, discutidas por profissionais de ponta.

O Troca de Plantão acontece no Grupo da Academia Médica, dentro do Clubhouse. Entre e procure o Club Academia Médica.

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Sessão "Fofocas do dia"

No pior colapso sanitário de sua história, Brasil supera 3 mil mortos por covid em 24 horas e tem quase 100 mil novos casos

A Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) define o cenário como “o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil”. Em boletim extraordinário divulgado na noite de terça-feira (16), a instituição chama a atenção para a “situação extremamente crítica em todo o país”. Até a conclusão do relatório, apenas dois estados brasileiros não estavam em colapso por falta de leitos de UTI, Rio de Janeiro e Roraima. A condição é declarada quando mais de 85% das unidades estão ocupadas.

Mais uma vez, a instituição chama atenção para a necessidade de serem tomadas iniciativas como de prevenção e controle, como o maior rigor nas medidas de restrição às atividades não essenciais e a ampliação de medidas de distanciamento físico e social, além do uso de máscaras em larga escala e um ritmo mais acelerado de vacinação.

Débora questionou sobre a possibilidade de o Brasil mimetizar a onda da Europa, caso esses números ilustrassem uma terrível seleção natural ou se sintetizasse a teoria de imunidade de rebanho. 

Diretrizes práticas para rastreamento de câncer de cólon: 

Leia, na íntegra, aqui.

Marilea ressaltou que a cápsula colônica é de suma importância para o rastreamento precoce do câncer de cólon, bem como lembrou que o estudo faz um estudo comparativo entre cápsula colônica e tomografia computadorizada (colonoscopia virtual), em que mostrou uma sensibilidade bem maior da cápsula.  Porém, as diretrizes continuam com as indicações e orientações de que para pacientes que apresentam sangue oculto nas fezes, o padrão ouro continua sendo a colonoscopia e que mesmo fazendo cápsula endoscópica ou a colonoscopia virtual, se houver alguma lesão suspeita, é necessário terminar com a colonoscopia da mesma forma. Ou seja, as diretrizes sugerem e orientam que tanto a cápsula colônica, quanto a colonoscopia virtual, sejam direcionadas para pacientes muitos específicos e que não conseguirem prosseguir com o exame, bem como aqueles que apresentam um alto risco de sedação anestésica. 

 

RDC Nº 478, DE 12 DE MARÇO DE 2021: Dispõe sobre o monitoramento econômico de dispositivos médicos

Leia mais aqui.

Fernando e Carlos ressaltaram a morosidade e a desorganização das plataformas governamentais.

 

Estudo Populacional: O Covid-19 passado confere 80,5% de proteção contra reinfecção, que diminui para 47,1% nas pessoas com 65 anos ou mais

Leia, na íntegra, aqui. 

A capacidade de fazer o teste de PCR para o SARS-CoV-2 na Dinamarca aumentou rapidamente ao longo de 2020, desde os primeiros testes em fevereiro até o final do ano, quando cerca de 10% da população era testada a cada semana em média. Durante o primeiro surto da epidemia (ou seja, antes de junho), 533.381 pessoas foram testadas, das quais 11.727 (2,20%) foram PCR positivas. Durante o segundo pico (de 1 de setembro a 31 de dezembro de 2020), 3,48 milhões de pessoas foram testadas, entre elas 150 159 (4,42%) tiveram resultado positivo. 

Em resumo, descobriu-se que a proteção contra a repetição da infecção por SARS-CoV-2 é robusta e detectável na maioria dos indivíduos, protegendo 80% ou mais da população naturalmente infectada com menos de 65 anos contra reinfecções dentro do período de observação. No entanto, observou-se que indivíduos com 65 anos ou mais tinham menos de 50% de proteção contra a repetição da infecção por SARS-CoV-2. Como a faixa etária mais velha é mais propensa a um curso clínico grave da doença, esse achado destaca a necessidade de implementar medidas de proteção para a população mais velha na forma de vacinas eficazes e aumento do distanciamento físico e controle de infecção, mesmo naquelas anteriormente conhecidas.

Vacinação após infecção? 

Filipe comentou que acredita que após a fase aguda da pandemia, provavelmente a população tomará uma única dose de vacina com RNA viral da Covid-19, que vai conferir proteção para sempre, analogamente a tríplice viral.

Imunidade pós-COVID?

Felipe ressaltou que ainda há uma dúvida muito grande sobre as causas da reinfecção, se seriam pelos spikes de mutação viral ou não. Alegou também que o Brasil falha na notificação de casos de reinfecção, e que gerou-se, no país, uma grande confusão sobre imunidade permanente. Aparentemente, tem-se a imunidade permanente após a infecção, porém, ela ainda estaria exposta a algumas variantes. No entanto, sugere-se que mesmo assim, no caso de uma reinfecção por elas, o indivíduo não teria uma doença tão intensa.

Também lembrou que esse caso está sendo mais visto na Europa, e que, no Brasil, temos um problema na tipificação viral, haja vista que não temos noção de quantas versões de cepas temos dentro dos casos de infectados. Alegou que em todos os casos de vírus de coroa (como sarampo), a pessoa infectada desenvolveria imunidade permanente se ficar doente ou se vacinar. Além disso, ressaltou que nossos métodos sorológicos ainda são muito ruins, com problemas na dosagem de igG e nas janelas de imunidade. 

Diabetes tipo 2 ligado ao aumento do risco de Parkinson

Leia, na íntegra, aqui. 

Pessoas com diabetes tipo 2 podem ter um risco aumentado de desenvolver a doença de Parkinson e de experimentar uma progressão mais rápida da doença, de acordo com uma análise em larga escala de pesquisas anteriores. O diabetes tipo 2 e o mal de Parkinson afetam populações em envelhecimento e compartilham várias semelhanças biológicas, incluindo o acúmulo de proteínas tóxicas, disfunção lisossomal e mitocondrial e inflamação sistêmica crônica. 

Pesquisa: Prevalência e fatores associados ao esgotamento das enfermeiras nos EUA

Leia, na íntegra, aqui. 

Os principais resultados foram a probabilidade de deixar o emprego no ano passado devido ao esgotamento ou considerar deixar o emprego devido ao esgotamento. Essas descobertas sugerem que o Burnout é um problema significativo entre os enfermeiros americanos que deixam seus empregos ou pensam em deixá-los. Os sistemas de saúde devem se concentrar na implementação de estratégias conhecidas para aliviar o esgotamento, incluindo equipe de enfermagem adequada e limitação do número de horas trabalhadas por turno.

A ventilação é a base para reabrir escolas

Leia mais aqui. 

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Empresas usam apps e assistentes virtuais para monitorar humor e saúde dos funcionários na pandemia

Em tempos de pandemia, monitorar a saúde e o bem-estar dos funcionários passou a fazer parte da estratégia central de recursos humanos das empresas. Diretorias e setores específicos foram criados nas companhias, que usam a tecnologia como principal aliada.

Consequências adversas e impacto do fechamento das escolas: UNICEF

Leia, na íntegra, aqui.

O fechamento das escolas acarreta altos custos sociais e econômicos para as pessoas nas diferentes comunidades. Seu impacto, porém, é particularmente grave para os meninos e as meninas mais vulneráveis e marginalizados, assim como para suas famílias. As perturbações resultantes daí exacerbam as disparidades já existentes nos sistemas educacionais, mas também em outros aspectos de suas vidas, incluindo:

  • Aprendizagem interrompida: o ensino escolar fornece aprendizagem essencial e, quando as escolas fecham, as crianças e os jovens ficam sem oportunidades de crescimento e desenvolvimento. As desvantagens são desproporcionais para os estudantes menos privilegiados, que tendem a ter menos oportunidades educacionais além da escola.
  • Má nutrição: muitas crianças e muitos jovens dependem das refeições gratuitas ou com desconto que são fornecidas nas escolas para terem alimentação e nutrição saudável. Quando as escolas fecham, a nutrição deles fica comprometida.
  • Confusão e estresse para professores: quando as escolas fecham, especialmente de maneira inesperada e por períodos ignorados, em geral, os professores não têm certeza de suas obrigações e de como manter vínculos com os estudantes para apoiar sua aprendizagem. As transições para plataformas de ensino a distância tendem a ser confusas e frustrantes, mesmo nas melhores circunstâncias. Em muitos contextos, o fechamento de uma escola acarreta licenças ou desligamentos de professores. 
  • Pais despreparados para a educação a distância em casa: quando as escolas são fechadas, muitas vezes os pais são solicitados a ajudar na aprendizagem das crianças em casa e, assim, podem ter dificuldades para realizar tal tarefa. Isso se torna ainda mais difícil para pais com nível educacional e recursos limitados.
  • Desafios na criação, manutenção e melhoria do ensino a distância: a demanda por ensino a distância dispara quando as escolas são fechadas e, em geral, sobrecarrega os portais existentes para a educação remota. A transferência da aprendizagem das salas de aula para as casas, em grande escala e de forma apressada, apresenta enormes desafios, tanto humanos quanto técnicos.
  • Lacunas no cuidado às crianças: na falta de outras opções, com frequência, os pais que trabalham deixam as crianças sozinhas quando as escolas são fechadas, e isso pode levar a comportamentos de risco, incluindo uma maior influência da pressão dos colegas e o uso de substâncias entorpecentes.
  • Altos custos econômicos: os pais que trabalham são mais propensos a faltar ao trabalho para cuidar de seus filhos quando as escolas são fechadas. Isso resulta em perdas salariais e tende a causar impactos negativos na sua produtividade.
  • Pressão não intencional nos sistemas de saúde: os profissionais de saúde com filhos têm dificuldades em comparecer ao trabalho, por terem de cuidar das crianças devido ao fechamento da escola. Isso significa que muitos profissionais da área médica não estão nos hospitais e clínicas onde são mais necessários durante uma crise de saúde.
  • Maior pressão sobre as escolas e sobre os sistemas educacionais que permanecem abertos: o fechamento localizado sobrecarrega as escolas, à medida que os governos e os pais redirecionam as crianças para as escolas que permaneceram abertas.
  • Aumento das taxas de abandono escolar: é um desafio garantir que crianças e jovens retornem e permaneçam na escola quando elas forem reabertas. Isso se aplica especialmente aos fechamentos prolongados e quando os impactos econômicos pressionam as crianças a trabalhar e gerar renda para as famílias com problemas financeiros.
  • Maior exposição à violência e à exploração: quando as escolas são fechadas, aumenta a ocorrência de casamentos prematuros, mais crianças são recrutadas por milícias, aumenta a exploração sexual de meninas e mulheres jovens, a gravidez na adolescência se torna mais comum e o trabalho infantil igualmente cresce.
  • Isolamento social: s escolas são centros de atividade social e interação humana. Quando elas são fechadas, muitas crianças e jovens perdem o contato social que é essencial para a aprendizagem e para o desenvolvimento.
  • Desafios para mensurar e validar a aprendizagem: quando as escolas são fechadas, as avaliações agendadas, principalmente os exames que determinam a admissão em instituições de ensino ou o avanço para novos níveis educacionais, são comprometidas. As estratégias para adiar, pular ou aplicar exames durante o período de ensino a distância levantam sérias preocupações sobre a justiça da avaliação, principalmente quando o acesso ao ensino se torna variável. As interrupções das avaliações resultam em estresse para os estudantes e para suas famílias e, da mesma forma, podem desencadear o abandono dos estudos. 

 

Por que algumas escolas dos EUA permaneceram abertas na pandemia de gripe espanhola, de 1918?

Leia mais aqui.

Apesar de a maioria das cidades dos EUA terem fechado suas escolas, pelo menos três optaram por mantê-las abertas: Nova York, Chicago e New Haven, em Connecticut, segundo historiadores. As decisões das autoridades de saúde pública nessas cidades foram baseadas principalmente na hipótese de que os alunos estavam mais seguros e em melhor situação na escola. Afinal, foi o auge da Era Progressista, com ênfase na higiene nas escolas, e havia mais enfermeiras escolares para cada aluno do que atualmente. Para alunos que viviam em distritos formados por cortiços, a escola oferecia um ambiente limpo e bem ventilado, onde professores, enfermeiras e médicos já praticavam – e documentavam – inspeções médicas completas de rotina. 

 

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