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Troca de Plantão #18: Lato sensu flex

Troca de Plantão #18: Lato sensu flex
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mar. 22 - 9 min de leitura
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Com o intuito de levar informação relevante aos médicos, profissionais de saúde e gestores que trabalham com ciências médicas no Brasil e no mundo, criamos o "Troca de Plantão da Academia Médica", que acontece de Segunda a Sexta às 06h30 da manhã no Clubhouse.  

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Comandado por Fernando Carbonieri, médico e fundador da Academia Médica, o Troca de Plantão nº18 contou com os colegas Filipe ProhaskaMarilea Assis, Carlos Bernini, Ana Panigassi, Luciana Taliberti, Naiara Balderramas, entre outros que também compartilharam conhecimento com a comunidade. Com audiência crescente, o Troca de Plantão da Academia Médica traz as principais publicações científicas do cenário mundial, discutidas por profissionais de ponta.

O Troca de Plantão acontece no Grupo da Academia Médica, dentro do Clubhouse. Entre e procure o Club Academia Médica ou acesse o nosso podcast logo a seguir:

Nossos heróis aqui do Troca de Plantão trouxeram as suas fofocas e a gente traz a sedimentação teórica para elas. Confira abaixo as referências que embasaram a discussão de hoje!

Melhorando a previsão pré-operatória do risco de morte em cardiopatias congênitas em cirurgia usando modelo de inteligência artificial: um estudo piloto

Leia, na íntegra, aqui. 

As doenças cardíacas congênitas são responsáveis ​​por quase um terço de todas as principais anomalias congênitas. As cardiopatias congênitas têm um impacto significativo na morbidade, mortalidade e custos de saúde de crianças e adultos. A proposta de modelos de risco de mortalidade por meio de inteligência artificial para pacientes com cardiopatias congênitas é promissora, embora sejam escassas as pesquisas sobre o assunto. Estudos recentes incluem algoritmos de aprendizado de máquina para classificar grupos de riscos de morte em cirurgia. Outro estudo propôs um modelo de rede neural artificial (RNA) para prever os riscos de doenças cardíacas congênitas em mulheres grávidas. No entanto, não houve resultado quando pesquisamos na literatura científica publicada para modelos específicos de predição individual de morte em cirurgia cardíaca para pacientes com defeitos cardíacos congênitos.

 

Profilaxia com letermovir em transplante de órgão sólido 

Leia mais aqui.

O valganciclovir é a droga preferida para a profilaxia do citomegalovírus (CMV) no transplante de órgãos sólidos. Uma limitação ao seu uso é a mielossupressão profunda. O letermovir é um novo agente aprovado para a profilaxia do CMV no transplante de células-tronco hematopoéticas e está associado a menos toxicidade.  Os pacientes convertidos de valganciclovir para letermovir não mostraram um aumento na taxa de avanço do CMV em comparação com uma coorte histórica compatível de pacientes que permaneceram em valganciclovir. Foi observada uma interação medicamentosa significativa com o tacrolimus, levando a uma recomendação para reduzir a dose em 40-50% após o início do letermovir.

 

Declarações de consenso de especialistas para o manejo da insuficiência respiratória aguda relacionada ao COVID-19

Leia na íntegra, aqui. 

Usando um método Delphi, um acordo entre especialistas foi alcançado para 27 declarações das quais 20 declarações de prática clínica de especialistas foram derivadas sobre o manejo respiratório do C-ARF, abordando decisões importantes para o manejo do paciente em áreas onde as evidências são ausentes ou limitadas.

 

Recomendações da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) para o uso racional de fármacos para Anestesia e Sedação durante a COVID-19

Leia, na íntegra, aqui.

Recomenda-se o uso racional das técnicas anestésicas, principalmente as que usam os fármacos da lista de desabastecimento, de modo que estas possam ser substituídas por outras de igual eficácia, que usem fármacos de maior disponibilidade. A grande maioria desses fármacos apresenta sinergismo, e o conhecimento sobre eles é fundamental para a substituição neste momento de uso racional. Em tempos normais, a anestesiologia prima pela recuperação rápida do paciente e utiliza medicamentos com a menor duração de ação. Em tempos de pandemia, na maioria das ocasiões, a recuperação rápida do paciente não é necessária, e os medicamentos com maior duração de ação (fora da lista de desabastecimento) podem substituir os com o risco de desabastecimento.

Recomenda-se uma melhor interação, sobretudo entre a anestesiologia, a terapia intensiva e o setor de fornecimento do EAS (farmácia, almoxarifado), para verificar a disponibilidade desses fármacos, por ocasião da Covid-19. Planejamento e comunicação são as palavras-chave para gerenciar o risco do desabastecimento de medicamentos. O diálogo entre as sociedades médicas (locais, estaduais e federais) e os órgãos governamentais (reguladores e fiscalizadores) pode melhorar o fluxo para o fornecimento e evitar a falta de fármacos.

 

Bolsonaro defende nebulização da hidroxicloroquina para tratar COVID-19

Leia mais aqui.

Em entrevista à rádio local, presidente reiterou que médicos têm direito de ministrar medicamentos ainda sem comprovação científica na pandemia e sugeriu que há uma articulação a favor do negócio bilionário das vacinas em detrimento da busca por remédios e tratamentos. 

Como foi discutido durante o Troca de Plantão, não há a possibilidade desse uso, pois a hidroxicloroquina não tem capacidade de ser absorvida pelo pulmão. Essa associação é tão absurda e não merece  consideração científica. É mais um caso de charlatanismo miraculoso propagado por ignorantes que se baseiam em crendices para propor ações ineficazes.

 

Estudo de modelagem: é improvável que a vacinação por si só contenha infecções por COVID-19 no Reino Unido

Leia, na íntegra, aqui.

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Estudo: Mais da metade dos antibióticos prescritos em hospitais dos EUA não eram consistentes com as práticas de prescrição recomendadas

Leia, na íntegra, aqui. 

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A maioria dos pacientes com alergia à penicilina pode receber cefazolina

Leia, na íntegra, aqui. 

Os achados sugerem que a maioria dos pacientes com histórico de alergia à penicilina pode receber cefazolina com segurança. A exceção são os pacientes com alergia à penicilina confirmada, nos quais cuidados adicionais são necessários.

 

Estudo de coorte: uso extensivo de mídia eletrônica em pré-escolares vinculado a questões emocionais e comportamentais

Leia mais aqui. 

O aumento do tempo de tela apresenta múltiplos riscos para o bem-estar psicossocial das crianças. Esses fatores de risco parecem ser significativos em longo prazo e estão relacionados a problemas no desenvolvimento socioemocional das crianças mais tarde. Profissionais de saúde e pediatras têm um papel importante como comunicadores dos resultados da pesquisa atual sobre o tempo de uso seguro da mídia eletrônica para as famílias e aprimoramento das habilidades dos pais como reguladores do uso seguro da mídia eletrônica pelas crianças. Mais pesquisas são necessárias sobre as condições familiares dos usuários de alta dose de e-media.

Decisão Judicial 01/12/2020

Leia, na íntegra, aqui

Cuida-se de Ação Civil Pública, com pedido liminar, ajuizada pela ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MÉDICOS COM EXPERTISE DE PÓS-GRAGUAÇÃO em face do CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, objetivando a “divulgação e anúncio das titulações lato sensu, cursadas em instituições reconhecidas pelo MEC, de suas respectivas especialidades, segundo o conteúdo, a abrangência, a forma e os limites do próprio título emitido oficialmente pelo MEC, sem que haja retaliação por parte do Conselho de Medicina” (fls. 44, evento nº 349279940).

De acordo com a lei, a jornada semanal máxima é de 60 horas, com um plantão de até 24 horas no período. Após um plantão de, no mínimo, 12 horas, é obrigatório que haja um repouso de 6 horas consecutivas. O principal objetivo da definição da carga horária da residência médica é garantir o descanso adequado para os profissionais, incluindo um intervalo interjornada adequado. Ao mesmo tempo, é suficiente para consolidar o aprendizado necessário para a especialização.

Muitos profissionais acham que um programa cuja carga horária da residência médica seja menor funciona como convite para trabalhar em outro local. No entanto, é essencial entender que é proibido fazer plantões remunerados (de sobreaviso ou à distância) fora da residência. Os residentes que forem flagrados nessa situação serão obrigados a devolver a bolsa-auxílio referente ao período de irregularidade. 

Na prática, isso muitas vezes é desrespeitado e muita gente faz, sim, plantões para compor a renda. É claro que tem especialidades com uma carga horária muito mais pesada e que consomem muito tempo, como Neurocirurgia – nesses casos, é praticamente impossível conseguir dar plantões.

Foi discutido por Fernando, Carlos, Filipe, Marilea, Ana e Naiara sobre a desconexão entre valor e dedicação em relação às residências médicas, de um lado tendo o estudante como protagonista do aprendizado, que tem problemas como a escassez de tempo e falta de incentivo para o bem-estar, e de outro, preceptores que ilustram a deterioração do sistema educacional de saúde. Além disso, foi comentado os problemas da cultura organizacional desse aprendizado e dessa logística.

 

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