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10 anos de Mentoring

10 anos de Mentoring
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out. 11 - 4 min de leitura
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Curso ministrado por Patrícia Bellodi e Silvia Itzcovici Abensur

As duas personalidades acima são assumidades no que se trata em implantação do mentoring no ensino médico brasileiro.

Em explanações excelentes pude ter uma noção mais aprofundada sobre  o que significa mentoring na escola médica, suas diferenças com a tutoria e coaching e, principalmente, as dificuldades e desafios para a implantação deste método nas escolas médicas brasileiras.

O que é mentoring?

O mentor é aquele personagem que aborda aquilo que está por vir na carreira. Suas perspectivas quanto à carreira que ele escolheu para exercer. O mentoring ensina ao seu pupilo como fazer melhores escolhas.

Difere-se da tutoria porque o tutor estimula o aluno aprender, ensina os meios que produzem um melhor aprendizado por aquele aluno. A tutoria tem o objetivo de melhorar a capacidade de aprendizado.

Objetivos da instituição de um mentoring em uma faculdade de medicina:

O estreitamento de vínculos e a troca de experiência produzem uma formação integral do médico.

Na FMUSP, o mentoring é formado por um mentor que tem 14 a 16 pupilos, todos de períodos variados e randômicos. Eles encontram-se regularmente (mês-a-mês) com o objetivo de criar uma identificação com o grupo. Os alunos tâm a opção de mudarem de grupos quando não estão em consonância com seu mestre. O mentor, por sua, vez é subordinado a um supervisor e este por um coordenador. Tudo isso funcionando sob a responsabilidade de um sistema de gestão do programa, organizado pela Dra. Silvia Itzcovici Abensur.

Sobre essa estrutura, Patricia Bellodi citou a seguinte frase:

Fervor sem infraestrutura é responsável pelo fracasso de boas intenções do mentoring.

Com isso, ela expôs que sem a estrutura necessária, não há como produzir os resultados desejados do programa.

Como deve ser o mentor?

Este deve ser compromissado. Evitar de ser um mentor tóxico ou um "tormentor". Ele deve evitar pensamentos concretos e imutáveis, a busca de poder, não pode ter o perfil controlador, e deve ser um excelente comunicador. Ainda sobre isso, ela falou que os professores tímidos têm certa vantagem aos professores populares. Resumindo, o mentor tem que estar presente no processo educacional (médicos não docentes também são aptos) e devem ter disponibilidade de tempo.

Experiência da FMUSP:

O programa possui uma adesão de 36%. Os alunos que procuram o mentoring o fazem para conhecer a experiência dos veteranos. Eles continuam a frequentar o programa quando descobrem seu mentor como uma pessoa interessante e interessada. Os que não procuram ou abandonam o programa, é porque não reconhecem a relevância do "curso" e pelo curso não contabilizar créditos.

A Dra. Bellodi abordou o assunto da seguinte forma:

"O mentoring incentiva a iniciação científica, mas a Iniciação Científica não incentiva o mentoring."

Como em qualquer fábula ou filme onde há um heroísmo, a tragetória do médico não é diferente da jornada do heroi.

Os calouros começam a faculdade no desespero e, ao longo do tempo, percebem que não são os únicos a sofrer. Os 3º e quartanistas têm que aprender a lidar com as dificuldades da relação aluno-paciente. E os internos têm medo de virarem profissionais. Todas essas provações são necessárias para que um dia ele volte com o "elixir".

O mentoring ajuda o aluno através do reconhecimento de si em seu mentor, um espelhamento do estudante nesse processo de formação e escolhas.

Para conhecer melhor o programa da FMUSP acesse: http://www.fm.usp.br/tutores/

Acompanhe a cobertura dos melhores momentos do COBEM no Academia Médica!

 


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