Muitas vezes aprendemos na faculdade como tratar um AVC, um infarto, uma HDA, mas não escutamos, ou não temos tempo para aprender a enxergar aquele paciente que está na nossa frente como uma pessoa.
Que também tem uma família, que também tem medos, inseguranças, que também tem um trabalho e que também é muito importante na vida de alguém.
Aprendemos a vasculhar sintomas, sinais que o corpo nos dá, em busca de uma disfunção orgânica, física e em como tratar esse sintoma ou doença.
Mas, não aprendemos a vasculhar a fundo, os sentimentos ou talvez até a causa real daquele problema, que vai muito além apenas do físico...
Isso é ainda mais evidente em se tratando de uma doença crônica, por exemplo.
Ter um olhar cuidadoso, integral e humano sobre o nosso paciente, deveria ser uma premissa básica para se tornar um médico.
Como já dizia Carl Gustav Jung:
"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana."
Com o atropelo das funções da vida diária e a demanda da própria profissão, muitas vezes acabamos criando um couraça que nos coloca distante daquele que está ali na nossa frente, e que é o real motivo de sermos médicos. Com o tempo, vamos esquecendo o real motivo de ter escolhido a medicina.
Faz sentido pra vocês?
Lidar com o sofrimento humano, não é fácil. É preciso também que o médico saiba da importância de cuidar da sua saúde mental para que seja capaz de cuidar do outro.
Em tempos como esse, que estamos vivendo, ter esse olhar integral e humano se faz ainda mais importante. Saber que, aquela pessoa que está ali, não é um diagnóstico, mas sim uma pessoa, com todas as suas nuances, medos e subjetividade que vão interferir na geração do processo saúde-doença e inclusive na condução do seu próprio tratamento.
Olhar um paciente como sendo composto dos diversos pilares que compõem o ser humano (corpo, mente e alma), nos permite ter uma ação muito mais acertada em relação ao seu tratamento e a promoção da sua saúde.
E consequentemente, dá sentido ao real motivo de ser médico.
Para finalizar a reflexão, deixo aqui uma outra citação que também gosto muito, do professor Abel Salazar:
O médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe.
Prepare-se para ampliar seu repertório cultural e se reconectar com as artes e a história!
Literatura, pintura, cinema, música, dança... como as artes e a história podem se relacionar com as ciências da saúde? E como isso pode transformar a sua vida pessoal e profissional?
Conhecer o passado vai te ajudar a entender melhor o momento em que estamos vivendo e a perceber como a história se repete!
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