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A saúde pública humanitária no Brasil

A saúde pública humanitária no Brasil
Fernando Antônio Ramos Schramm Neto
jun. 24 - 3 min de leitura
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O Juramento de Hipócrates prevê, sem reservas, o direito de acesso à saúde pública a todos os cidadãos. Partindo dessa premissa, com a evolução dos centros de atendimento terapêutico voltados à sociedade, o respeito a essa lei torna-se imprescindível para que tal sistema se torne um modelo de eficácia.

O descuido ligado ao aspecto humano da relação médico-paciente, no entanto, gera uma separação entre a sua condução de modo natural e sistemático. A conclusão portanto, é imediata: as dificuldades, por parte dos enfermos, de alcançar medidas de atendimento básico, como o acesso e o serviço.

O médico canadense Wiliam Osler afirma que um bom médico trata a doença, já um excelente médico trata o paciente que a possui. Independentemente das condições estruturais ou da remuneração paga, os médicos devem manifestar durante o exercício da profissão um sentimento próprio, porém intrínseco a todos os profissionais: a humanidade para com o paciente.

Isso é um dos fundamentos principais da missão primordial do médico de salvar vidas que garante um amplo aspecto humano na relação médico-paciente e que marca a saúde pública não pelo que ela aparenta oferecer, e sim pelo que realmente oferece. Um exemplo são os novos métodos de tratamento aplicados em clínicas asiáticas, com baixo orçamento, para mulheres gestantes, que envolvem desde conversas até manifestações de dança.

É evidente que, embora saúde pública tenha evoluído muito no Brasil desde o período colonial, a concentração de médicos atendentes permanece desigual entre as regiões, com o Sul e o Sudeste englobando a grande maioria. Tal fator, somado à humanização no atendimento ao paciente, manifestam-se como os dois principais fatores “de base” causadores da depreciação da saúde pública no Brasil.

Regendo tudo está a falta de remuneração necessária para manter tais centros feito pelo Estado. Logo, torna-se de fundamental importância um Governo forte e determinado a investir na agregação do atendimento às regiões brasileiras, garantindo não somente quantidade, e sim, qualidade, somado à formação de profissionais realmente vocacionados e humanizados a tal profissão.

Parafraseando o médico canadense Wiliam Osler, a Medicina é a arte da incerteza e a ciência da probabilidade. Deve-se romper com as dúvidas vigentes acerca do sistema de saúde pública brasileiro e instaurar um programa estável e igualitário, oferecendo acesso e profissionais capacitados que não ponham seus interesses pessoais acima do bem comum.

É imprescindível, que o Governo brasileiro crie um órgão autônomo fiscalizador dos centros de atendimento à saúde pública, mantendo-o com o dinheiro público, sendo que este seria repassado para melhores investimentos nos próprios centros, dando maior relevância às regiões mais carentes do Brasil.

 


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