As alergias alimentares, como descritas numa publicação de JAMA Patient Page, representam uma condição imunológica que afeta uma parte significativa da população dos Estados Unidos, incluindo cerca de 8% das crianças e 11% dos adultos. Esse artigo destaca informações importantes sobre os sintomas, causas e tratamentos das alergias alimentares, com o objetivo de educar profissionais de saúde e o público geral.
Fonte:
Voelker R., 2024
Principais Sintomas das Alergias Alimentares
Alergias alimentares podem provocar uma série de sintomas que variam de leves a graves, incluindo urticárias, coceira, pele avermelhada, inchaço dos lábios ou língua, aperto na garganta, falta de ar, dor abdominal, vômito e diarreia. A reação mais grave, a anafilaxia, pode causar sibilância, baixa pressão arterial, palpitações, tontura ou desmaio, e pode ser fatal se não tratada imediatamente.
Alimentos Comuns que Causam Alergias
Nos EUA, nove alimentos são responsáveis por mais de 90% das alergias alimentares: crustáceos, laticínios, amendoim, nozes, peixes, ovos, trigo, soja e gergelim. O amendoim é o principal causador de morte por anafilaxia, seguido por nozes e crustáceos.
Fatores de Risco e Diagnóstico
Os principais fatores de risco para desenvolver alergias alimentares incluem ter eczema na infância, histórico familiar de alergias, uso excessivo de antibióticos e viver em áreas urbanas ou países industrializados. O diagnóstico é geralmente feito através de testes de sangue ou testes cutâneos para detectar anticorpos IgE específicos para alimentos, e em alguns casos, testes de desafio oral são realizados sob supervisão médica.
Tratamentos Disponíveis
Os tratamentos variam de acordo com a gravidade da reação alérgica. Para reações leves, antihistamínicos orais podem ser eficazes. No caso de reações graves, a administração intramuscular de epinefrina é o tratamento de primeira linha, podendo ser repetida a cada 5 minutos se os sintomas persistirem. Além disso, a imunoterapia oral, que envolve a ingestão controlada e progressiva do alérgeno, é uma abordagem promissora que atualmente tem aprovação da FDA apenas para alergias ao amendoim.
Prevenção e Planos de Cuidados de Emergência
Para evitar reações alérgicas, indivíduos com alergias alimentares devem evitar os alimentos aos quais são alérgicos e estar sempre atentos aos rótulos dos alimentos. É também vital que possuam um plano de cuidados de emergência, incluindo acesso a um autoinjetor de epinefrina e conhecimento sobre como identificar e tratar reações alérgicas de diferentes gravidades.
Referência:
Voelker R. What Are Food Allergies? JAMA. Published online July 11, 2024. doi:10.1001/jama.2024.6703