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Aos aspirantes à medicina: o compromisso e a clareza

Aos aspirantes à medicina: o compromisso e a clareza
Rodrigo Souza
jul. 29 - 3 min de leitura
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A concepção sobre a qual a arte da medicina foi forjada centra-se em princípios Hipocráticos de estar em auxílio constante do outro, construindo uma relação permeada pela ética e o respeito. Tendo por base tal premissa e o fato de que a escolha profissional é sinônimo de encontro com um propósito de vida -propósito esse que impactará todos os horizontes do indivíduo - é preciso que vocês, aspirantes ao time de profissionais da saúde, entendam: adentrar a área de saúde deve ser um passo dado com plenitude vocacional e de consciência.

Nesse ínterim, os futuros galenos devem estar integrados com o compromisso humano e o sacro ofício de uma missão que, para além de habilidades científicas, requer doação pelo bem-estar do seu semelhante em todas as suas dimensões.


O compromisso médico exige uma conduta que supera a lógica moderna simplista do labor - baseada em altos lucros - pois empreende algo mais imperioso que o status: a nobre arte de salvar vidas. Neste contexto, o futuro profissional deve estar disponível à missão de passar parte considerável de seu tempo aprendendo e voltado aos enfermos, lidando com a imprevisibilidade de suas manifestações clínicas e sensibilizando-se às aflições, angustias e temores seus e de familiares, tudo para alcançar a tão almejada recompensa de preservar e melhorar a realidade de alguém. 

Dentre todas as considerações que os vocacionados da saúde devem conceber como parte da sua escolha, faz-se também fundamental a valoração e a práxis de predicados essenciais à sua atividade. Como exemplos desses princípios, dois são de grande notoriedade. Primeiramente, a integração com os princípios da beneficência, do respeito a autonomia do enfermo e do agir indiscriminadamente. Em segundo plano, a edificação de uma relação médico-paciente acolhedora, próxima, horizontal, dentro da qual se cristalize uma percepção holística (completa) do que necessita o paciente e de quem ele é. Esclarecido e identificado com tais preceitos, os futuros doutores possuíram as habilidades para superar a doença, além dos elementos necessários à promoção da qualidade de vida do doente - basicamente estarão criando um alicerce baseado em empatia para sua futura atividade profissional.

A arte hipocrática vai muito além do simbolismo social de um jaleco branco. Nessa área do saber humano é imprescindível dedicação, identificação e resiliência. Nessa perspectiva, os futuros protagonistas da nobre arte médica estarão mais próximos da aptidão: não de prometer vida, mas dedicar-se a promover a melhor qualidade de vida enquanto se vive.


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