Muito se fala sobre os efeitos negativos das mudanças
climáticas para o planeta e a manutenção da vida na Terra. Porém, um artigo
recente publicado na Fertility and Sterility,
que conta com a participação de pesquisadores da Universidade da Califórnia,
alerta especificamente para os riscos que as mudanças climáticas representam
para a saúde reprodutiva da população.
Segundo a publicação, diversos estudos apontam para o fato
de que eventos climáticos extremos - como seca, inundações, furacões e
incêndios florestais – podem resultar em múltiplas complicações crônicas, como
doenças cardiovasculares, problemas respiratórios e também diminuição da
fertilidade.
Porém, a previsão é de que os impactos na saúde gerem riscos
a longo prazo aos pais de hoje e também de futuras gerações. O artigo alerta
para o fato de que mesmo quem for capaz de conceber naturalmente estará mais
sujeito a enfrentar complicações durante a gravidez, como distúrbios
hipertensivos gestacionais, diabetes gestacional, aborto espontâneo e parto
prematuro.
Outra preocupação diz respeito a saúde mental de pais e
filhos, que seriam mais afetados por problemas como depressão e ansiedade a
medida que lidam com perdas de entes queridos e propriedades, problemas de infraestrutura
a longo prazo e insegurança alimentar.
Assim, de acordo com a publicação, à medida que as condições
climáticas continuam a se deteriorar nas futuras gerações, é possível que pais
menos saudáveis deem à luz filhos menos saudáveis.
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