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Best care X Affordable care - 3 Mecanismos de autopreservação do Sistema de Saúde britânico

Best care X Affordable care - 3 Mecanismos de autopreservação do Sistema de Saúde britânico
Scarlett D'Avila
fev. 17 - 3 min de leitura
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3 mecanismos de autopreservação do sistema de saúde britânico

Saúde pública é, de longe, um dos grandes pilares que regem qual o cuidado médico que os pacientes receberão, qual a estrutura e dia a dia dos profissionais de saúde e, apesar de ser pública, acaba tendo suas repercussões inclusive no sistema privado de saúde, não é? Por meio da experiência de aprender sobre Global Public Health aqui na Inglaterra, pude notar a ênfase dada a pelo menos 3 mecanismos de autopreservação que os ingleses usam por aqui e que valem a pena a reflexão. São eles:

1) Racionamento e otimização de recursos Sucintamente falando, o racionamento e otimização de recursos se dá em redirecionar pacientes que aparecem no PS mesmo que, na verdade, precisem de tratamento ambulatorial; investir em cuidados paliativos e não se responsabilizar pelo pagamento de quimioterápicos excessivamente caros para o sistema e considerados como poucos efetivos na cura da doença, dentre outros exemplos.

2) Solifidicação da cultura organizacional A cultura organizacional é também bem solidificada. Percebe-se que os médicos ingleses pensam menos em fazer medicina “preventiva” contra processos jurídicos que no Brasil, por exemplo. Não há a cultura médica fortemente baseada em pedir exames quase que apenas para “documentar” o estado do paciente. Tomografias desnecessárias são vistas como um extremo desperdício de recursos, o que não é bem tolerado por aqui uma vez que toda a população, menos e mais afortunada, faz uso do National Health Service - NHS.

3) Vantagem do governo como single payer-  Como single payer, ou seja, apenas o governo compra grande parte dos insumos médicos e é o principal remunerador dos prestadores de serviços de saúde - o que quase que anula a medicina privada por aqui - é garantido a ele tenha grande vantagem na negociação dos preços. Assim, conseguem grande economia de recursos financeiros sem - pelo menos segundo as avaliações deles - diminuir a qualidade do tratamento médico.

E no Brasil? Esses mecanismos funcionariam?

Essa discussão, já conhecida dos profissionais de saúde, traz à tona o embate best care X affordable care. Afinal, qual deve ser o objetivo do cuidado médico? Sabemos que a conta precisa fechar, então o ponto de vista administrativo deve ser priorizado? A decisão não é fácil e, sim, conta com muitas variáveis. Em tempos de aumentada participação política no Brasil, qual a sua opinião? O que você faria como Ministro da Saúde?

Mais sobre o sistema de súde britânico no Academia Médica


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