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Caros estudantes de medicina

Caros estudantes de medicina
Isabella Oliveira Lanzieri
set. 1 - 3 min de leitura
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Os estudantes de medicina de universidades públicas geralmente convivem com muitos outros discentes e, por tal motivo, nem sempre têm oportunidade de serem guiado de perto por tutores para ajudá-los a traçar a melhor rota durante a vida acadêmica – como me diziam é um “se vira nos 30”. Atualmente, estudo em uma universidade pública do sudeste com tal aspecto e sempre me senti desamparada, embora esse sentimento tenha me levado a muito crescimento. 

Por motivo expresso nas primeiras linhas do parágrafo anterior, gostaria de elogiar a comunidade Academia Médica, por contribuir para o preenchimento dessas lacunas, contando que a faculdade esqueceu de te contar. E, para perpetuar com tal “corrente do bem”, gostaria de contar minha experiência e ajudar outros acadêmicos a aprimorarem sua formação.

Nas férias de julho deste ano (2018), passei boa parte do tempo com meu irmão que cursa medicina em uma universidade pública do nordeste brasileiro. E, como ele está no internato (ou seja, nada de férias), para ficar mais tempo ao seu lado, resolvi acompanhá-lo em sua rotina. A princípio, pensei que estava sendo ousada, precipitando-me em um momento que não era meu. Contudo, o que passei naquele lugar foi inspirador e me transformou em uma nova acadêmica. Ao longo da convivência muito amigável com os discentes que me receberam de forma calorosa, fui entrando em contato com outras pessoas que me permitiram também acompanhar períodos mais próximos ao meu atual período (7º), pois tinha curiosidade de saber como se desenvolveram até o momento e como lidavam com o (per)curso.

Fui surpreendida com acadêmicos extremamente valorosos, que me deixaram muitas lições. São estudantes assíduos que não tinham o pragmatismo de estudar apenas para avaliações, mas sim para o aprimoramento pessoal, com interesse genuíno em cada paciente que atendiam e discussões floridas e produtivas com seus docentes. Outra característica muito virtuosa foi o trabalho em grupo. São estudantes que se apoiam para crescerem juntos, sem aquele sentimento de concorrência e comparação, algo que vejo muito nos dias atuais.

Algo positivo que pude notar também foi a presença de docentes que são amigáveis e solícitos aos discentes, que dão apoio e lições aos alunos e fazem questão de cumprimentar e conversar nos corredores do Hospital Universitário, mesmo quando já passou o período. Dessa forma, o aluno se sente importante, valorizado, motivado e inspirado a se espelhar nesses professores.

Portanto, além de estar aqui para agradecer a todos que me acolheram na instituição, gostaria de aconselhar a todos os estudantes que procurem ter experiência de conviver com colegas e professores de outra universidade. Existem muitos meios para isso, como a IFMSA, CLEV(DENEM) entre outras instituições,  dependendo de convênios entre as universidades. É uma rica vivência que permite observar de outro ângulo algumas lacunas e acertos pessoais! Permite levar para a sua escola de medicina aquilo que está faltando, incrementar ideias boas e ser uma pessoa melhor.

Acredito que sair de sua zona de conforto é mister para não se acomodar, para não ser mais do mesmo. Por isso deixei para trás todas essas pessoas especiais com as quais convivi, porém levo na bagagem muita vontade e motivação que aprendi com elas.

 


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