Publicado em 25/01/2018, na página do CFM.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) manifestou, nesta quinta-feira (25), apoio aos médicos residentes do Município do Rio de Janeiro, que em 8 de janeiro decretaram estado de greve pela demora das autoridades em responder às suas reinvindicações.
No documento, a autarquia cobra medidas administrativas e a regularização do pagamento das bolsas dos residentes, que têm enfrentado constantes atrasos, além de outros pleitos que considera "pertinentes e possíveis dentro da lógica de aperfeiçoamento dos processos de gestão pública".
Leia abaixo a íntegra do documento:
Nota aos médicos e à população
Assunto: reivindicações dos médicos residentes do Rio de Janeiro
Considerando as dificuldades enfrentadas pelos médicos residentes do Município do Rio de Janeiro, que, em assembleia organizada pelo segmento (em 8 de janeiro), decretaram estado de greve pela demora das autoridades em responder às suas reinvindicações, o Conselho Federal de Medicina (CFM) vem a público manifestar seu apoio aos pontos destacados, tendo em vista sua relevância para assegurar a qualidade do atendimento da população e o ético e eficiente exercício da profissão.
Desta forma, o CFM defende que a Prefeitura do Rio de Janeiro adote as seguintes medidas:
- A reestruturação administrativa e operacional das unidades de saúde do município que sofrem com a falta de insumos e com deficiência de recursos humanos, em todas as áreas;
- A oferta de segurança que garanta a integridade das equipes de saúde em seu ambiente de trabalho, às quais têm sido obrigadas a conviver com casos de agressão e de exposição a situações de risco;
- A regularização do pagamento em dia das bolsas dos residentes, que têm enfrentado constantes atrasos.
O CFM entende que o atendimento urgente desses pleitos, os quais serão discutidos em audiência prevista para a próxima sexta-feira (26) entre representantes dos residentes e o prefeito Marcelo Crivella, é pertinente e possível dentro da lógica de aperfeiçoamento dos processos de gestão pública.
Entende-se que, assim, será beneficiada a formação dos futuros especialistas, que encontra na Residência Médica um modelo consagrado e de alta qualidade, e o conjunto da população, que passará a contar com a infraestrutura necessária para ter uma melhor assistência.
Brasília, 25 de janeiro de 2018.