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Colegas ajudam na prevenção do Burnout médico

Colegas ajudam na prevenção do Burnout médico
Fernando Carbonieri
nov. 9 - 5 min de leitura
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Ajuda de colegas torna mais eficiente o descanso para a prevenção do burnout entre médicos

No encontro anual da Americam Medical Association, da Canadiam Medical Association e da British Medical Associatian, que aconteceu em Vancouver Canadá, foi divulgado os resultados preliminares de um estudo que avalia uma nova forma de se intervir no burnout médico.

Fonte: Medscape

Um estudo randomizado e controlado mostrou que uma hora de Apoio dos Pares durante as pausas para descanso durante o expediente, por semana, todas as semanas, melhorou significativamente as medidas de satisfação e Burnout comparados com um grupo que não teve supervisão durante seu "tempo de descanso".

"A partir disso podemos concluir que esse pequeno tempo "protegido" durante o dia de trabalho foi significativamente melhor para o rendimento no trabalho e redução do Burnout. Isso foi valido em duas vertentes do estudo, mas o resultado foi melhor quando os grupos eram menores" - Colin West, MD, Mayo Clinic

Esse tempo de descanso da clínica permitiu que o Dr. West, diminuísse os custos de departamento o equivalente a uma consulta por semana por participante.

A literatura que trata do Burnout Médico e sua prevenção " tende a focar na responsabilidade pessoal para a saúde, se opondo ao compartilhamento de responsabilidade entre instituições e organizações. Como resultado, a maioria das intervenções requerem que o médico sacrifique seu tempo particular, com o intuito de ser mais efetivo no trabalho", disse o Dr. West.

Os pesquisadores examinaram o efeito da intervenção pelos pares, durante as horas de trabalho, com o objetivo de melhorar a sensação de "Valor" que os médicos tinha de seu trabalho.

Nós escolhemos o "Valor" como chave para verificar a satisfação e bem estar, e também como um mecanismo para diminuir o burnout, ele disse.

Aumento da satisfação do trabalho

Voluntários do departamento de medicina interna foram distribuídos de forma randômica para intervenções de 90 minutos a cada duas semanas por 9 meses (n=37) ou o mesmo período de tempo sem intervenção pelos pares.

A intervenção envolveu pequenos grupos (6 a 8 médicos) que possuíam médicos treinados, esses eram colegas ou pares. As sessões foram desenhadas para identificar e promover satisfação profissional e induzir um sentimento de coletividade, explorando tópicos como o balanço entre a vida e o trabalho, erros médicos e resiliência.

Os participantes realizaram questionários no início e a cada 3 meses, e as respostas foram comparadas entre o grupo controle e da intervenção e , também, comparadas com o questionário anual de bem estar dos outros departamentos da instituição (n=476)

Na marca de 3 meses a comparação com o grupo sem intervenção mostrou que ambos haviam atingido melhores pontuações nos scores que avaliavam o burnout e o "Valor do trabalho". Quando comparados, o grupo que possuía intervenção teve um aumento bastante significativo em relação ao grupo sem intervenção.

Entretanto, o grupo que não estava no estudo, caiu 13.4 pontos na escala de valor do trabalho, o grupo controle diminuiu 6.3 pontos e o grupo da intervenção melhorou 6.3 pontos.

De forma similar, o grupo que não estava no estudo aumentou em 4.3 pontos no escore de exaustão e burnout, o grupo controle caiu 5.3, e o grupo da intervenção caiu 20.4 pontos.

Escores para o burnout, apenas, no grupo sem mudanças no hábito aumentou em 4.9, enquanto diminuiu 13.8 e 25.8 para os grupos controle e da intervenção, respectivamente

Comparando o da intervenção e o controle, os pesquisadores encontraram uma significativa diferença na escala de empoderamento do trabalho ( controle 0.8 pontos X intervenção 2.6 pontos - P=.001)

De forma similar, na escala de despersonalização ( " Eu me tornei uma pessoa mais dura desde que assumi esse trabalho"') o grupo controle aumentou em .08 pontos, enquanto o da intervenção baixou em 15.5 pontos (P=0,01)

"Nós tivemos participantes que vieram de níveis muito altos da Mayo Clinic - não sabíamos , necessariamente, como eles vieram - o que sabíamos era que esses indivíduos declaram nos seus grupos de liderança sobre a necessidade que esse tipo de trabalho continue".

Realizável em outros meios?

"A próxima questão a ser respondida pelos pesquisadores será verificar se esse tipo de intervenção pode ser feita em médicos que não são assalariados, mas que são pagos pela performance, que devem ser um pouco mais resistentes quanto a "desistir" de seu tempo" - Andrew Clark , MD, diretor do British Columbria Physician Health Program de Vancouver, Canada.

Ele afirmou que a importância da instituição não é necessária para realizar tal intervenção. Ou seja, independentemente da instituição, esse estudo deve ser realizado.

2012 AMA-CMA-BMA International Conference on Physician Health (ICPH). Presented October 26, 2012.

Artigo original: http://www.medscape.com/viewarticle/773979

 Para citar esse artigo:  Peer Support Trumps Time Off in Preventing MD Burnout. Medscape. Nov 06, 2012.

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