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Composto presente no cogumelo “Juba de Leão” pode ser usado no tratamento de doenças neurodegenerativas

Composto presente no cogumelo “Juba de Leão” pode ser usado no tratamento de doenças neurodegenerativas
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fev. 16 - 3 min de leitura
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Extratos de cogumelos chamados “Juba de Leão”, usados há séculos na medicina tradicional de países asiáticos, possuem um composto ativo que estimula o crescimento de nervos e melhora a memória de reconhecimento. O estudo avaliando a eficácia do fungo foi publicado no Journal of Neurochemistry.

Testes de laboratório mediram os efeitos neurotróficos do composto isolado de Hericium erinaceus em células cerebrais cultivadas. Com esse método, os pesquisadores descobriram que os compostos ativos promovem projeções de neurônios, estendendo-se e conectando-se a outros neurônios do hipocampo.

N-de feniletil isohericerina (NDPIH), um composto de isoindolina deste cogumelo, juntamente com seu derivado hidrofóbico hericene A, foram altamente potentes na promoção de crescimento extensivo de axônios e ramificação de neuritos em neurônios do hipocampo em cultura, mesmo na ausência de soro, demonstrando potente atividade neurotrófica.

Os autores prepararam os cogumelos e estudaram seus compostos com  imunohistoquímica e cultura e isolaram as substâncias químicas chamadas neurotrofinas, que regulam a plasticidade e o crescimento dos axônios no sistema nervoso central e periférico adulto. Depois disso, essas substâncias foram administradas em roedores e o impacto dessa substância no cérebro foi analisado nos animais.

Os ratos que foram alimentados com o extrato bruto de H. erinaceus e hericene A em concentrações baixas (5 mg/kg/dia) exibiram aumento da expressão de neurotrofina e sinalização a jusante, resultando em memória hipocampal significativamente melhorada. A aplicação exógena desses fatores neurotróficos permissivos ao crescimento tem potencial terapêutico por meio da criação de ambientes favoráveis após a lesão do nervo.

Segundo os pesquisadores, os maiores teores de hericeno A foram detectados no extrato da espécie H. erinaceus A1, em comparação com as demais. Para aumentar a produção desses compostos, pode ser possível projetar novos métodos para melhorar a seleção de cepas específicas de H. erinaceus com base em sua capacidade de produzir maiores quantidades de derivados de hericene A.

Por fim, os autores sugerem que a administração de hericene A proveniente do cogumelo pode ser útil para melhorar a função cerebral e patologias relacionadas a distúrbios de doenças neurodegenerativas in vivo.

Referência:

Ramón Martínez‐Mármol et al, Hericerin derivatives activates a pan‐neurotrophic pathway in central hippocampal neurons converging to ERK1 /2 signaling enhancing spatial memory, Journal of Neurochemistry (2023). DOI: 10.1111/jnc.15767

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