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Demência: sinais de comprometimento cerebral podem ser identificados anos antes do diagnóstico

Demência: sinais de comprometimento cerebral podem ser identificados anos antes do diagnóstico
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out. 17 - 3 min de leitura
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Casos de demência e doenças degenerativas geralmente são diagnosticados apenas quando os sintomas começam a aparecer, o que compromete a eficácia dos tratamentos atualmente disponíveis. Porém, pesquisadores da Universidade de Cambridge e do Cambridge University Hospitals NHS Foundation Trust, em artigo publicado na Alzheimers & Dementia, revelam que sinais de comprometimento cerebral podem ser detectados em pacientes vários anos antes deles receberem um diagnóstico.

O estudo foi feito com base em dados do Biobank do Reino Unido, um banco de dados biomédico contendo informações anônimas sobre genética, estilo de vida e saúde de meio milhão de participantes com idades entre 40 e 69 anos. Durante a análise, foram coletados dados de uma bateria de testes realizados ao longo de vários anos, incluindo resolução de problemas, memória, tempos de reação, força de preensão, perda e ganho de peso e número de quedas.

De acordo com o estudo, as pessoas que desenvolveram Alzheimer e demência frontotemporal obtiveram pior pontuação em tarefas de resolução de problemas, tempos de reação, memorização de listas de números, memória prospectiva e correspondência de pares. Elas também eram mais propensas a sofrer quedas nos doze meses anteriores ao diagnóstico, o que também foi percebido em algumas pessoas que desenvolveram  paralisia supranuclear progressiva (PSP), condição que afeta o equilíbrio.

"Quando analisamos os históricos dos pacientes, ficou claro que eles estavam apresentando algum comprometimento cognitivo vários anos antes de seus sintomas se tornarem óbvios o suficiente para levar a um diagnóstico. As deficiências eram muitas vezes sutis, mas em vários aspectos da cognição”, diz o primeiro autor da pesquisa e médico júnior da Universidade de Cambridge, Nol Swaddiwudhipong, em declaração publicada no site Medical Xpress.

Nol, assim como os demais cientistas participantes do trabalho, acreditam que a constatação pode ajudar a rastrear pessoas com mais de 50 anos de idade com maior risco de desenvolvimento de demência, permitindo intervenções em fase inicial do problema. Outra vantagem seria a identificação de pessoas para participação de ensaios clínicos para novos tratamentos em potencial, facilitando a avaliação de eficácia de novas intervenções medicamentosas.

Referência:

Pre-Diagnostic Cognitive and Functional Impairment in Multiple Sporadic Neurodegenerative Diseases, Alzheimers & Dementia (2022). DOI: 10.1002/alz.12802

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