Estudo liderado pela pesquisadora Laura Baker, neurocientista da Wake Forest School of Medicine, analisou o impacto de exercícios físicos em idosos sedentários com comprometimento cognitivo leve.
Os pesquisadores analisaram cerca de 300 idosos sedentários, sendo que 150 receberam o comando para praticar exercícios aeróbicos e os demais para realizar alongamentos e movimentos de equilíbrio que aumentaram apenas modestamente a frequência cardíaca. Os exercícios tinham duração de 30 a 45 minutos e foram realizados quatro vezes por semana. Apesar do estudo acontecer em plena pandemia, os exercícios continuaram sendo realizados por educadores físicos via videochamadas.
Depois de um ano, segundo a neurocientista Laura Baker, testes cognitivos mostraram que nenhum dos grupos havia piorado do comprometimento cognitivo. Além disso, as varreduras do cérebro mostraram que não houve encolhimento que acompanha o agravamento dos distúrbios de memória.
Cada participante da pesquisa completou 100 horas de exercício físico, sob estimulação de educadores físicos. O volume de horas, segundo Baker, pode explicar por que até mesmo o simples alongamento resultou em um benefício aparente.
Baker está liderando um estudo ainda maior com adultos mais velhos para ver se a adição de exercícios a outras etapas inofensivas - como uma dieta saudável para o coração, jogos cerebrais e estimulação social - pode reduzir o risco de demência.
Artigos relacionados
Atividade física diária em idosos diminui o risco de doença cardiovascular nessa população
Promoção à saúde: um desafio da atualidade
Referência
NEERGAARD, Lauran. Even simple exercise may help aging brain, study hints. Disponível em: https://medicalxpress.com/news/2022-08-simple-aging-brain-hints.html. Acesso em: 02 ago. 2022.