O que os idosos fazem enquanto estão sentados pode ter influência sobre o fato de eles desenvolverem ou não demência. A constatação é resultado de um estudo realizado por pesquisadores da University of Southern Califórnia (USC) em parceria com a Universidade do Arizona. O mesmo foi publicado pela Proceedings of the National Academy of Sciences.
Os fatores de risco estão ligados a manter ou não a mente ativa, mesmo que o corpo não esteja em movimento. É apontado como fator de risco alto, por exemplo, o hábito de ficar sentado assistindo TV por longos períodos. Já entre os fatores de baixo risco, estão sentar para ler ou usar o computador, mesmo que por longas horas.
“Não é o tempo gasto sentado, por si só, mas o tipo de atividade sedentária realizada que afeta o risco de demência”, disse o autor do estudo David Raichlen, que é professor de ciências biológicas e antropologia da Faculdade de Letras da USC, em declaração publicada no site Medical Xpress. "Sabemos de estudos anteriores que assistir TV envolve baixos níveis de atividade muscular em comparação com o uso de computador e a leitura. Embora a pesquisa tenha mostrado que ficar sentado sem interrupções por longos períodos está relacionado à redução do fluxo sanguíneo no cérebro, o efeito negativo pode ser neutralizado pela maior estimulação intelectual".
Para chegar à conclusão, os autores da pesquisa usaram dados autorrelatados do U.K. Biobank, um banco de dados biomédico do Reino Unido. O estudo envolveu o acompanhamento de cerca de 145 mil pessoas com 60 anos ou mais por cerca de doze anos. Nenhum deles tinha diagnóstico de demência no início do projeto. No final, foram diagnosticados 3.507 casos positivos.
Com informações de Proceedings of the
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